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Cinema Latino

domingo, 6 de junho de 2010

"Clube da lua", Argentina, 2004

Ficha técnica:
título original: Luna de Avellaneda
gênero: Drama
duração:02 hs 23 min
ano de lançamento: 2004
site oficial: http://www.lunadeavellaneda.com.ar/
estúdio: JEMPSA / Pol-Ka Producciones / 100 Bares / Tornasol Films S.A.
distribuidora: Europa Filmes
direção: Juan José Campanella
roteiro: Juan José Campanella, Fernando Castets e Juan Pablo Domenech
produção: Fernando Blanco, Gerardo Herrero, Jorge Estrada Mora e Adrián Suar
música: Ángel Illarramendi
fotografia: Daniel Shulman
figurino: Cecilia Monti
edição: Camilo Antolini
Sinopse:
Luna de Avellaneda é um clube de dança fundado em Buenos Aires na década de 1940. Durante mais de 40 anos diversos clubes como este funcionaram nos bairros da capital argentina, trazendo diversão e vida social para seus habitantes. A crise financeira dos anos 90, porém, fez com que estes clubes começassem a fechar suas portas. Ameaçado pela falta de clientes, o Avellaneda enfrenta sua maior crise. À beira da falência, os descendentes de seus fundadores se unem para evitar o pior: a transformação do clube em um cassino.

Elenco:
Ricardo Darín (Román Maldonado)
Eduardo Blanco (Amadeo Grimberg)
Mercedes Morán (Graciela)
Valeria Bertuccelli (Cristina)
Silvia Kutika (Verônica)
José Luis López Vázquez (Don Aquiles)
Daniel Fanego (Alejandro)
Atilio Pozzobon (Atilio)
Horacio Peña (Julio)
Maria Victoria Biscay (Macarena)
Francisco Fernández de Rosa (Dario)
Micaela Moreno (Dalma)
Alan Sabbag (Ismael)


Meu comentário: O filme em si traz aquele ar de nostalgia dos tempos antigos e o resgate da memória afetiva. O clube “Luna de Avellaneda” não é apenas o local onde acontece a ação, mas é também personagem. Isso em uma análise mais profunda, a qual não pretendo realizá-la. Sem dúvida é um filme que desejaria rever, pois possui uma temática interessante. A personagem de Ricardo Darín nasceu no clube, uma cena muito bonita por sinal, mas na vida adulta ele é motorista de táxi e leva uma vida simples. A crise econômica dos anos 90 que assolou a Argentina é sutilmente mostrada no cotidiano das personagens: há a menininha que quer fazer balé no clube, mas em sua casa não há nada para comer; o motorista de táxi que nas horas vagas faz de um tudo no clube, trabalha de graça na faxina e manutenção; um alcoólatra que treina um time de futebol de salão e o filho do motorista de táxi que quer imigrar para a Espanha em busca de uma vida melhor. Os dramas humanos não param por aí: há a professora de balé (Valeria Bertuccelli) que quer restaurar a vida de Amadeo (Eduardo Blanco). Eles vivem um romance que à primeira vista parece não engatar, mas assim como o clube, parece caminhar para algumas mudanças, principalmente para a personagem de Eduardo Blanco, também em uma comovente interpretação. Morre o fundador Don Aquiles (José Luis López Vázquez) e o ambicioso Alejandro (Daniel Fanego) propõe uma reunião aos trezentos e poucos sócios do clube para informar suas pretensões de transformar o local em um cassino e geração de emprego para 200 pessoas. O que não impressiona Román (Ricardo Darín), que propõe uma outra maneira de resgatar o Avellaneda. A discursão acaba em votação. Mas a saída proposta por Román não convence a todos. O filho mais velho de Román convence ele e a mãe a imigrarem juntos para a Espanha, mas na cena final em que o motorista de táxi vai procurar uma mala para guardar as roupas, justamente no galpão do Avellaneda, lhe aparece sua carteirinha de sócio vitalício. E então fica aquela coisa no ar: a da talvez desistência da viagem para recomeçar uma nova luta pela sobrevivência do Clube de Avellaneda. Fica uma certa reflexão sobre: ir a para um outro país seria a melhor saída? E a questão das raízes: o lugar onde alguém nasceu, viveu e onde está toda uma vida.

2 comentários:

  1. Olá M.
    O cinema Argentino ainda é algo novo prá mim, conheço muito pouco e, apesar de não ser dos assuntos que mais me interesso, acho válido a relação destes trabalhos com a política, que conforme vc escreveu, nos faz extrair outros pontos à pensarmos!

    Boa semana! abraços

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  2. Quando eu comecei a assistir não levava muita fé... Mas, meu lado sensível foi gostando e admirando cada vez mais este gostinho nostálgico..
    Uma boa pedida com certeza!

    ;D

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