Título Original: Orfeu
Gênero: Drama
Ano: 1999
País: Brasil
Direção: Carlos Diegues
Roteiro: Carlos Diegues, Paulo Lins, Hermano Vianna e outros
Produção: Daniel Filho, Paula Lavigne, Flávio Tambellini
Música Original: Caetano Veloso
Direção Musical: Jaques Morelenbaum
Fotografia: Affonso Beato
Edição: Sérgio Mekler
Direção de Arte: Clovis Bueno
Figurino: Emília Duncan
Efeitos Sonoros: Tom Paul, Jay Peck, Jeff Formosa e outros
Efeitos Especiais: Sergio Farjalla Jr.
Efeitos Visuais: Gene Warren Jr.
Elenco:
Toni Garrido (Orfeu)
Patrícia França (Eurídice)
Murilo Benício (Lucinho)
Zezé Motta (Conceição)
Milton Gonçalves (Inácio)
Isabel Fillardis (Mira)
Maria Ceiça (Carmen)
Stepan Nercessian (Pacheco)
Cássio Gabus Mendes (Pedro)
Ivan Albuquerque (He-Man)
Léa Garcia (Mãe de Maicol)
Castrinho (Oswaldo)
Maria Ribeiro (Joana)
Sílvio Guindane (Maicol)
Maria Luiza Jobim (Menina que canta "A Felicidade")
Maurício Gonçalves (Pecê)
Lúcio Andrey (Piaba)
Eliezer Motta (Stallone)
Gustavo Gasparani (Mano)
Paula Assunção (Deise)
Sinopse:
A história de Orfeu e Eurídice começa num sábado de Carnaval. O mais conhecido compositor dos morros do Rio de Janeiro, líder da favela onde mora e de sua Escola de Samba, a Unidos da Carioca, Orfeu trabalha nos últimos preparativos para o desfile de Carnaval, quando conhece Eurídice, recém-chegada à cidade em busca de uma tia, derradeira parente desde que o pai morrera nos garimpos do Acre.
Os dois se apaixonam perdidamente, provocando o ciúme de todos e a violência de alguns. O casal decide deixar o morro e, longe dali, viver apenas um para o outro, assim que o Carnaval terminar. Na noite do grande desfile no Sambódromo, enquanto Orfeu brilha à frente de sua Escola, cantando mais um samba seu de sucesso, Eurídice é vítima de uma bala perdida de Lucinho, amigo de infância de Orfeu e chefe do tráfico de drogas naquele morro.
Desesperado, Orfeu se vinga de Lucinho e parte em busca de sua amada desaparecida, a fim de levá-la de volta ao morro. A dor de Orfeu só faz aumentar os ciúmes de Mira, Carmem e todas as mulheres do morro que já foram suas namoradas. Enlouquecido de paixão, Orfeu é morto na quarta-feira de Cinzas, no justo momento em que a televisão anuncia a vitória da Unidos da Carioca no desfile de Carnaval, pelo terceiro ano consecutivo.
Meu comentário: As comparações são inevitáveis com o Orfeu Negro de 1959. Na versão de 1999 a história é a mesma, o que muda são os novos tempos. No final dos anos 60 havia mais imagem poética do amor dos protagonistas, aquela coisa nostálgica cantada pelos sambas antigos, embora o filme fosse embalado pela bossa nova. O Orfeu de Cacá Diegues foi bem intencionado em sua proposta, porém não contava com a falta de química entre os protagonistas, o cantor e agora ali ator, Toni Garrido e a atriz pernambucana, Patricia França. Na tela eles deram "alma" aquele novo Orfeu e aquela nova Eurídice. Até ficou interessante a escolha deles porque na vida real Toni Garrido fazia bastante sucesso com a banda Cidade Negra em canções cabeça e Patricia França era um novo talento revelado (pela Globo) vinda do nordeste. Só que vir do nordeste na ficção só funcionou para a primeira Eurídice (Marpessa Dawn), a de Patricia fugia do Acre. Não seria melhor manter a versão original? Só Orfeu ficou mesmo como aquela personagem que encanta a todos com sua música (leiam sobre o mito para entender o filme). As cenas em que ele canta para o sol aparecer são interessantes em ambas versões. No Orfeu de Diegues o problema do tráfico de drogas nos morros cariocas contrasta com todo o lirismo da narrativa. A Eurídice de Marpessa Dawn morre vitimada de uma descarga elétrica ao ser perseguida pelo emissário da morte e a da Patrícia França acaba sendo vitimada por um tiro dado pelo traficante Lucinho (Murilo Benício), cuja atuação é de destaque no filme.
A história de Orfeu e Eurídice começa num sábado de Carnaval. O mais conhecido compositor dos morros do Rio de Janeiro, líder da favela onde mora e de sua Escola de Samba, a Unidos da Carioca, Orfeu trabalha nos últimos preparativos para o desfile de Carnaval, quando conhece Eurídice, recém-chegada à cidade em busca de uma tia, derradeira parente desde que o pai morrera nos garimpos do Acre.
Os dois se apaixonam perdidamente, provocando o ciúme de todos e a violência de alguns. O casal decide deixar o morro e, longe dali, viver apenas um para o outro, assim que o Carnaval terminar. Na noite do grande desfile no Sambódromo, enquanto Orfeu brilha à frente de sua Escola, cantando mais um samba seu de sucesso, Eurídice é vítima de uma bala perdida de Lucinho, amigo de infância de Orfeu e chefe do tráfico de drogas naquele morro.
Desesperado, Orfeu se vinga de Lucinho e parte em busca de sua amada desaparecida, a fim de levá-la de volta ao morro. A dor de Orfeu só faz aumentar os ciúmes de Mira, Carmem e todas as mulheres do morro que já foram suas namoradas. Enlouquecido de paixão, Orfeu é morto na quarta-feira de Cinzas, no justo momento em que a televisão anuncia a vitória da Unidos da Carioca no desfile de Carnaval, pelo terceiro ano consecutivo.
Meu comentário: As comparações são inevitáveis com o Orfeu Negro de 1959. Na versão de 1999 a história é a mesma, o que muda são os novos tempos. No final dos anos 60 havia mais imagem poética do amor dos protagonistas, aquela coisa nostálgica cantada pelos sambas antigos, embora o filme fosse embalado pela bossa nova. O Orfeu de Cacá Diegues foi bem intencionado em sua proposta, porém não contava com a falta de química entre os protagonistas, o cantor e agora ali ator, Toni Garrido e a atriz pernambucana, Patricia França. Na tela eles deram "alma" aquele novo Orfeu e aquela nova Eurídice. Até ficou interessante a escolha deles porque na vida real Toni Garrido fazia bastante sucesso com a banda Cidade Negra em canções cabeça e Patricia França era um novo talento revelado (pela Globo) vinda do nordeste. Só que vir do nordeste na ficção só funcionou para a primeira Eurídice (Marpessa Dawn), a de Patricia fugia do Acre. Não seria melhor manter a versão original? Só Orfeu ficou mesmo como aquela personagem que encanta a todos com sua música (leiam sobre o mito para entender o filme). As cenas em que ele canta para o sol aparecer são interessantes em ambas versões. No Orfeu de Diegues o problema do tráfico de drogas nos morros cariocas contrasta com todo o lirismo da narrativa. A Eurídice de Marpessa Dawn morre vitimada de uma descarga elétrica ao ser perseguida pelo emissário da morte e a da Patrícia França acaba sendo vitimada por um tiro dado pelo traficante Lucinho (Murilo Benício), cuja atuação é de destaque no filme.
Curiosidades:
Prêmios:
Associação Paulista de Críticos de Arte
Prêmio de Melhor Fotografia
Festival de Cinema de Cartagena, Colômbia
Prêmio de Melhor Filme
Grande Prêmio Brasileiro de Cinema, Brasil
Prêmio de Melhor Longa-Metragem Brasileiro
Prêmio de Melhor Trilha Sonora
Prêmio de Melhor Fotografia
Indicações:
Festival Internacional de San Sebastián, Espanha
Prêmio Concha de Ouro (Carlos Diegues)
Grande Prêmio Brasileiro de Cinema, Brasil
Prêmio de Melhor Direção (Carlos Diegues)
Prêmio de Melhor Ator (Murilo Benício)
Prêmio de Melhor Edição
Prêmio de Melhor Lançamento de Cinema (Carlos Diegues)
Associação Paulista de Críticos de Arte
Prêmio de Melhor Fotografia
Festival de Cinema de Cartagena, Colômbia
Prêmio de Melhor Filme
Grande Prêmio Brasileiro de Cinema, Brasil
Prêmio de Melhor Longa-Metragem Brasileiro
Prêmio de Melhor Trilha Sonora
Prêmio de Melhor Fotografia
Indicações:
Festival Internacional de San Sebastián, Espanha
Prêmio Concha de Ouro (Carlos Diegues)
Grande Prêmio Brasileiro de Cinema, Brasil
Prêmio de Melhor Direção (Carlos Diegues)
Prêmio de Melhor Ator (Murilo Benício)
Prêmio de Melhor Edição
Prêmio de Melhor Lançamento de Cinema (Carlos Diegues)
Olha só,
ResponderExcluirfalei sobre esse filme semana passada em sala de aula.
Que bom ter postado sobre ele!
bjo
M., gosto da atuação de Murilo Benício - ele e Selton são os grandes do cinema nacional - e da fotografia do mestre Beato. E só. O filme é bem fraquinho. Realmente Diegues só acertou com BYE BYE BRASIL e CHUVAS DE VERÃO.
ResponderExcluirAbraços,
www.ofalcaomaltes.blogspot.com