Título Original: Orfeu Negro
País (es): Brasil/ França/ Itália
Ano: 1959
Ano: 1959
Duração: 100 min
Direção: Marcel Camus
Produção: Sasha Gordine
Roteiro: Marcel Camus, Jacques Viot e Vinícius de Moraes (peça)
Direção: Marcel Camus
Produção: Sasha Gordine
Roteiro: Marcel Camus, Jacques Viot e Vinícius de Moraes (peça)
Trilha Sonora: Tom Jobim, Luís Bonfá, Vinícius de Moraes, Antônio Maria e Agostinho dos Santos
Elenco:Breno Mello (Orfeu)
Marpessa Dawn (Eurídice)
Lourdes de Oliveira (Mira)
Léa Garcia (Serafina)
Ademar da Silva (Morte)
Alexandro Constantino (Hermes)
Waldemar de Souza (Chico)
Jorge dos Santos (Benedito)
Aurino Cassiano (Zeca)
Sinopse: Primeira versão cinematográfica da peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, Orfeu Negro transpõe o mito grego de Orfeu e Eurídice, uma trágica e bela história de amor, para os morros do Rio de Janeiro, durante o carnaval. Consagrado no mundo inteiro, tendo recebido muitos prêmios, o filme foi também um dos marcos fundadores da bossa nova, trazendo músicas clássicas do gênero assinadas por Tom Jobim, Vinícius, Luiz Bonfá e Antonio Maria, como "A Felicidade", "Manhã de Carnaval" e "O Nosso Amor".
Prêmios:
Festival de Cannes 1959 (França)
Recebeu a Palma de Ouro.
Oscar 1960 (EUA)
Vencedor na categoria de melhor filme em língua estrangeira (francês/diretor).
Globo de Ouro 1960 (EUA)
Venceu na categoria de melhor filme estrangeiro (França).
BAFTA 1961 (Reino Unido)
Indicado na categoria de melhor filme em língua estrangeira (Brasil, França e Itália/produção).
Recebeu a Palma de Ouro.
Oscar 1960 (EUA)
Vencedor na categoria de melhor filme em língua estrangeira (francês/diretor).
Globo de Ouro 1960 (EUA)
Venceu na categoria de melhor filme estrangeiro (França).
BAFTA 1961 (Reino Unido)
Indicado na categoria de melhor filme em língua estrangeira (Brasil, França e Itália/produção).
Meu comentário: Assisti ontem pela TV Brasil este interessante clássico do cinema nacional, claro com co-produção basicamente francesa, mais que italiana; Aliás a única obra premiada do cineasta francês Marcel Camus. Eu já li sobre esse filme, mas nunca tive a oportunidade de assisti-lo. Inclusive só assisti a segunda versão dele (Orfeu, 1999) com Tony Garrido como Orfeu e Patrícia França como Eurídice (até preciso rever este último, porque só assisti uma vez). Mas confesso que Orfeu Negro me chamou atenção em diversos aspectos: primeiro, os créditos em francês, direção francesa, atores brasileiros inexperientes, ambientado no Brasil (Rio de Janeiro) e de língua portuguesa. Das atuações: nenhuma é interessante, os atores parecem recém-saídos de um curso básico de teatro, daqueles que terminam o curso aos trancos e barrancos ainda tendo muito o que aprender pela frente. As falas não correspondem muito à realidade, tudo tem algo superficial e um morro carioca esteriotipado, assim como o seu próprio Carnaval. O que será que levou este filme a conquistar os prêmios que recebeu na época? Será a trilha sonora? Será o roteiro? Na verdade, até bem orientado. Fotografia? Ou por que é um filme de arte? Então como filme de arte cumpriu o seu papel: as crianças do filme em alguns momentos roubam a cena, inclusive a final, no renascimento do novo Orfeu. Mas a história de amor dos protagonistas não chega a comover, mas faz com o que o telespectador torça ainda mais por eles. E quem conhece a história mitológia sabe que eles só se unem na eternidade. Muito interessante essa versão para a "realidade" quando Orfeu vai buscar Eurídice no mundo dos mortos (na verdade na "freezer" do IML) e a conduz ao alto do morro, acaba recebendo uma pedrada da musa Mira e acaba despencando com o cadáver da amada em grande altura. Como dizia a canção dos poetas Vinícius e Jobim: "Tristeza não tem fim, felicidade sim".
Digno.
ResponderExcluirAntes "Orféu Negro" do que "cisne Negro" - ME EXPLICO: adorei Cisne Negro, é um trabalho lindíssimo, mas já deu tempo (e como!) de ser aplaudido. Já ficou claro para todos que é um filme muito bom. haha
Agora, sobre o Orfeu, nossa... muito característico! trás a sensação de algo muito propriamente 'nosso', embora muitos neguem.
Teus comentários foram ótimos, dentre os tais: "recém saidos de um curso de teatro". HAHAHAH. :D
Também quero ver o nosso filme do Almodóvar, tu sabe quando será lançado?
Abraços
Oi Renato!
ResponderExcluirQue bom vê-lo por aqui! É sempre um prazer ter seus comentários. O novo filme de Almodóvar tem estreia prevista para setembro na Espanha. Mas acho que não demorará muito a vir para os telões do Brasil... algo antes do ano acabar já estará aqui. Um abração.
Analise interessante, apesar de não concordar sobre a atuação de "recém saídos de cursos de teatro" Alias, concordo sim, pois com o fato de Camus ter escolhido atores amadores, e suas limitadas capacidade de encenar ele levou o filme a um outro patamar. Ele chega perto de uma visão onirica da favela e do carnaval. Porém em certa cenas podemos ver um Brasil bem real. No mais não consegue ser parcial, pois este um filme que me acompanhou desde minha infância.(nasci na França em 1959,chegando a me instalar no Brasil em 1985). Abraço
ResponderExcluirSeu comentário reproduziu o que toda a crítica brasileira vem falando de Orfeu Negro desde sempre.É uma visão,no mínimo,superficial.É uma pena que vc não tenha conseguido enxergar a verdadeira poesia que traz esse filme.Ele mostra de uma forma genuína e até inocente o que o carnaval representa pra população pobre o que é bem diferente desse carnaval das elites que se vê na mídia e que perdeu todo o seu sentido.O filme,no entanto,parece sim em alguns momentos um esteriótipo,mas não se esqueça que foi Marcel Camus,um francês apaixonado pelo Brasil,que o concebeu e essa visão "gringa" faz parte do pacote e não vejo problema nisso.Foi preciso um estrangeiro enxergar essa beleza e eternizá-la no cinema.Pretensão essa que não conseguiu ser realizada pelo Brasileiríssimo Cacá Dieguez na segunda versão.
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