Olha só. Não é a primeira vez que o ator Mateus Solano fez uma cena de beijo gay. Em um dia desses olhando sites, encontrei este aqui da Revista Abril em que fala da produção cinematográfica, A Novela das 8, onde ele faz o papel de um bissexual. Inclusive com o vídeo das cenas mais calientes do filme.
Cine brasileiro, espanhol, argentino, identidade latina... atores, atrizes, curiosidades, filmes... vai lembrando...
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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Os mais belos latinos
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Miguel de León |
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Valentino Lanus |
Eles podem não estar na tela de cinema, mas podem estar em alguma telenovela ou em alguma série. Claro que outro tem um trabalhinho aqui, acolá ou muitos na telona. Inegavelmente belos, talentosos ou nem tão talentosos assim. O fato é que por certo você já assistiu alguma produção com eles e jamais esqueceu as caras. E recomendo para recordar hoje:
Este é do blog Mais Belos:
Os espanhóis mais bonitos do site 20 minutos
domingo, 30 de dezembro de 2012
4 anos do Sala Latina de Cinema
O Blog Sala Latina de Cinema completou no dia 13 de dezembro deste ano, 4 anos. As suas primeiras postagens foram tímidas e nada diárias. Depois é que os posts passaram a ser 1 por dia. O blog tem como objetivo mostrar filmes, atores, atrizes e alguns outros aspectos do cinema latino mundial. O que foi publicado ou escrito até aqui ainda é pouco, comparando o que há de riqueza de acervo mundo afora e também no espaço virtual. Nesse tempo todo fiquei muito feliz em conhecer pessoas muito bacanas que compartilham da paixão, que é o cinema. Em 2013 já não posso garantir uma publicação diária, devido a compromissos de trabalho, mas sem dúvida não deixarei de postar e mantê-lo atualizado.
sábado, 13 de outubro de 2012
William Levy e o peso de ser sexy
William Levy Gutiérrez, o ator cubano de 34 anos que imigrou para os Estados Unidos ganhou recentemente o título do homem mais sexy do ano pela Revista People. Está bem que é a edição latina, mas o rapaz desde há muito tempo não sai da lista dos 50 mais belos da publicação.
Olhar para ele e não se encantar é algo difícil. E imaginar de onde ele veio... Deus o fez e esqueceu a fórmula em algum lugar de Havana, seu local de nascimento, ou melhor, em algum outro lugar que não seja Havana. Pois quando pensamos nos belos nos vem à cabeça os porto-riquenhos, os argentinos, os mexicanos... não quero dizer exatamente que em Cuba não há gente interessante. Eu não sei, mas Levy tem algo que vicia. Ele é viciante! Mas olhando bem, no mais profundo, onde os holofotes da fama não o alcançam, ele é simplesmente um latino que deu certo nos EUA, não com uma profissão típica de imigrante, o mundo o viu como modelo, fazendo com que as luzes das passarelas, os flashes das câmeras se voltassem para ele.
O jovem de origem humilde se fez notar. Ele aproveitou as oportunidades como pode, além de tudo resolveu estudar interpretação. As portas das telenovelas se abriram para ele: sucesso absoluto. Ele encantou o público e as mulheres, a partir daí não teve sossego: perseguição de paparazzi, fãs que lotam lugares por onde passa, tumulto em sua vida pessoal e por aí vai.
Não sei. Para além de ver sua perfeita forma física, torço muito por ele. Penso em não acreditar em tantas coisas impróprias que alardeiam sobre Levy, isso é uma constante da imprensa marrom, um péssimo mal costume daquelas terras do lado de lá. Quando o vi dançando no Dancing With the Stars deste ano vi ali alguém extremamente esforçado. Nos diversos quadros do programa onde participou estavam seus familiares, sua história de vida em Cuba, um passado de pobreza que havia ficado para trás e seus irmãos a lhe desejar boa sorte na nova fase da carreira e do programa. Vi seu lado generoso, mais que humano ao trazer sua família cubana para estar com ele naquele país.
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galã de telenovela |
Eu soube que muitas pessoas dizem que ele não é bom ator. Essa característica não pude observar melhor, porque as telenovelas mexicanas infelizmente nunca priorizam a qualidade cênica como um todo. Belos rostos femininos e masculinos povoam suas histórias recheadas de romances melosos, salpicados de leve tempero caliente e roteiros de mesma fórmula. Infelizmente nunca tenho tempo de assistir essas tramas, nem me dedicaria a vê-las. Mas torço pelo cinema latino, não pelos modelos pré-estabelecidos da TV, torço por pessoas como William Levy, que podem ingressar no universo cinematográfico esforçando-se, dando o seu melhor para comportar em si mesmo uma estética desejada ou até mesmo um padrão que seja considerado de qualidade.
E como todos sabem, nem toda obra cinematográfica é composta de grandes atuações. Há sempre algo que vai marcar, que vai se tornar imprescindível à dinâmica do texto, das ações e do algo a mais que possa acrescentar. É triste constatar que em pleno século XXI a mentalidade americana continua sendo a mesma desde os tempos da Carmen Miranda. Exemplo pequeno está no quadro Dancing With the Stars onde simplesmente um samba não é estudado, onde não há o mínimo interesse pela cultura alheia, o samba apresentado é um salsa, rumba, lambada ou qualquer coisa. Vejo William Levy dançando a sua salsa parecendo um típico boricua ou simplesmente emanando suas raízes caribenhas num universo tão pobre culturalmente que é a TV americana, ele merece mais.
Vejo-o ali em um idioma que não é o seu. Ok, naturalmente compreensível, devido às circunstâncias, mas algo nocivo de certa forma. O jovem astro diz não amanhecer em uma academia, prefere dormir a malhar a exaustão e que o segredo da sua boa forma física está na alimentação devidamente bem administrada.
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William Levy e a dançarina Sheryl Burke em Dancing with the stars 2012 |
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Com os filhos Christopher e Kailey |
Aos que viram bem de perto afirmam que ele é tudo isso mesmo que diz a People em se tratando de sua impressionante imagem. O corpo escultural de William Levy pode ser explorado no Google ou no Thumbrl onde estão fotos de tudo o que ele fez na vida como posar nu para campanhas publicitárias ou simplesmente trajar roupas íntimas. Há as de extremo bom gosto, a de um homem no auge da elegância para célebres marcas de roupas e das melhores lentes. Ele se multiplica e parece não ter fim. Levy é uma festa para os olhos e para os demais sentidos. Há o que se rir com os comentários transloucados das fãs: a de que os ovários explodem ao vê-lo ou o famoso "hot, hot, hot...". Jennifer Lopez soube como ninguém encaixá-lo no vídeoclipe "I´m into you". E das boas novas, o próprio ator afirmou recentemente que participará de uma comédia romântica Hollywoodiana. Esperar para ver.
Links que possam interessar:
domingo, 2 de setembro de 2012
Leitura da semana que passou
Hoje pretendia escrever alguma coisa sobre a atriz espanhola Chus Lampreave, mas não deu exatamente para escrever algo que me vinha à mente e/ou baseado em leituras, porque perdi um livro fundamental à minha informação: "Conversas com Almodóvar". E só me dei conta que o havia perdido no fim da tarde, saí com ele para ficar na sala de espera da clínica enquanto não era atendida, dali fui para outro lugar, devo ter esquecido num canto. Quase choro, pois estava na metade. Droga! Mas enfim, fiquei fascinada com o carinho de Pedro Almodóvar com essa atriz, lembro que na página 60 ele expressa sobre o que é trabalhar com ela. Na verdade, indico este livro a todos os interessados e fãs da obra do cineasta espanhol, Pedro Almodóvar. Achei aqui a página da Revista Isto é, muito interessante:
Rerato de Almodóvar
Manias, brigas e caprichos - nada fica de fora do livro de entrevistas com o cineasta espanhol
IVAN CLAUDIO
Ao explicar o colorido extravagante de seus cenários, ele desmonta a teoria fácil de que essa seria uma característica da cultura espanhola, barroca em sua essência: "A vitalidade das minhas cores é uma forma de lutar contra a austeridade das minhas origens. Minha mãe se vestiu de negro durante quase toda a sua vida." Nascido na região de La Mancha, Almodóvar decidiu fazer filmes quando foi morar em Madri, na década de 70, época em que trabalhava na área administrativa da companhia telefônica. O ditador Francisco Franco havia morrido. Eram anos de liberação e ele tornou-se um dos protagonistas da chamada Movida Madrilenha, movimento de renovação das artes que revelou uma geração anárquica de artistas. Almodóvar rodava filmes no formato amador super 8 e, como não gravava o som, dublava ao vivo todos os personagens. Um verdadeiro happening. Ao passar para as produções mais profissionais, descobriu o ator Antonio Banderas, que alçou ao estrelato em filmes como Matador, A lei do desejo e Áta-me: "Antonio acabara de chegar de Málaga e fazia figuração numa peça de teatro. Vi-o, fiz um teste com ele e compreendi imediatamente que iria se tornar um astro de cinema."
Diretor diz que se sente possuído pelos papéis e gostaria de interpretar todos eles
Nesse período, Almodóvar teve sucessivos encontros com o artista plástico americano Andy Warhol em festas da efervescente noite madrilenha. "Eu sempre era anunciado como o Warhol espanhol. Depois da quinta ou sexta vez, ele acabou por me perguntar por quê. Eu lhe disse que era, sem dúvida, por haver muitos travestis em meus filmes", conta, bem-humorado. Além das "chicas de Almodóvar", como eram chamadas as engraçadas atrizes Carmen Maura e Rossy de Palma, alguns transexuais ficaram famosos nos primeiros trabalhos do espanhol. Mais recentemente, ao retomar esses personagens, ele teve uma grande dor de cabeça, como revela a Frédéric Strauss no capítulo sobre o filme Má educação. É que o ator mexicano Gael García Bernal, o protagonista da história, não conseguia vestir-se de mulher para encarnar o personagem Sahara. "Bastava ele ver um sapato de salto para entrar num estado de bloqueio total", diz Almodóvar. As filmagens foram paralisadas e só continuaram depois de o ator passar por sessões de psicanálise.
Além de detalhar o processo de criação de todos os seus longa-metragens, em suas entrevistas Almodóvar avança no terreno pessoal e, às vezes, comporta- se como se estivesse também em um divã. Sempre visto como um grande diretor de mulheres, ele atribui a sua intimidade com as personagens femininas ao fato de ter passado a infância escutando histórias contadas por sua mãe e pelas vizinhas interioranas. "Foi nessa época que ouvi casos de fantasmas, de mortos que assombram os vivos. Isso foi para mim a própria origem da ficção." No seu caso, a ficção mostra- se tão imaginativa que conquistou até o mestre americano Billy Wilder, de O crepúsculo dos deuses, uma de suas grandes influências. Depois de assistir à comédia Mulheres à beira de um ataque de nervos, Wilder fez propaganda na Academia de Hollywood para que os votantes escolhessem o longa para o Oscar de melhor filme em língua estrangeira, o que não aconteceu. E o aconselhou: "Jamais caia na tentação de fazer um filme em Hollywood." Almodóvar seguiu o conselho e vai muito bem, obrigado. Em relação ao Oscar, ele só o ganharia em 2003, com o filme Fale com ela. Mas como melhor diretor.

Fonte: Revista Isto É
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Pedro Almodóvar
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Postagem número 1000!
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A musa Penélope Cruz |
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Pedro Almodóvar (sempre) |
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"Àtame" - Antonio Banderas e Victoria Abril |
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Não pode faltar Gael García Bernal |
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... E Sônia Braga! |
Hoje o blog Sala Latina de Cinema completa a postagem número 1000. E particularmente fico muito feliz por ter alcançado este número. O blog na verdade foi uma maneira de expressar minha paixão pelo cinema latino. Na verdade achava escasso material na rede que reunisse num balaio só cinema brasileiro, cinema espanhol, chileno, argentino,etc. aliás nem cheguei na metade do caminho. Por isso mesmo, já que a trilha é grande decidi não parar. Um post por dia é objetivo (e enquanto puder postar todos os dias). Sigo aqui compartilhando, meus breves comentários sobre filmes que vi, postando fotos, trilhas sonoras, curtas e divulgando o que for interessante. Não há fins lucrativos e sim, um hobby. Um passatempo que costumo levar a sério e que pretendo aprimorá-lo ao logo do tempo. Nesse curto tempo de existência, quero agradecer aos seguidores e aos colegas cinéfilos por suas valiosas colaborações. Abraço a todos! M.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Outra super postagem do Blog All Classics
Esta postagem especial foi escrita por minha amiga blogueira Rubi Tegani. Excelente texto.
La Cabalgata del Circo - Elenco
Em 3 de maio de 1914, nascia em Buenos Aires Armando Bó, que ao longo da vida trilhou sua jornada profissional sempre voltado para a arte; tornou-se ator, diretor, produtor, roteirista e compositor da Era Clássica do cinema argentino. Iniciou sua carreira artística em 1939 atuando no filme Ambición; a este seguiram-se várias produções que se estenderam até final dos anos 40, entre elas, destaque para: Chimbela, Un Señor mucamo, Fragata Sarmiento, "Joven, viuda y Estanciera", Cândida millonaria, Los tres mosqueteros, La Cabalgata del circo, La Caraba, Si mis campos hablaran e Con el sudor de tu Frente. No início dos anos 50 Armando já cultivava um interesse maior pela produção de um filme do que propriamente pela participação como ator; isto fez com que partisse para essa nova empreitada em sua carreira, lançando seu primeiro trabalho como diretor em 1954 com o filme Sin familia. Diferente da maioria dos diretores de sua época, Armando ousava com cenas eróticas em suas obras, e coube a ele em 1956 com o filme El trueno entre las hojas, incluir a primeira cena de nudez da história do cinema argentino. Envolveu-se em quase 100 produções ao longo de sua carreira, encerrando-a como ator em 1979 com El último amor en Tierra del Fuego e como diretor em 1980 com Una viuda descocada. De sua vida pessoal, como dito no início, pouco se sabe; porém deixou para o cinema argentino um herdeiro com grande destaque, seu filho Víctor Bó. Faleceu no dia 8 de outubro de 1981 aos 67 anos de idade.Orestes Caviglia nasceu no dia 9 de novembro de 1893 e foi considerado um dos grandes nomes da chamada Era Clássica do cinema argentino. Infelizmente, pouco se sabe sobre sua vida pessoal; mas como ator e diretor, Orestes apareceu em mais de 20 filmes, marcando sua estreia em 1936 com o filme Tararira. A partir daí, foi convidado a fazer parte do elenco de grandes produções ao lado dos mais renomados atores de sua época, tais como: Melgarejo, Viento norte, En el viejo Buenos Aires, Casa de muñecas, La cabalgata del circo, Rosa de América, Pelota de trapo e El octavo infierno, seu último filme. Como diretor, tem 6 produções cinematográficas, com destaque para Al toque de clarín de 1941. Faleceu no dia 1° de abril de 1971.
No dia 2 de abril de 1920, nascia em Vigo/Espanha, o pequeno Manuel Francisco Castro Ríos, que mais tarde brilharia no cinema argentino com o nome artístico Ricardo Castro Ríos. Não há muitos registros de sua vida particular ou mesmo profissional, estabelecido em Buenos Aires, estreou nas telas de cinema em 1945, no clássico La Cabalgata del Circo ao lado de Libertad Lamarque e Hugo del Carril. No ano seguinte, participou de Inspiración e em 1947 esteve presente noutro clássico do cinema argentino A sangre fría ao lado da atriz Amelia Bence. Sua filmografia conta com mais de 40 trabalhos realizados entre filmes e seriados para TV, sendo que seu último trabalho nas telas foi Amnesia em 1994. Faleceu em 21 de janeiro de 2001, aos 80 anos de idade vítima de câncer.
Outros atores: Evita Perón, José Olarra, Juan José Miguez, Ilde Pirovano, Tino Tori, Elvira Quiroga e Ana Nieves.
Fonte: Blog All Classics
sexta-feira, 9 de março de 2012
O melhor do cinema nacional ou os mais assistidos
Menino da Porteira - 1976 |
No dia do cinema brasileiro, listamos para você os longas que mais foram vistos nas telonas. O primeiro longa nacional da lista é o filme “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976). Baseado no livro homônimo de Jorge Amado, ainda é o filme brasileiro mais visto nos cinemas. Dirigido por Bruno Barreto e protagonizado por Sônia Braga, José Wilker e Mauro Mendonça, o longa-metragem foi visto por mais de 12 milhões espectadores.
Nos anos 70, Sonia Braga era garantia de brasileiro no cinema. Tanto que “A Dama do Lotação” (1978), sensual filme protagonizado pela atriz, levou 6,5 milhões de espectadores às salas.
A comédia “Se Eu Fosse Você 2″, arrecadou R$ 47,57 milhões e levou 6 milhões aos cinemas. Na trama, Cláudio (Tony Ramos, de “Pequeno Dicionário Amoroso”) e Helena (Glória Pires, de “Primo Basílio”) trocam novamente de corpos.
Fenômeno recente nas salas de projeção brasileiras, “2 Filhos de Francisco – A História de Zezé Di Camargo e Luciano” levou 5,3 milhões de pessoas aos cinemas e foi a maior bilheteria de filmes brasileiros dos últimos 20 anos. O longa foi aprovado não somente pela crítica especializada em 2005, mas principalmente pelo público, que se envolveu pelo drama familiar experimentado pela popular dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano.
Os filmes protagonizados pelo saudoso grupo humorístico Trapalhões, nos anos 70 e 80, também foram bastante populares na época. “O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão” (1977), “Os Saltimbancos Trapalhões” (1981) e “Os Trapalhões na Guerra dos Planetas” (1982) são algumas das produções do grupo vistas por mais de cinco milhões de brasileiros.
Hector Babenco, nascido na Argentina e radicado no Brasil, é um diretor que levou milhares de brasileiros aos cinemas. “Lúcio Flavio, o Passageiro da Agonia” levou mais de cinco milhões de brasileiros aos cinemas em 1977; o drama “Carandiru” foi visto por 4,6 milhões em seu lançamento, em 2001.
O filme “O Menino da Porteira” (1976) também não fez feio nos cinemas quando foi lançado, mostrando que a cultura sertaneja pode atrair muitos espectadores aos cinemas. Baseado em sucesso musical de Sérgio Reis – que atua no longa -, O Menino da Porteira levou 4,5 milhões de espectadores às salas. De acordo com os números oficiais, por que os produtores afirmam que o número bate os 7 milhões.
A primeira parte do filme “Se Eu Fosse Você” foi o mais prestigiado pelo público nos cinemas em 2006. Mais de três milhões de brasileiros foram às salas prestigiar a excelente atuação de Glória Pires e Tony Ramos no filme.
“Cidade de Deus” fez uma pequena revolução dentro do cenário cinematográfico brasileiro em 2002. Depois de levar mais de três milhões de brasileiros às salas, foi lançado internacionalmente, tornando-se referência de cinema brasileiro para os gringos. O longa concorreu a quatro Oscars, apresentando o talento do cineasta Fernando Meirelles no mercado internacional.
O ano de 2007 foi de “Tropa de Elite”, que estreou nas salas brasileiras fazendo estardalhaço. Na verdade, o filme já era falado antes disso, depois de ter sido visto por milhões de brasileiros antes mesmo de sua estréia, em DVDs piratas, disponíveis nos camelôs. Os números oficiais confirmam: 2,4 milhões foram ver o longa de José Padilha nos cinemas.
Estreando no primeiro fim de semana de 2008, “Meu Nome Não É Johnny” já desponta como a “salvação” das bilheterias nacionais neste ano. Um grande sucesso entre o público, foi visto por 1,7 milhão de brasileiros em menos de dois meses em cartaz.
Nos anos 70, Sonia Braga era garantia de brasileiro no cinema. Tanto que “A Dama do Lotação” (1978), sensual filme protagonizado pela atriz, levou 6,5 milhões de espectadores às salas.
A comédia “Se Eu Fosse Você 2″, arrecadou R$ 47,57 milhões e levou 6 milhões aos cinemas. Na trama, Cláudio (Tony Ramos, de “Pequeno Dicionário Amoroso”) e Helena (Glória Pires, de “Primo Basílio”) trocam novamente de corpos.
Fenômeno recente nas salas de projeção brasileiras, “2 Filhos de Francisco – A História de Zezé Di Camargo e Luciano” levou 5,3 milhões de pessoas aos cinemas e foi a maior bilheteria de filmes brasileiros dos últimos 20 anos. O longa foi aprovado não somente pela crítica especializada em 2005, mas principalmente pelo público, que se envolveu pelo drama familiar experimentado pela popular dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano.
Os filmes protagonizados pelo saudoso grupo humorístico Trapalhões, nos anos 70 e 80, também foram bastante populares na época. “O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão” (1977), “Os Saltimbancos Trapalhões” (1981) e “Os Trapalhões na Guerra dos Planetas” (1982) são algumas das produções do grupo vistas por mais de cinco milhões de brasileiros.
Hector Babenco, nascido na Argentina e radicado no Brasil, é um diretor que levou milhares de brasileiros aos cinemas. “Lúcio Flavio, o Passageiro da Agonia” levou mais de cinco milhões de brasileiros aos cinemas em 1977; o drama “Carandiru” foi visto por 4,6 milhões em seu lançamento, em 2001.
O filme “O Menino da Porteira” (1976) também não fez feio nos cinemas quando foi lançado, mostrando que a cultura sertaneja pode atrair muitos espectadores aos cinemas. Baseado em sucesso musical de Sérgio Reis – que atua no longa -, O Menino da Porteira levou 4,5 milhões de espectadores às salas. De acordo com os números oficiais, por que os produtores afirmam que o número bate os 7 milhões.
A primeira parte do filme “Se Eu Fosse Você” foi o mais prestigiado pelo público nos cinemas em 2006. Mais de três milhões de brasileiros foram às salas prestigiar a excelente atuação de Glória Pires e Tony Ramos no filme.
“Cidade de Deus” fez uma pequena revolução dentro do cenário cinematográfico brasileiro em 2002. Depois de levar mais de três milhões de brasileiros às salas, foi lançado internacionalmente, tornando-se referência de cinema brasileiro para os gringos. O longa concorreu a quatro Oscars, apresentando o talento do cineasta Fernando Meirelles no mercado internacional.
O ano de 2007 foi de “Tropa de Elite”, que estreou nas salas brasileiras fazendo estardalhaço. Na verdade, o filme já era falado antes disso, depois de ter sido visto por milhões de brasileiros antes mesmo de sua estréia, em DVDs piratas, disponíveis nos camelôs. Os números oficiais confirmam: 2,4 milhões foram ver o longa de José Padilha nos cinemas.
Estreando no primeiro fim de semana de 2008, “Meu Nome Não É Johnny” já desponta como a “salvação” das bilheterias nacionais neste ano. Um grande sucesso entre o público, foi visto por 1,7 milhão de brasileiros em menos de dois meses em cartaz.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Os 10 melhores filmes de língua espanhola do século XXI (parte I)
O site espanhol Paper Blog elaborou um ranking dos dez melhores filmes de língua espanhola da atualidade. Claro que essa pesquisa já há algum tempo que eles tem publicado. Mas olhando a lista dá para concordar ou não com a escolha deles. Decidi traduzir os textos e postar separadamente esses dez melhores:

Considerado por muitos, entre os quais me incluo, o melhor filme de 2009, a história do Fiscal que dá a vida ao sempre grande Ricardo Darín é uma das viagens mais emocionantes e carregadas com reviravoltas do cinema contemporâneo. O suspense está com o drama romântico ao longo dos 20 anos que abarca a história do O segredo de seus olhos, até um final que acaba por engrandecer o que durante duas horas intuíamos que era algo especial.
O Oscar de melhor filme estrangeiro do ano passado, está plenamente justificado ainda que apenas seja pela a cena do estádio de futebol. Um exemplo de que Juan José Campanella é junto a Alfonso Cuaron, o diretor de língua espanhola mais talentoso do nosso tempo. Que o sotaque argentino, que não seja um impedimento para apreciar esta lição magistral de CINEMA com maiúsculas.

Antes de se tornar a referência da modernidade mais pedante do nosso panorama cinematográfico Isabel Coixet conseguiu criar um dos dramas mais emotivos que um servidor teve a oportunidade de ver. Mi vida sin mi é um filme cheio de ternura, mas que foge da pieguice confeccionando um relato tão tocante como comovente. Além disso deu a conhecer ao mundo uns intérpretes tão interessantes como são Sarah Polley e Mark Ruffalo.

O sleeper da lista e a maior surpresa que deixou o nosso cinema nos últimos anos. Poucas pessoas sabem da estréia de Guillem Morales, atualmente sob a proteção de Guillermo del Toro e enquanto se aguarda a estreia de Los Ojos de Julia com Belén Rueda. Sua sinopse já é o bastante para convencer ao espectador mais relutante: Felix é um arquiteto consumido pela solidão em sua mansão, após a ruptura com a sua companheira. Uma noite, ele recebe a visita de um estranho que pergunta se pode fazer um telefonema. Felix permite e um momento de descuido o estranho parece desaparecer em sua casa sem deixar vestígios. A partir desse momento, uma série de eventos cada vez mais angustiantes levará Felix a concluir de que o intruso tenha ficado em sua própria casa e sua vida corre perigo.
O resultado é um thriller cheio de suspense e que realmente surpreende em mais de um momento. A direção minimalista e limpa de Morales se encaixa perfeitamente com um roteiro bastante escasso de diálogos, situação acompanhada por uma das melhores trilhas sonoras do cinema espanhol.

4. Camino (2008)
Polêmicas à parte, Camino é um filme de personagens. O pai que dá a vida a Mariano Venancio e a menina interpretada por Susana Camacho são capazes de enternecer até o agente Steven Seagal além de serem aqueles que fazem o filme como o não menos esquecido Ramon Sampedro de Bardem em Mar Adentro. Mas o diretor Javier Fesser vai mais além. O excelente domínio dos efeitos especiais e a pós-produção, do que fez gala na primeira entrega de Mortadelo e Filemon alcançam nas cenas oníricas de Camino seu máximo esplendor fazendo empalidecer The Lovely Bones de Peter Jackson.

As principais virtudes deste thriller do responsável da vinda do Capitão Trovão é uma direção distanciada dos convencionalismos do cinema espanhol e muito mais próxima aos cânones do gênero no cinema americano do final dos anos 90. Além disso, não encontramos o grande desempenho deste monstro que era Fernando Fernan Gomez e antes da confirmação de Leonardo Sbaraglia, que encadeou sua estréia com o não menos recomendável, mas mais marciano Intacto, conquistando o reconhecimento do que desfruta atualmente.
domingo, 31 de outubro de 2010
Os 10 melhores filmes de língua espanhola do século XXI (parte II)
CONTINUAÇÃO:

Guillermo del Toro elaborou em meados da década, uma fábula fantástica de cores históricas quez fez derreter as críticas de metade do mundo. O incomensurável trabalho de Sergi Lopez dando vida a um dos maiores vilões do nosso cinema e a excelente composição das criaturas "made in del Toro" foram as principais causas da fita ter conseguido alcançar a quarta posição em Metacritic entre os melhores filmes de todos os tempos.

O 5 º filme de Alex de la Iglesia inaugurava de uma forma soberba o novo século e inovando ao mesmo tempo em um dos gêneros mais tipicamente espanhol: a comédia de humor negro. Estamos testemunhando a evolução dos quadrinhos máximos da 13 Rue Barnacle, uma comunidade de vizinhos transloucados, onde não falta uma senhora de idade histérica ou anormal. Tudo enfeitado com um simples mas eficaz mcguffin, uma Carmen Maura em estado de graça e com ares de Hitchcock que certo deleitará o espectador mais astuto.

Agora, se, pelo menos teríamos que colocar um drama social na lista. Fernando León de Aranoa tocou o céu com a história daqueles desempregados que passam os dias se bronzeando sem expectativas para o futuro. Uma história sincera e carregada de personagens memoráveis onde Bardem,Tosar, e o televisivo José Ángel Egido deram aulas de atuação para o mundo inteiro . Sem dúvida um filme recuperável especialmente considerando os tempos. Você nunca vai ter a mesma aparência de um poste de luz.

9. La caja 507 (2002)
Puro cinema de gênero. Porque nem todos os grandes filmes do nosso cinema são densos dramas sociais ou comédias sem sentido. Enrique Urbizu o demonstrou em 2002 presenteando-nos com este thriller onde Antonio Resines e José Coronado brilhavam com luz própria. Menção especial para as cenas de ação e detalhes tão curiosos como os sobrenomes dos protagonistas, Pardo, no caso do tranquilo personagem de Resines e Mazas para o cruel rol de Coronado. Imprescindível.
Almodóvar pode fazer bons filmes fora da temática sexual que caracteriza sua filmografia e aqui temos a prova. Volver é um maneira magistral que combina gêneros tão diversos como a comédia, o drama, o suspense e até mesmo o fantástico (mais ou menos), além de contar com o melhor trabalho de Penélope Cruz, que por esta altura começou a justificar a fama que tem mais por suas relações sentimentais do que por seus trabalhos anteriores. Nada a ver com Los abrazos rotos.
Adaptado e traduzido do site: Paper blog
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Curiosidades de "2 Filhos de Francisco"
O filme que relata a história dos cantores Zezé de Camargo e Luciano como todos sabem recebeu premiações justas. Abaixo algumas dessas curiosidades:


- Melhor Atriz (Dira Paes) no Festival de Língua Portuguesa, Lisboa, Portugal, 2006
- Melhor Diretor Estreante no Palm Spring Springs Film Festival, EUA,2006
- Melhor Filme (júri Popular) no Festival internacional Del Nuevo Cine Latinoamericano de La Habana, Cuba,2006.
- Melhor ator coadjuvante (José Dumont) e Melhor Ator (Ângelo Antonio) no Best Performace in a Internacional Fesnture Film – Yong Artist Award,2007.
- Melhor ator coadjuvante (José Dumont) e Melhor Ator (Ângelo Antonio) no Premio Qualidade Brasil, RJ,2007.
- Melhor Atriz Coadjuvante (Paloma Duarte) no Academia Brasileira de Cinema, RJ, 2007.
Curiosidades
- Estréia de Breno Silveira como diretor de longa-metragem.
- As filmagens tiveram início em 1º de maio na cidade de Pirenópolis, em Goiás. Foram ao todo 8 semanas de filmagens, sendo uma no Rio de Janeiro.
- O orçamento de 2 Filhos de Francisco foi de R$ 5,9 milhões.
- As filmagens tiveram dois meses de duração
- Foi orçado em R$ 5,9 milhões
- Além de acompanharem de perto as gravações, os irmãos Zezé Di Camargo e Luciano também assinam a trilha sonora e atacam de narradores do filme, além de interpretarem eles próprios na fase adulta.
- Título inicial de 2 Filhos de Francisco - A História de Zezé Di Camargo e Luciano.
- O laboratório exigiu muito de toda a equipe. Ficaram durante cinco dias num sítio perto de Pirenópolis totalmente sem luz, onde acordavam às seis da manhã e, durante o dia, ordenhavam vacas e capinavam.
- A pedido de Paloma Duarte canção de seu pai, Antônio Marcos, vai entrar na trilha do filme
- A trilha sonora, traz a voz de grandes estrelas da MPB e tem Caetano Veloso como um de seus produtores, o outro é César Augusto. Caetano trabalhava no Rio, cuidando da parte MPB, Augusto gravava em São Paulo as sertanejas.
Fonte: Adoro Cinema Brasileiro
sábado, 12 de junho de 2010
O amor é lindo: Javier Bardem e Penélope Cruz
O casalzinho mais apaixonado do cinema já esteve juntos em mais outras produções. Às vezes nem sempre como o par protagonista. Em homenagem à data de hoje vai aí os filmes em que Javier Bardem e Penélope Cruz estiveram contracenando:



1997 - "Carne trémula" - Neste filme de Pedro Almodóvar, Penélope Cruz e Javier Bardem fazem personagens opostos. Nesta cena ela dá à luz a um menino dentro de um ônibus. Advinha quem segura a criança? isso mesmo: D. Pilar Bardem (a sogrinha) fazendo uma participação especial. Javier Bardem vai ser o policial que vai cruzar pela vida do bebê que nasceu no ônibus, mais tarde quando ele se tornar adulto.

2001 - "Sem notícias de Deus (Sin noticias de Dios)" - Neste filme Penélope Cruz assim como Victoria abril assume um papel protagônico. A personagem de Penélope é uma diabólica mulher, que em troca de ter realizado um bom serviço para o seu chefe, escolhe voltar à terra como um homem. Essa cena só aparece lá no finalzinho quando sobe os créditos. Ela acaba se transformando em quem? Javier Bardem! Bardem faz só uma apariçãozinha.

2008 - Vicky Cristina Barcelona - Penélope Cruz (Maria Elena) é a ex-mulher do pintor, Juan Antonio (Javier Bardem), neste filme ele se envolve com mais duas outras mulheres, Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson).
domingo, 23 de maio de 2010
Um cão andaluz, 1928


O filme foi realizado com a esperança de contribuir para um revolucionário choque na sociedade. “Pela primeira vez na história do cinema”, escreveu o crítico Aldo Kyrou, “um diretor trata não de agradar, mas de alienar praticamente todos os potenciais espectadores”. Isso foi naquela época, mas não hoje. Atualmente, as suas técnicas foram tão vigorosamente absorvidas, mesmo pelas correntes dominantes, que o seu valor de choque acabou por se diluir – exceto aquela imagem do globo ocular sendo cortado, ou talvez a imagem do homem que lentamente arrasta o grande piano com os sacerdotes e os burros mortos sobre ele...

Foi então passar alguns dias com Dalí, um conterrâneo espanhol, e falou-lhe a respeito de um sonho seu, no qual uma nuvem corta a lua no meio, “como uma navalha cortando um globo ocular”. Dalí lhe contou então seu próprio sonho, no qual uma mão brincava com as formigas. “E que tal se nós começássemos bem ali e fizéssemos um filme?”, perguntou ele a Buñuel, e assim o fizeram. Juntos, preparam o roteiro, que foi dirigido por Buñuel e que, com a ajuda orçamentária da mãe dele, precisou de poucos dias para ser realizado.

Para a montagem do roteiro, usavam o método de atirar imagens chocantes umas contras as outras, ou um evento contra o outro. Ambos tinham que concordar antes que uma imagem fosse incluída no filme: “Nenhuma idéia ou imagem que pudesse sugerir uma explicação racional, de qualquer tipo, seria aceita”, lembra Buñuel. “Tínhamos que abrir todas as portas do irracional e ficar somente com as imagens que nos surpreendiam, sem explicar a razão”.
(...) Um cão andaluz é uma peça curta: num certo sentido, nunca foi infiel conosco. Um filme deste tipo é um fortificante. Atropela velhos e inconscientes hábitos dos cinéfilos. É perturbador, frustrante e endoidante. Parece não ter qualquer objetivo (todavia, que objetivos há na verdade, em tantos filmes a que assistimos?). Há um retorcido humor e uma vontade bem clara de nos ofender. A maioria do público de hoje se ofende, o que talvez signifique que os surrealistas levaram a sua revolução à vitória: eles mostraram que a arte (e a vida) não precisa obedecer cegamente às estreitas restrições que vigoraram desde tempos imemoriais. E que num filme que está vivo e não petrificado pelas convenções, você nunca sabe o que pode ver quando for olhar pela janela”
Bibliografia:
EBERT, Roger. A Magia do Cinema. Os 100 melhores filmes de todos os tempos analisados pelo único crítico ganhador do Prêmio Pulitzer. Ediouro.
Abaixo (trechos do curta) - para vê-lo completo só no Youtube:
sábado, 22 de maio de 2010
Um breve relato da chegada de Luis Buñuel ao cinema mexicano


Não houve discriminação contra eles: nem em termos de trabalho, tampouco em termos artísticos. E curiosamente, Luis Buñuel, quem teve uma carreira americana mais árdua. Provavelmente porque suas metas eram mais exigentes e difíceis. Por outra parte, ainda que sua atividade no México fosse importantíssima, não se pode assimilar o cinema azteca em si, como fator aglutinador de tendências estéticas, nem como centro de inspiração para aqueles que tratavam de elevar o medíocre nível geral de sua indústria. Buñuel sempre foi um solitário, um criador sem discípulos, cujo mundo se sobrepunha a circunstância tanto no México como em Paris. Sem dúvida, seu período Mexicano não só é o mais extenso de sua carreira (sua filmografia espanhola era mínima: só um documentário, Tierra sin pan e supervisões como diretor e produtor entre 1935 e 1936, mais seus documentários da guerra civil) em si que ali recobrará – lentamente – um impulso criador que quase sempre havia ficado inédito desde as suas fulgurantes iniciações na vanguarda francesa surrealista: Un chien andalou (1929) e L`age d`Or (1930).
(...) Luis Buñuel ficou muito tempo em Los Angeles, sem trabalho. Foi auxiliado pelo escultor Alexander Calder e finalmente obteve um emprego no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, onde teve que renunciar ante pressões de elementos conservadores, entre eles o do reverendo Mc Clafferty, secretário da Legião de Decência e claro precursor do senador McCarthy... Acusado de “esquerdista e surrealista”, Buñuel abandou Nova Iorque e foi a Hollywood, onde foi contratado pela Warner Bros como supervisor de versões espanholas, mas terminou nas obscuras tarefas de dublagem. Sua partida até o México, ante a possibilidade de dirigir, foi propiciada pela produtora francesa Denisa Tual, para preparar uma adaptação cinematográfica de Casa de Bernarda Alba, de Lorca.
Este projeto fracassou ante a impossibilidade de obter os direitos da obra, e vários meses depois de sua chegada (havia desembarcado em junho de 1946) obteve sem dúvida, um contrato do produtor Oscar Dancigers para rodar um filme comercial costumeiro: um musical entitulado Gran Casino, protagonizados por dois astros da época: a argentina Libertad Lamarque e o mexicano Jorge Negrete. Salvo alguns fugazes detalhes que demonstram o humor de Buñuel, o filme foi um produto mais do baixo nível médio da indústria mexicana, sem nenhuma pretensão artística. Por acréscimo não teve boa repercussão comercial pelo qual Buñuel ficou sem trabalho durante dois anos".
Todos os detalhes das próximas produções mexicanas de Buñuel, após o jejum de dois anos sem filmar no México devido ao fracasso de "Gran Casino" não serão descritas aqui por enquanto neste post, porque assim ficará extenso. Mais tarde falaremos delas separadamente. Aliás, é o propósito deste blog discorrer, mostrar, exibir algo do cinema latino. O texto acima foi extraído do livro:
MAHIEU, José Augustín. Panorama del Cine Iberoamericano. Ediciones de Cultura Hispánica. Ensayo.
domingo, 2 de maio de 2010
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