título original: Love in the Time of Cholera
gênero: Drama
duração: 02 hs 19 min
ano de lançamento: 2008
estúdio: New Line Cinema / Stone Village Pictures
distribuidora: New Line Cinema / Fox Films do Brasil
direção: Mike Newell
roteiro: Ronald Harwood, baseado em livro de Gabriel García Márquez
produção: Scott Steindorff
música: Antônio Pinto
fotografia: Affonso Beato
direção de arte: Roberto Bonelli, John King e Paul Kirby
figurino: Marit Allen
edição: Mick Audsley
Sinopse:
Florentino Ariza (Javier Bardem) ainda jovem se apaixonou perdidamente por Fermina Daza (Giovanna Mezzogiorno). Entretanto, como Florentino apenas trabalha numa agência dos Correios, ele não é visto como um bom partido por Lorenzo Daza (John Leguizamo), pai de Fermina. Florentino pede Fermina em casamento, e ela aceita. Ao saber disto Lorenzo a envia para a fazenda de sua prima Hildebranda Sanchez (Catalina Sandino Moreno), onde fica alguns anos. Florentino aguarda o retorno de sua amada mas, quando a reencontra, ela diz que nada quer com ele. Fermina passa a ser cortejada por Juvenal Urbino (Benjamin Bratt), um médico que luta para evitar a disseminação do cólera. De início ela não se interessa, mas posteriormente eles se casam e constituem família. Simultaneamente Florentino aguarda que Juvenal morra, para que possa enfim se casar com seu grande amor.
Florentino Ariza (Javier Bardem) ainda jovem se apaixonou perdidamente por Fermina Daza (Giovanna Mezzogiorno). Entretanto, como Florentino apenas trabalha numa agência dos Correios, ele não é visto como um bom partido por Lorenzo Daza (John Leguizamo), pai de Fermina. Florentino pede Fermina em casamento, e ela aceita. Ao saber disto Lorenzo a envia para a fazenda de sua prima Hildebranda Sanchez (Catalina Sandino Moreno), onde fica alguns anos. Florentino aguarda o retorno de sua amada mas, quando a reencontra, ela diz que nada quer com ele. Fermina passa a ser cortejada por Juvenal Urbino (Benjamin Bratt), um médico que luta para evitar a disseminação do cólera. De início ela não se interessa, mas posteriormente eles se casam e constituem família. Simultaneamente Florentino aguarda que Juvenal morra, para que possa enfim se casar com seu grande amor.
Elenco:
Javier Bardem (Florentino Ariza)
Giovanna Mezzogiorno (Fermina Daza)
Benjamin Bratt (Dr. Juvenal Urbino)
Fernanda Montenegro (Tránsito Ariza)
Catalina Sandino Moreno (Hildebranda Sanchez)
Adriana Cantor (Andrea Varón)
Alicia Borrachero (Escolástica)
Salvatore Basile (Prefeito)
Angie Cepeda (Viúva Nazareth)
Hector Elizondo (Dom Leo)
Laura Harring (Sara Noriega)
John Leguizamo (Lorenzo Daza)
Rubria Marcheens Negrao (Rosalba)
Marcela Mar (America Vicuña)
Andrés Parra (Capitão Samaritano)
Liev Schreiber (Lotario Thurgot)
Indhira Serrano (Barbara Lynch)
Ana Claudia Talancón (Olimpia Zuleta)
Unax Ugalde (Florentino Ariza - jovem)
Javier Bardem (Florentino Ariza)
Giovanna Mezzogiorno (Fermina Daza)
Benjamin Bratt (Dr. Juvenal Urbino)
Fernanda Montenegro (Tránsito Ariza)
Catalina Sandino Moreno (Hildebranda Sanchez)
Adriana Cantor (Andrea Varón)
Alicia Borrachero (Escolástica)
Salvatore Basile (Prefeito)
Angie Cepeda (Viúva Nazareth)
Hector Elizondo (Dom Leo)
Laura Harring (Sara Noriega)
John Leguizamo (Lorenzo Daza)
Rubria Marcheens Negrao (Rosalba)
Marcela Mar (America Vicuña)
Andrés Parra (Capitão Samaritano)
Liev Schreiber (Lotario Thurgot)
Indhira Serrano (Barbara Lynch)
Ana Claudia Talancón (Olimpia Zuleta)
Unax Ugalde (Florentino Ariza - jovem)
Meu comentário:
O universo de Gabriel García Márquez é apaixonante. Mas o filme merece um bis de minha parte enquanto eu estiver de folga.
Assim: no início não dá vontade de prosseguir com a película, porque o casal protagonista já aparece bem idoso, mas não é isso, é a situação em que eles estão envolvidos. E nisso, você já imagina como vai ser o fim... Essa coisa do amor inatingível, a mulher idealizada, toda essa coisa literária está lá.
Neste mundo tão insensível, um amor assim como o de Florentino Ariza por Fermina Daza beira à loucura, a alucinação, pieguice das brabas, nonsense... e de uma certa forma por mais sensível chega até cansar. Também é um resgate no tempo, em que a mulher se guardava virgem para o casamento, onde a família interferia na escolha do coração da donzela, etc. Florentino decidiu guardar-se para sempre ao seu grande amor. Mas o mote de humor é justamente a cena quando ele é finalmente “destroçado” num navio (atacado ferozmente por uma dama e perde a virgindade). Mas há que se respeitar, é o amor. Eu respeito muito isso, por mais que digam “odeio os românticos”, é bonito amar. Mesmo que loucamente, cegamente, inutilmente, porque amar faz bem ou mal. E nunca ninguém se assume quando este é o tema. Tem gente que tem vergonha disso. Vergonha é este sentimento se tornar escasso nos dias de hoje. E o filme mostra realmente uma época romântica, hábitos interessantes, conceitos, comportamentos.
É uma coisa louca ter esperado o que ele esperou para amar aquela mulher. Mas não é o tempo que ele esperou, nem a dimensão deste amor que nos traz uma lição. Mas para o amor aquele da alma, e aquele que se completa no corpo no caso dos idosos mereceu ter essa barreira rompida sem preconceitos na telona. Javier Bardem deu alma aquele velhote que simplesmente dispensa comentários. E lindo a mensagem do final aquela que diz mais ou menos assim: “eu achava que não haveria fronteiras para a morte, mas na verdade não há fronteiras para a vida”.
O universo de Gabriel García Márquez é apaixonante. Mas o filme merece um bis de minha parte enquanto eu estiver de folga.
Assim: no início não dá vontade de prosseguir com a película, porque o casal protagonista já aparece bem idoso, mas não é isso, é a situação em que eles estão envolvidos. E nisso, você já imagina como vai ser o fim... Essa coisa do amor inatingível, a mulher idealizada, toda essa coisa literária está lá.
Neste mundo tão insensível, um amor assim como o de Florentino Ariza por Fermina Daza beira à loucura, a alucinação, pieguice das brabas, nonsense... e de uma certa forma por mais sensível chega até cansar. Também é um resgate no tempo, em que a mulher se guardava virgem para o casamento, onde a família interferia na escolha do coração da donzela, etc. Florentino decidiu guardar-se para sempre ao seu grande amor. Mas o mote de humor é justamente a cena quando ele é finalmente “destroçado” num navio (atacado ferozmente por uma dama e perde a virgindade). Mas há que se respeitar, é o amor. Eu respeito muito isso, por mais que digam “odeio os românticos”, é bonito amar. Mesmo que loucamente, cegamente, inutilmente, porque amar faz bem ou mal. E nunca ninguém se assume quando este é o tema. Tem gente que tem vergonha disso. Vergonha é este sentimento se tornar escasso nos dias de hoje. E o filme mostra realmente uma época romântica, hábitos interessantes, conceitos, comportamentos.
É uma coisa louca ter esperado o que ele esperou para amar aquela mulher. Mas não é o tempo que ele esperou, nem a dimensão deste amor que nos traz uma lição. Mas para o amor aquele da alma, e aquele que se completa no corpo no caso dos idosos mereceu ter essa barreira rompida sem preconceitos na telona. Javier Bardem deu alma aquele velhote que simplesmente dispensa comentários. E lindo a mensagem do final aquela que diz mais ou menos assim: “eu achava que não haveria fronteiras para a morte, mas na verdade não há fronteiras para a vida”.
Das atuações
Fernanda Montenegro (Tránsito Ariza, mãe de Florentino) e Javier Bardem (Florentino Ariza) roubam a cena. Juntaram dois grandes astros de primeira grandeza. Mas eu achei curioso a escalação do elenco, atores de diversas partes do globo, para uma história que se passa em um único país (que tem o espanhol como língua oficial), mas uma produção americana (lá estão todos dialogando em inglês). O Unax Ugalde que faz o Florentino ainda jovem não tem aquela força dramática toda, além de quê para galã falta muito. Ele tem uma carinha de leãozinho desgarrado medonho, só falta a juba.
Ô homem bom!
Bom ator aí eu não sei. O tal do Benjamin Bratt (curiosamente de nacionalidade americana, mas com cara de peruano, boliviano...). Ele mesmo! No papel do Dr.Juvenal Urbino (primeira foto acima). Putz a cena que mais gostei, ou melhor as cenas: a que ele vai examinar a Fermina com suspeita de cólera e a da noite de núpcias dele com a Fermina (por uns instantes se não fosse cênico, queria ser aquela mulher). E ela lá na cama toda metida a inocente, que nunca dormiu com estranhos, que as partes do homem nunca viu, nunca tocou e ele fica lá falando de estudos de anatomia e finalmente ela diz: “não quero aulas de anatomia”, e ele diz mais ou menos “te darei uma lição de amor”. Afe! Quem não prende a respiração por uns instantes e não suspira? É breguice, sensações bregas e sentimento: o amor.
Fernanda Montenegro (Tránsito Ariza, mãe de Florentino) e Javier Bardem (Florentino Ariza) roubam a cena. Juntaram dois grandes astros de primeira grandeza. Mas eu achei curioso a escalação do elenco, atores de diversas partes do globo, para uma história que se passa em um único país (que tem o espanhol como língua oficial), mas uma produção americana (lá estão todos dialogando em inglês). O Unax Ugalde que faz o Florentino ainda jovem não tem aquela força dramática toda, além de quê para galã falta muito. Ele tem uma carinha de leãozinho desgarrado medonho, só falta a juba.
Ô homem bom!
Bom ator aí eu não sei. O tal do Benjamin Bratt (curiosamente de nacionalidade americana, mas com cara de peruano, boliviano...). Ele mesmo! No papel do Dr.Juvenal Urbino (primeira foto acima). Putz a cena que mais gostei, ou melhor as cenas: a que ele vai examinar a Fermina com suspeita de cólera e a da noite de núpcias dele com a Fermina (por uns instantes se não fosse cênico, queria ser aquela mulher). E ela lá na cama toda metida a inocente, que nunca dormiu com estranhos, que as partes do homem nunca viu, nunca tocou e ele fica lá falando de estudos de anatomia e finalmente ela diz: “não quero aulas de anatomia”, e ele diz mais ou menos “te darei uma lição de amor”. Afe! Quem não prende a respiração por uns instantes e não suspira? É breguice, sensações bregas e sentimento: o amor.
Esse filme é tão lindo, mas tão malhado pelos críticos de cinema – se bem que não ligo muito para as críticas desse povo.
ResponderExcluirO povo reclama muito devido ao fato de ser uma adaptação de um romance consagrado. Adaptações geram sempre problemas e comparações, o povo quer que em 2 horas e 20 minutos seja transmitida toda intensidade de uma obra literária, isso impossível.
Eu particularmente tenho um encanto por essa película, acho que Newell soube muito bem transpor a obra para o cinema não deixando nada a desejar. Isso sem contar as maravilhosas atuações de todo elenco, destacando logicamente Bardem (lindooooooooooo) e claro a maravilhosa atriz brasileira Fernanda Monte Negro.
Filme divino viu!!!!
Desculpa se passei da conta, mas é que gosto bem desse filme...
bjo
Nada!!! Passar da conta faz parte. Dá para notar que gosto muito também desse filme. Eu é que escrevi demais.
ResponderExcluirUm belissimo filme, estou pra revê-lo também e em breve mostro minha opiniao sobre ele.
ResponderExcluirBelo texto, fez uma boa analise e conseguiu destacar bons aspectos tecnicos e narrativos do filme.
beijo
Bom mesmo. Vi este filme há algum tempo, realmente achei bem feito, delicado, gostei muito da atuação do Javier Bardem. E também me incomodei um pouco com a pureza ou falta de atitude do casal, é um amor idealizado, mas isto não tira méritos do filme.
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