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Cinema Latino

sábado, 12 de março de 2011

Notícia atrasada: morreu no dia 5 de Março Alberto Granado, o companheiro de viagem de motocicleta de Ernesto "Che" Guevara

O início do mês de Março houve uma notícia que passou despercebida dos meios de comunicação mais comuns, no entanto em muitos portais da internet se divulgava o falecimento do Sr. Alberto Granado no sábado dia 5. Sim, aquele que acompanhou Che Guevara em uma viagem de moto na juventude, sendo também seu amigo fiel. A história retirada dos diários de viagem de Che e Granado inspiraram o filme "Diarios de Motocicleta" de Walter Salles.

Nas fotos em preto e branco a cumplicidade de Che, Granado e "La poderosa" (acima)


" La poderosa" ainda existe (reparem bem em ambas as fotos)




O argentino Alberto Granado, que há meio século acompanhou Ernesto "Che" Guevara em uma viagem pela América Latina que inspirou o filme "Diários de Motocicleta", morreu no sábado em Cuba aos 88 anos.
A televisão estatal cubana disse que suas cinzas seriam esparzidas na Argentina, em Cuba e na Venezuela. viagem empreendida em 1951 com Granado no comando de uma moto britânica Norton caindo aos pedaços despertou em Guevara uma inquietude social que, segundo se conta, o levou a se envolver anos mais tarde na guerrilha de Fidel Castro. Guevara acabou se convertendo em um dos principais chefes do movimento armado que derrotou o ditador cubano Fulgencio Batista, em 1959. O guerrilheiro argentino morreu em 1967 enquanto tentava criar una guerrilha na Bolívia. O filme "Diários de Motocicleta", dirigido pelo cineasta brasileiro Walter Salles, se baseia em parte no livro de memórias de Granado "Com Che pela América do Sul." Granado, bioquímico de profissão, havia chegado a Cuba em 1961 convidado por seu amigo de adolescência e nunca foi embora.


(Reportagem de Esteban Israel)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Matheus Nachtergaele interpretará Zé do Caixão nos cinemas

Como José Mojica Marins, famoso por encarnar o personagem Zé do Caixão, está quase completando 75 anos, o papal ganhará um novo ator. No caso, Matheus Nachtergaele. Ele, que esteve no elenco de "O bem amado", é o novo Zé do Caixão, na cinebiografia de Mojica.
O filme, dirigido pelo estreante Vitor Mafra, se chamará "Maldito". O longa contará a história do criador do Zé do Caixão de 1963 a 1977, período considerado auge do personagem. As gravações começam ainda este ano.

Fonte: Sidney Rezende

quinta-feira, 10 de março de 2011

"Orfeu", Brasil,1999.

Ficha Técnica:
Título Original: Orfeu
Gênero: Drama
Ano: 1999
País: Brasil
Direção: Carlos Diegues
Roteiro: Carlos Diegues, Paulo Lins, Hermano Vianna e outros
Produção: Daniel Filho, Paula Lavigne, Flávio Tambellini
Música Original: Caetano Veloso
Direção Musical: Jaques Morelenbaum
Fotografia: Affonso Beato
Edição: Sérgio Mekler
Direção de Arte: Clovis Bueno
Figurino: Emília Duncan
Efeitos Sonoros: Tom Paul, Jay Peck, Jeff Formosa e outros
Efeitos Especiais: Sergio Farjalla Jr.
Efeitos Visuais: Gene Warren Jr.


Elenco:
Toni Garrido (Orfeu)
Patrícia França (Eurídice)
Murilo Benício (Lucinho)
Zezé Motta (Conceição)
Milton Gonçalves (Inácio)
Isabel Fillardis (Mira)
Maria Ceiça (Carmen)
Stepan Nercessian (Pacheco)
Cássio Gabus Mendes (Pedro)
Ivan Albuquerque (He-Man)
Léa Garcia (Mãe de Maicol)
Castrinho (Oswaldo)
Maria Ribeiro (Joana)
Sílvio Guindane (Maicol)
Maria Luiza Jobim (Menina que canta "A Felicidade")
Maurício Gonçalves (Pecê)
Lúcio Andrey (Piaba)
Eliezer Motta (Stallone)
Gustavo Gasparani (Mano)
Paula Assunção (Deise)

Sinopse:
A história de Orfeu e Eurídice começa num sábado de Carnaval. O mais conhecido compositor dos morros do Rio de Janeiro, líder da favela onde mora e de sua Escola de Samba, a Unidos da Carioca, Orfeu trabalha nos últimos preparativos para o desfile de Carnaval, quando conhece Eurídice, recém-chegada à cidade em busca de uma tia, derradeira parente desde que o pai morrera nos garimpos do Acre.
Os dois se apaixonam perdidamente, provocando o ciúme de todos e a violência de alguns. O casal decide deixar o morro e, longe dali, viver apenas um para o outro, assim que o Carnaval terminar. Na noite do grande desfile no Sambódromo, enquanto Orfeu brilha à frente de sua Escola, cantando mais um samba seu de sucesso, Eurídice é vítima de uma bala perdida de Lucinho, amigo de infância de Orfeu e chefe do tráfico de drogas naquele morro.
Desesperado, Orfeu se vinga de Lucinho e parte em busca de sua amada desaparecida, a fim de levá-la de volta ao morro. A dor de Orfeu só faz aumentar os ciúmes de Mira, Carmem e todas as mulheres do morro que já foram suas namoradas. Enlouquecido de paixão, Orfeu é morto na quarta-feira de Cinzas, no justo momento em que a televisão anuncia a vitória da Unidos da Carioca no desfile de Carnaval, pelo terceiro ano consecutivo.




Meu comentário: As comparações são inevitáveis com o Orfeu Negro de 1959. Na versão de 1999 a história é a mesma, o que muda são os novos tempos. No final dos anos 60 havia mais imagem poética do amor dos protagonistas, aquela coisa nostálgica cantada pelos sambas antigos, embora o filme fosse embalado pela bossa nova. O Orfeu de Cacá Diegues foi bem intencionado em sua proposta, porém não contava com a falta de química entre os protagonistas, o cantor e agora ali ator, Toni Garrido e a atriz pernambucana, Patricia França. Na tela eles deram "alma" aquele novo Orfeu e aquela nova Eurídice. Até ficou interessante a escolha deles porque na vida real Toni Garrido fazia bastante sucesso com a banda Cidade Negra em canções cabeça e Patricia França era um novo talento revelado (pela Globo) vinda do nordeste. Só que vir do nordeste na ficção só funcionou para a primeira Eurídice (Marpessa Dawn), a de Patricia fugia do Acre. Não seria melhor manter a versão original? Só Orfeu ficou mesmo como aquela personagem que encanta a todos com sua música (leiam sobre o mito para entender o filme). As cenas em que ele canta para o sol aparecer são interessantes em ambas versões. No Orfeu de Diegues o problema do tráfico de drogas nos morros cariocas contrasta com todo o lirismo da narrativa. A Eurídice de Marpessa Dawn morre vitimada de uma descarga elétrica ao ser perseguida pelo emissário da morte e a da Patrícia França acaba sendo vitimada por um tiro dado pelo traficante Lucinho (Murilo Benício), cuja atuação é de destaque no filme.
Curiosidades:
Prêmios:
Associação Paulista de Críticos de Arte
Prêmio de Melhor Fotografia
Festival de Cinema de Cartagena, Colômbia
Prêmio de Melhor Filme
Grande Prêmio Brasileiro de Cinema, Brasil
Prêmio de Melhor Longa-Metragem Brasileiro
Prêmio de Melhor Trilha Sonora
Prêmio de Melhor Fotografia

Indicações:
Festival Internacional de San Sebastián, Espanha
Prêmio Concha de Ouro (Carlos Diegues)
Grande Prêmio Brasileiro de Cinema, Brasil
Prêmio de Melhor Direção (Carlos Diegues)
Prêmio de Melhor Ator (Murilo Benício)
Prêmio de Melhor Edição
Prêmio de Melhor Lançamento de Cinema (Carlos Diegues)
Sinopse e Ficha Técnica: 65 anos de Cinema

quarta-feira, 9 de março de 2011

"Orfeu negro", 1959

Ficha Técnica:
Título Original: Orfeu Negro
País (es): Brasil/ França/ Itália
Ano: 1959
Duração: 100 min
Direção: Marcel Camus
Produção: Sasha Gordine
Roteiro: Marcel Camus, Jacques Viot e Vinícius de Moraes (peça)
Trilha Sonora: Tom Jobim, Luís Bonfá, Vinícius de Moraes, Antônio Maria e Agostinho dos Santos
Elenco:
Breno Mello (Orfeu)
Marpessa Dawn (Eurídice)
Lourdes de Oliveira (Mira)
Léa Garcia (Serafina)
Ademar da Silva (Morte)
Alexandro Constantino (Hermes)
Waldemar de Souza (Chico)
Jorge dos Santos (Benedito)
Aurino Cassiano (Zeca)
Sinopse: Primeira versão cinematográfica da peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, Orfeu Negro transpõe o mito grego de Orfeu e Eurídice, uma trágica e bela história de amor, para os morros do Rio de Janeiro, durante o carnaval. Consagrado no mundo inteiro, tendo recebido muitos prêmios, o filme foi também um dos marcos fundadores da bossa nova, trazendo músicas clássicas do gênero assinadas por Tom Jobim, Vinícius, Luiz Bonfá e Antonio Maria, como "A Felicidade", "Manhã de Carnaval" e "O Nosso Amor".


Curiosidades:
Prêmios:
Festival de Cannes 1959 (França)

Recebeu a Palma de Ouro.
Oscar 1960 (EUA)

Vencedor na categoria de melhor filme em língua estrangeira (francês/diretor).
Globo de Ouro 1960 (EUA)

Venceu na categoria de melhor filme estrangeiro (França).
BAFTA 1961 (Reino Unido)

Indicado na categoria de melhor filme em língua estrangeira (Brasil, França e Itália/produção).

Meu comentário: Assisti ontem pela TV Brasil este interessante clássico do cinema nacional, claro com co-produção basicamente francesa, mais que italiana; Aliás a única obra premiada do cineasta francês Marcel Camus. Eu já li sobre esse filme, mas nunca tive a oportunidade de assisti-lo. Inclusive só assisti a segunda versão dele (Orfeu, 1999) com Tony Garrido como Orfeu e Patrícia França como Eurídice (até preciso rever este último, porque só assisti uma vez). Mas confesso que Orfeu Negro me chamou atenção em diversos aspectos: primeiro, os créditos em francês, direção francesa, atores brasileiros inexperientes, ambientado no Brasil (Rio de Janeiro) e de língua portuguesa. Das atuações: nenhuma é interessante, os atores parecem recém-saídos de um curso básico de teatro, daqueles que terminam o curso aos trancos e barrancos ainda tendo muito o que aprender pela frente. As falas não correspondem muito à realidade, tudo tem algo superficial e um morro carioca esteriotipado, assim como o seu próprio Carnaval. O que será que levou este filme a conquistar os prêmios que recebeu na época? Será a trilha sonora? Será o roteiro? Na verdade, até bem orientado. Fotografia? Ou por que é um filme de arte? Então como filme de arte cumpriu o seu papel: as crianças do filme em alguns momentos roubam a cena, inclusive a final, no renascimento do novo Orfeu. Mas a história de amor dos protagonistas não chega a comover, mas faz com o que o telespectador torça ainda mais por eles. E quem conhece a história mitológia sabe que eles só se unem na eternidade. Muito interessante essa versão para a "realidade" quando Orfeu vai buscar Eurídice no mundo dos mortos (na verdade na "freezer" do IML) e a conduz ao alto do morro, acaba recebendo uma pedrada da musa Mira e acaba despencando com o cadáver da amada em grande altura. Como dizia a canção dos poetas Vinícius e Jobim: "Tristeza não tem fim, felicidade sim".

terça-feira, 8 de março de 2011

Para sempre Carnaval



"Quem roubou meu samba?" (1959)



"Carnaval Atlântida" (1952)



"Aviso aos Navegantes" (1950)



"Entrei de Gaiato" (1959)



"Alô, alô Carnaval" (1936)



"Pobre Corazón" (1950)

segunda-feira, 7 de março de 2011

"Carnaval no Fogo", Brasil,1949

Ficha Técnica:
Título original: Carnaval no Fogo
País: Brasil
Ano: 1949

Duração: 97 min
Direção: Watson Macedo
Argumentoo: Anselmo Duarte

Roteiro: Watson Macedo e Alinor Azevedo
Distribuição: U.C.B. - União Cinematográfica Brasileira
Co-produção: Atlântida Cinematográfica
Música: Lírio Panicali
Sonografia: Sílvio Rabelo
Assistente de Som: Amaury Leenhardt
Fotografia: George (Jiri) Dusek
Câmera: Pedro Torre
Cenografia: José Cajado Filho
Assistente de cenografia: Nicolas Lounine
Montagem: Waldemar Noya, Watson Macedo e Anselmo Duarte

Coreografia: Juliana Yanakiewa


Elenco:
Anselmo Duarte (Ricardo)
Eliana Macedo (Marina)
Grande Otelo (Anselmo)
Oscarito (Serafim)
Modesto de Souza
Adelaide Chiozzo
Rocyr Silveira
Jece Valadão
Wilson Grey

José Lewgoy (Anjo)


Sinopse: Bandidos internacionais se hospedam em luxuoso hotel do Rio de Janeiro para realizar um grande golpe no assalto a turistas. Porém eles terão sérios problemas com os atrapalhados funcionários do hotel.


Curiosidades:
Durante as filmagens uma grande tragédia marcou a vida de Grande Otelo, sua mulher matou o filho do casal, de seis anos de idade, com veneno, e se suicidou em seguida. Abalado Otelo só assistiria o filme 30 anos mais tarde.

Antônio Moniz Vianna em sua crítica no Correio da Manhã descreveu o filme como “(…) a coisa mais idiota que o cinema nacional já produziu (…)”
O filme marcou a estréia de Jece Valadão, Wilson Grey e José Lewgoy no cinema brasileiro.
"Um filme que, pela sua montagem luxuosa, pela comicidade irresistível das suas situações, pelos seus trepidantes números musicais e pela sua alegria esfusiante, vai deixar o Rei Momo encabulado." - extraído do cartaz original do filme. "...Estava aberto o caminho para a chanchada. O ano de 1949 marca definitivamente a forma em que o gênero atingiria seu clímax e atravessaria toda a década de 50. Watson já demonstra em Carnaval no fogo um perfeito domínio dos signos da chanchada, misturando habilmente os tradicionais elementos do 'showbusiness' e do romance, com uma intriga policial envolvendo a clássica situação de troca de identidade, inclusive reunindo os principais elementos que definiriam a chanchada como gênero de comédia popular: ação, humor e números musicais..." - comentários de Eduardo Giffoni Flórido.

domingo, 6 de março de 2011

Zé do Caixão no Carnaval da Unidos da Tijuca 2011

Campeã do carnaval carioca de 2010, a escola Unidos da Tijuca tem como enredo de seu desfile desse ano “Esta noite levarei sua alma”, que vai abordar os medos do cinema, obra do carnavalesco Paulo Barros.
A escola vai desfilar na Marquês de Sapucaí no dia 7 de março, e será a quarta a entrar na avenida, entre 00h15 e 01h06.
Ao todo serão 31 alas na avenida, cada uma delas abordando de forma criativa e extremamente original o medo e diversas cenas de cinema relacionadas a ele.
Vão aparecer diversos personagens que nunca morreram no cinema, além da barca negra de Caronte apresentando o lado obscuro do medo.
O carnavalesco garante muita cor e alegria apesar do tema um pouco diferente, e também terá uma homenagem ao cineasta e ator José Mojica Marins, criador do personagem Zé do Caixão, que vai aparecer no último carro da escola. Uma forma de contar e reviver cenas de filmes de terror transformadas em piada pela escola.

Por Milena Evelyn
Fonte: Sobre Isso

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