Seguidores

Cinema Latino

domingo, 21 de novembro de 2010

Curtas brasileiros vencem prêmios em festival espanhol

Huelva (Espanha), 20 nov (EFE).- O filme brasileiro "Depois do Almoço", de Rodrigo Diaz Diaz, recebeu neste sábado o prêmio e a menção especial do júri do 36º Festival de Cinema Ibero-americano de Huelva na categoria de curtas-metragens.
PUBLICIDADE A obra, com 13 minutos de duração, relata um típico almoço de domingo entre famílias amigas, mas as novidades acontecem quando segredos picantes são revelados.
Por sua vez, o também curta brasileiro "Amigos Bizarros do Ricardinho", do diretor gaúcho Augusto Canani, venceu o prêmio paralelo concedido pelos alunos do Instituto Pablo Neruda de Huelva.
Com 21 minutos de duração, o filme narra histórias do jovem Ricardo Lilja, da cidade gaúcha de Viamão, estagiário de uma empresa de publicidade em Porto Alegre.
O prêmio principal do Festival, o Colón de Ouro, foi conquistado pelo filme venezuelano "Hermano", dirigido por Marcel Rasquin.
Já o longa brasileiro-argentino "A Velha dos Fundos", do cineasta Pablo José Meza, emplacou no prêmio de Melhor Atriz, para a intérprete argentina Adriana Aizemberg.

sábado, 20 de novembro de 2010

Uma análise mais que especial de "Tacones Lejanos" de Pedro Almodóvar

Olá!


O artigo em especial foi escrito por meu amigo blogueiro Renato Hemesath do Cine Freud

Sapatos e desejos em alta

Vamos falar de sapatos. Aqueles que acompanham o blog há algum tempo devem se lembrar que não é a primeira vez que este tema aparece por aqui. Em outro dia eu comentava que um sapato que não é somente um sapato, localizando este objeto num thriller muito querido por alguns. Hoje, o sapato reaparece. Pedro Almodóvar fez uso deste elemento junto a cores intensas para ilustrar uma relação ambivalente entre mãe e filha. Uma filha identificada com a mãe: foi a primeira percepção que tive. É a partir desta afirmação que será possível discutir sobre o lugar do feminino, conforme o diretor apresentou em “De salto alto” Tacones Lejanos - 1991 .




Enquanto aguardava o retorno de sua mãe em um aeroporto, Rebeca Victoria Abril relembrava alguns fatos de sua infância. Duas recordações merecem destaque: uma na qual sua mãe Becky del Páramo Marisa Paredes comprava-lhe brincos em uma feira, e outra na qual ela se encontrava trancada no banheiro, aprontando algo. Estes fatos eram de certo modo dolorosos porque localizavam o lugar de desvantagem de Rebeca diante da posição de sua mãe com as figuras masculinas. Rebeca era a “menina sem voz” que disputava a atenção de sua mãe com o lugar do masculino, o qual, desde muito cedo, foi apreendido com hostilidade.


Pois bem, voltemos à segunda lembrança: a criança que aprontava. Não tratava-se apenas da menina arteira, pois ao acompanhar a discussão de Becky com seu namorado, Rebeca resolveu facilitar as coisas para sua mãe, ela trocou comprimidos de uma embalagem à outra e possibilitou uma viagem sem fim ao padrasto. Aquele que impedia o desejo de sua mãe não mais atrapalharia suas vidas. Esse fato ainda era bastante nítido para Rebeca, mas até então, Becky nada sabia a respeito dele.




Mas quem era aquela mãe? Becky ilustrava o lugar da mulher desejante, daquela que é ativa em relação ao seu desejo. Ela buscava sucesso como atriz e cantora, e com passar dos anos o seu lugar se fez conhecido: ela tornou-se admirada por muitos, sendo referenciada enquanto alguém de valor. Este reencontro entre mãe e filha marcaria uma oportunidade para a construção de novos laços, mas ainda assim as marcas do passado e os conflitos mais primitivos impactariam esta estadia.


Ao retornar, Becky continuava a desejar o status que considerava merecedora. Conversando a respeito do período em que estiveram juntas, Rebeca lhe diz: “eu te odiava, mas até nesses momentos não deixava de te amar”. Esta ambivalência sustentava o amor pela mãe, a qual era tida como um referencial e também como um objeto ameaçador, pois apontava o lugar da mulher que era independente em relação ao que deseja.




Uma contradição se mostra neste momento, contudo, o psiquismo admite estas duas condutas opostas, pois no inconsciente não há oposição, ódio e amor coexistem. Isto nos ajuda a compreender que mesmo sentindo-se rejeitada pela mãe, Rebeca também era capaz de amá-la e tê-la como um referencial. Trata-se aqui de um jogo simbólico entre a ausência versus a presença materna, e da possibilidade de Rebeca se ver no discurso que nomeava o desejo da mãe. Um desejo que ia além da própria filha e que relacionava-se ao anseio pela fama e ao masculino. Podemos supor que ao elaborar a ausência paterna e a castração, Rebeca se viu desprovida do falo materno, ou seja, sem lugar no desejo da mãe, a qual tinha inúmeros interesses além do exercício da maternagem. Sendo assim, a ilusão de Rebeca em ser participante deste movimento desejante não se sustentou.




Isto nos remete à dinâmica do desejo da histérica que se vê na condição de militar pelo ter. Ao constatar sua condição de faltante, ela busca ativamente assegurar o seu lugar junto a algum objeto que seja capaz de dar conta da angústia. No caso de Rebecca, isso era bastante evidente na relação com seu esposo. Após o casamento, ela ainda mantinha-se identificada com a mãe, de maneira que as humilhações infantis eram postas em ato (revividas) com o esposo, que afirmava: “ela aproveita todas as situações para me humilhar”.




Afinal, de que sapato se tratava? De um salto alto chanel colocado nos pés de mulheres capazes de agir em relação a seu desejo. Daquelas que não admitem um lugar de não-fala e se posicionam como militantes na busca pelo o que desejam.


Abraços.


Renato Hemesath

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Maria Paula confessa que experimentou objetos de sex shop para novo filme

Maria Paula foi uma das famosas a marcar presença na pré-estreia de "Lope", novo filme de Andrucha Waddington, na noite da última quarta-feira, 17, em um cinema do Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro.
A integrante do humorístico "Casseta & Planeta" aproveitou para falar de sua participação no longa "De pernas para o ar", em que interpreta a dona de um sex shop. "Adorei fazer a personagem. Descobri coisas incríveis", revelou.
Sempre bem humorada ela aproveitou para dar uma dica para a mulherada. "Existe uma coisa chamada calcinha vibratória. Você veste e seu namorado mesmo longe comanda tudo", disse às gargalhadas. Perguntada se havia experimentado ela disfarçou: "Experimentei em cena", brincou.
Piadas à parte, Maria Paula também falou sobre seu visual, exibindo corte joãozinho. "Quando Maria Luiza usava cabelo chanel eu cortei o meu igual para ficar parecida com ela. Agora cortei assim para ficar parecida com o Felipe", comentou referindo-se aos filhos, fruto do casamento com o ex-marido, João Suplicy.
"De pernas para o ar" é protagonizado pela atriz Ingrid Guimarães e deve chegar aos cinemas no dia 31 de dezembro.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"Ó paí ó" A série

Ontem a Rede Globo exibiu o filme "Ó paí ó", que nada mais era do que os melhores momentos da série editados. "Ó paí ó - Do jeito que o diabo gosta" é muito divertido, o humor é o carro-chefe. Matheus Nachtergaele no papel de um malandro barra pesada e sempre dizendo aquele seu famoso jargão "certo?" é a atuação para aplaudir de pé. Lázaro Ramos como sempre adorável e canta bem o danado. Há cenas curiosíssimas como o inusitado casamento de Neuzão e Yolanda. Quando a Globo exibiu a série em 10 capítulos, claro, fazendo a adapatção do filme, realmente não resisti. Assisti a todos os capítulos, cada um melhor que o outro. Só senti falta quando acabou. Porque tudo ali era curioso e engraçado. Principalmente na cena dos cinquenta reais emprestado em que o dinheiro passava de mão em mão, fulano que devia fulano, que devia sicrano... Muito legal. Abaixo deixo um texto muito interessante que encontrei no site Minha Série.
Ficha técnica:
Ó Paí, Ó (série)
Formato:
Seriado
Género: Humor
Classificação etária: 14 anos (Brasil)
Duração: 35 minutos
Criador: Monique Gardenberg
País de origem: Brasil
Idioma original: Português
Roteiro: Guel Arraes e Jorge Furtado
Direção: Monique Gardenberg, Mauro Lima, Carolina Jabor e Olívia Guimarães.



Elenco:
Aline Neponuceno (Dandara)
Auristela (Sá Carmem)
Cássia Valle (Mãe Raimunda)
Edvana Carvalho (Lúcia)
Érico Brás (Reginaldo)
Felipe Fernandes (Damião)
Jorge Washington (Mattias)
Lázaro Ramos (Roque Bahia)
Leno Sacramento (Raimundinho)
Luciana Souza (Dona Joana)
Lyu Arison (Yolanda)
Matheus Nachtergaele (Queixão / Moisés)
Merry Batista (Dalva)
Rejane Maia (Baiana do Acarajé)
Tânia Tôko (Neuzão)
Valdinéia (Soriano Maria)
Vinícius Nascimento (Cosme)


Sinopse e comentário do site Minha Série:
Depois do sucesso nacional do filme de mesmo nome, a Globo lança a série Ó Paí, ó, que conta a história dos moradores de um cortiço animado do Pelourinho, o centro histórico de Salvador. A série tem seis episódios e cada um é independente do outro, preservando uma atmosfera própria, podendo ser mais trágico, melodramático ou cômico.
O enredo principal da série é centrado no par romântico Roque, que sonha em se tornar cantor, e Dandara, um dançarina sensual, interpretados respectivamente por Lázaro Ramos e a estreante Aline Nepomuceno. O antagonista de Roque é Queixão (interpretado por Matheus Nachtergaele), um homem racista que sobrevive com pequenos golpes.
A série ainda conta com a Dona Joana (Luciana Souza), uma evangélica fervorosa, que se proclama dona do cortiço e controla a vida de todos os moradores; Reginaldo (Érico Brás), um taxista que não se sai muito bem em suas malandragens, casado com Maria (Valdinéia Soriano); Yolanda (Lyu Arisson), um travesti ousado, que sempre diz o que pensa, e que é amante de Reginaldo.
Com muita música, dança e um elenco de grandes estrelas, Ó Pai, ó chega com a premissa de ser o retrato irreverente de uma Bahia pop, prometendo conquistar o público com seu ritmo e personagens e fazer tanto sucesso na televisão, quanto nos cinemas.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

"Sinhá Moça", Brasil, 1953

Ficha Técnica:
Título original: Sinhá Moça
País: Brasil
Ano: 1953
Produção: • P&B • 120 min
Direção: Tom Payne
Roteiro: Fabio Carpi, Guilherme de Almeida, Maria Camila Dezonne Pacheco Fernandes, Tom Payne, Oswaldo Sampaio e Carlos Vergueiro.
Sinhá Moça é um filme brasileiro de 1953, produzido pela Vera Cruz e dirigido por Tom Payne, baseado no romance homônimo de Maria Dezonne Pacheco Fernandes.


Elenco:
Eliane Lage - Sinhá Moça
Anselmo Duarte - Rodolfo Fontes
Ester Guimarães - Cândida Ferreira
José Policena - Coronel Lemos Ferreira
Ruth de Souza - Sabina
Eugênio Kusnet - Frei José
Marina Freire - Clara
Lima Neto - Dr. Fontes
Virgínia Ferreira - Vírginia
Henrique F. Costa - Justino
Labiby Madi - Dona Osória
Ricardo Campos - Benedito
Amélia Souza - Lucinda
João da Cunha - Fulgêncio
Domingos Terra - Camargo
Artur Herculano - Boticário
Abílio Pereira de Almeida - Promotor
Renato Consorte - Mestre Escola
Maurício Barroso - Oficial
Major Bradaschia - Comandante Ponte
Abílio F. Guimarães - Major Reformado
Danilo Oliveira - Chefe da Estação
Oswaldo Barros - Chefe do Correio
Valfredo A. Caldas - Aposentado
João Ribeiro Rosa - Juiz de Paz





Sinopse: Na pequena cidade de Araruna, no fim do século XIX, as contínuas fugas de escravos traziam os grandes senhores alarmados, em especial o coronel Ferreira (José Policena). É nessa ocasião que sua filha Sinhá Moça (Eliane Lage) regressa de São Paulo, dominada pelos ideais abolicionistas. Em sua viagem de volta, ela conhece Rodolfo Fontes (Anselmo Duarte), filho de um renomado médico de Araruna, abolicionista entusiasta. No primeiro instante os dois jovens sentem-se mutuamente atraídos, porém, logo ela descobre as tendências escravocratas de Rodolfo e trava-se em seu espírito a luta entre seu amor pelo jovem e suas convicções humanitárias. O responsável pela fuga de escravos é levado ao tribunal e, para surpresa de todos, o jovem Rodolfo, confesso escravocrata, serve-lhe de advogado de defesa. Os abolicionistas, entre eles Sinhá Moça, assistem ao julgamento com grande expectativa. É quando chega um mensageiro dando a notícia de que a escravidão acabara de ser abolida no Brasil.


terça-feira, 16 de novembro de 2010

"O Veneno da Madrugada", Brasil, 2006.

Ficha Técnica:
Direção: Ruy Guerra
Baseado em livro homônimo do Prêmio Nobel de Literatura Gabriel Garcia Marquez.
Produção: Joaquim Vaz de Carvalho e Bruno Stropiana
Roteiro: Ruy Guerra e Tairone Feitosa
Fotografia: Walter Carvalho
Direção de arte: Marcus Flaksman
Preparadora de elenco: Rosa Fernandes
Assistente de direção: Janaína Diniz
Distribuição internacional: United International Pictures Arca Difusa
(Produção)
Elenco:
Leonardo Medeiros, Juliana Carneiro, Fábio Sabag, Zózimo Bulbul, Jean Pierre Noher, Rejane Arruda, Luah Galvão, Nílton Bicudo, Danielle Barros, Maria João Bastos, Amir Haddad, Emílio de Melo, Murilo Grossi, Rui Resende, Antônio Melo, Fernando Alves Pinho, Luís Luque, Mário Paulucci, Chico Tenreiro, Rui Polonah, Tonico Pereira, Fabiano Costa.
Sinopse:
A trama se passa em um único dia, em uma cidade onde não pára de chover, ilhada por estradas intransponíveis, pela guerrilha e pelo ódio do prefeito, representado no filme pelo ator Leonardo Medeiros (Lavoura Arcaica). O elenco conta também com Fábio Sabag (A Ópera do Malandro), Tonico Pereira (Memórias do Cárcere) e com a atriz portuguesa Maria João.
Esta não é a primeira adaptação para o cinema de uma obra de García Márquez feita por Guerra. O diretor de origem moçambicana já levou para as telas A Bela Palomera (1988) e Erêndida (1983).

Veneno da Madrugada é baseado em livro homônimo de Gabriel Garcia Marquez (La Mala Hora, título da primeira edição).
É a terceira adaptação de Ruy Guerra para o cinema de um livro de Gabriel Garcia Marquez. O cenário ideal para o filme, Ruy encontrou na cidade de Goiás, antiga capital do Estado, que por sua conservação hoje é tombada pela Unesco e mantém as características das cidades dos séculos 17 e 18.
Outra locação foi na cidade de Aruanã-GO.
Se nepotismo no cinema fosse crime, a produção com certeza teria problemas: Ruy trouxe suas duas filhas, Janaina Diniz Guerra (filha de Leila Diniz) e Dandara Ohana Guerra (filha de Cláudia Ohana) para trabalharem como assistentes de direção e montagem, respectivamente. Carvalho também contou com seu filho Lula Carvalho como assistente.

Em um povoado perdido em algum lugar da América do Sul, a chuva constante e a lama fazem parte do cotidiano de seus habitantes, com suas vidinhas insípidas e sem perspectivas. As construções senhoriais decadentes revelam uma expectativa de progresso que não se realizou em um passado remoto.
Essa estagnação sofre um abalo quando bilhetes anônimos espalhados pela cidade denunciam traições amorosas e políticas, assassinatos, segredos de famílias envolvendo filhos bastardos e romances escusos.
Todos se sentem atingidos e ameaçados, dos cidadãos mais eminentes aos mais humildes. Todos parecem ter algo a esconder e a revelar. Qualquer habitante pode ter sido o autor dos bilhetes, ou a próxima vítima.
Depois de anos de dissimulação, é chegado o dia do acerto de contas.
Ao longo de 24 horas, paixões ocultas são reveladas, a violência eclode, a hipocrisia é desmascarada. Em confrontos políticos, familiares e amorosos, e vinganças longamente planejadas, a verdade é finalmente revelada. Mas a verdade pode ser aquilo em que se acredita.
Do rico universo imaginário de García Márquez, os personagens de O Veneno da Madrugada vivem situações limite na fronteira do amor e do ódio, da vida e da morte, do banal e do extraordinário, da verdade e de suas muitas possibilidades.

Fonte: Site de Cinema

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Musical inspirado em Almodóvar será apresentado na Capital

SCHEILA CANTO 14/11/2010

A trilha sonora dos filmes do cineasta Pedro Almodóvar serviram de inspiração para a montagem do espetáculo “Dolores”, da Cia Mimulus de Dança de Minas Gerais, que será apresentado em Campo Grande, no Teatro Prosa, Sesc Horto, nos dias 16 e 17.
O espetáculo musical tem como proposta embalar o público a sentir o complexo, dramático, sensual e irônico jeito de ser do cineasta. A direção artística de Dolores é de Jomar Mesquita e a criação é feita a partir da dança de salão e tem duração de uma hora.
Segundo Jomar, para ambientar o palco, que é transformado em uma tela de cinema, o cenário recebe tiras elásticas que compõem uma quarta parede dando a impressão de distanciamento do público.

Além da apresentação, a companhia promoverá nos dias 17 e 18 de novembro, Oficina de Dança de Salão, ministrada pelos bailarinos. A oficina será divida em duas turmas: dia 17/11/2010, das 08h às 12h. A outra no dia 18/11/2010, das 14h às 18h. O valor da inscrição é R$ 15,00 por casal e as vagas são limitadas. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3321-3181.

LinkWithin

Blog Widget by LinkWithin