O realizador e roteirista Juan José Bigas Luna, nasceu em Barcelona a 19 de março de 1946. Ele começou seus trabalhos criação dentro do mundo do vídeo-arte e do design, criando com Charles Grey Riart o Estúdio Gris em 1969. Em suas primeiras exposições, a princípios dos anos setenta, se evidencia já um interesse pela arte conceitual e as tecnologias emergentes da imagem. Fruto desse interesse com suas primeiras curta-metragens, que são o início de uma total dedicação ao cinema, quando roda seu primeiro longa-metragem, Tatuaje (1976). Mas sua vocação de cineasta heterodoxo e vanguardista não se manifesta até Bilbao (1977) e logo se confirma em Caniche (1978).
Muda-se para os Estados Unidos, onde passa a gravar Reborn (1981) e conhece a indústria do cinema norte-americano. De volta a Barcelona, dirige Lola (1985), é nesse trabalho que se antecipam uma de suas temáticas constantes nos seus filmes dos anos noventa. Depois de rodar Anguish (1986), vai para Tarragona para dedicar seu tempo à pintura. O produtor Andrés Vicente Gómez o convence a voltar ao cinema e o encarrega a direção de Las Edades de Lulú (1990), conseguindo levar o prêmio maior na época. Sem abandonar sua dedicação ao vídeo arte, a pintura e a fotografia, cujos reflexos estão em numerosas exposições, inicia a denominada Trilogia Ibérica, constituída por Jamón Jamón (1992), que ganha o Leão de Prata no Festival de Veneza; Huevos de Oro (1993), Premio do Jurado do festival internacional de San Sebastián; e La Teta y la Luna (1994). O reconhecimento do público e a crítica dos europeus lhe servirá para rodar Bámbola (1996) na Itália e La femme de chambre du Titanic na França contando em ambos os casos com elenco internacional.
Sua evolução a uma escritura clássica se confirma em seus últimos longas: Volavérunt (1999) e Son de Mar (2000). Com o curta Collar de Moscas (2001) recupera seu interesse pela experimentação de vanguarda e os pequenos formatos individuais, ao tempo em que descobre uma vocação didática de pesquisa em cinema digital através do projeto Oficina Bigas Luna que funda com Catalina Pons em 1999. A experiência da Oficina lhe permite mergulhar no mundo das novas tecnologias e decidem lançar em 2002 PLATFORM BL, dedicada a criação e realização de filmes de novo formato e ao desenvolvimento de projetos multimídia. Em 2003 é convidado pela Fundación Ciudad de las Artes Escénicas de Valencia para encerrar a II Bienal de Valencia com a performance de “Las Comedias Bárbaras”, montagem cênica-teatral em que o artista aporta seu universo pessoal e um olhar multidisciplinar à obra de Valle-Inclán, incorporando suas indagações nas artes plásticas, cinema e outras linguagens visuais.
Em janeiro de 2004 inaugura a exposição “Orígenes” na Galeria Senda de Barcelona, exposição formada por onze pinturas de grande formato em imagem digital e 12 vídeo criações. Com a FNAC a exposição se mostra em todos os foros de Clubes Cultura da Espanha. Apresenta em fevereiro de 2005 a vídeo instalação “Gaudir Nouvelle” realizada para o museu de Moritz. Em março o Festival de Mar del Plata na Argentina organiza uma retrospectiva. Esse mesmo ano expõe na Galeria Bitforms em Nova Iorque seu projeto Microcosmos. Em 2006 estreia “Yo soy la Juani” filme sobre as periferias urbanas, pioneira nas novas formas de narração, produção e distribuição, vinculada às novas tecnologias. Em 2008 realiza a mostra Ingestum, sobre a Origem; Com as instalações; A comida, a água, o sangue e o leite, para o IVAM de Valencia e esse mesmo ano expõe “Lonas y ossos” na Galeria La Cerverina, em Cervera, Lerida. Em 2009 inaugura a exposição “Ninots” em Marena Rooms Gallery em Turim. Além do plano artístico retoma como o diretor do mítico cabaret “El Plata” em Zaragoza criando um novo estilo de espetáculo “El cabaret Ibérico”. Como artista multidisciplinar segue desenvolvendo sua obra pictórica e suas montagens videográficas paralelamente a sua carreira cinematográfica. Atualmente prepara sua participação no pavilhão da Espanha em Xangai e na preparação de seu próximo projeto cinematográfico “Di Di Hollywood”.
Muda-se para os Estados Unidos, onde passa a gravar Reborn (1981) e conhece a indústria do cinema norte-americano. De volta a Barcelona, dirige Lola (1985), é nesse trabalho que se antecipam uma de suas temáticas constantes nos seus filmes dos anos noventa. Depois de rodar Anguish (1986), vai para Tarragona para dedicar seu tempo à pintura. O produtor Andrés Vicente Gómez o convence a voltar ao cinema e o encarrega a direção de Las Edades de Lulú (1990), conseguindo levar o prêmio maior na época. Sem abandonar sua dedicação ao vídeo arte, a pintura e a fotografia, cujos reflexos estão em numerosas exposições, inicia a denominada Trilogia Ibérica, constituída por Jamón Jamón (1992), que ganha o Leão de Prata no Festival de Veneza; Huevos de Oro (1993), Premio do Jurado do festival internacional de San Sebastián; e La Teta y la Luna (1994). O reconhecimento do público e a crítica dos europeus lhe servirá para rodar Bámbola (1996) na Itália e La femme de chambre du Titanic na França contando em ambos os casos com elenco internacional.
Sua evolução a uma escritura clássica se confirma em seus últimos longas: Volavérunt (1999) e Son de Mar (2000). Com o curta Collar de Moscas (2001) recupera seu interesse pela experimentação de vanguarda e os pequenos formatos individuais, ao tempo em que descobre uma vocação didática de pesquisa em cinema digital através do projeto Oficina Bigas Luna que funda com Catalina Pons em 1999. A experiência da Oficina lhe permite mergulhar no mundo das novas tecnologias e decidem lançar em 2002 PLATFORM BL, dedicada a criação e realização de filmes de novo formato e ao desenvolvimento de projetos multimídia. Em 2003 é convidado pela Fundación Ciudad de las Artes Escénicas de Valencia para encerrar a II Bienal de Valencia com a performance de “Las Comedias Bárbaras”, montagem cênica-teatral em que o artista aporta seu universo pessoal e um olhar multidisciplinar à obra de Valle-Inclán, incorporando suas indagações nas artes plásticas, cinema e outras linguagens visuais.
Em janeiro de 2004 inaugura a exposição “Orígenes” na Galeria Senda de Barcelona, exposição formada por onze pinturas de grande formato em imagem digital e 12 vídeo criações. Com a FNAC a exposição se mostra em todos os foros de Clubes Cultura da Espanha. Apresenta em fevereiro de 2005 a vídeo instalação “Gaudir Nouvelle” realizada para o museu de Moritz. Em março o Festival de Mar del Plata na Argentina organiza uma retrospectiva. Esse mesmo ano expõe na Galeria Bitforms em Nova Iorque seu projeto Microcosmos. Em 2006 estreia “Yo soy la Juani” filme sobre as periferias urbanas, pioneira nas novas formas de narração, produção e distribuição, vinculada às novas tecnologias. Em 2008 realiza a mostra Ingestum, sobre a Origem; Com as instalações; A comida, a água, o sangue e o leite, para o IVAM de Valencia e esse mesmo ano expõe “Lonas y ossos” na Galeria La Cerverina, em Cervera, Lerida. Em 2009 inaugura a exposição “Ninots” em Marena Rooms Gallery em Turim. Além do plano artístico retoma como o diretor do mítico cabaret “El Plata” em Zaragoza criando um novo estilo de espetáculo “El cabaret Ibérico”. Como artista multidisciplinar segue desenvolvendo sua obra pictórica e suas montagens videográficas paralelamente a sua carreira cinematográfica. Atualmente prepara sua participação no pavilhão da Espanha em Xangai e na preparação de seu próximo projeto cinematográfico “Di Di Hollywood”.
Traduzido do Site: Club Cultura
Parabens pelo espaço! gostei do estilo e o cinema pulsa aqui, te sigo.
ResponderExcluirOi, M.
ResponderExcluirGrato pela visita e expressivo comentário.
Te enviei o banner do Apimentário pra você inserir aqui, como pedido.
Você ainda não é seguidora, se quiser pode seguir.
ah, te linkei ao meu blog!
Magda, conheço o seu trabalho já faz um tempo pelo Vintage Blog, bem, acho que a mioria dos
ResponderExcluirJá havia falado sobre Bigas Luna, mas nem sabia direito qual era a sua função para com um filme, foi bom saber !
vou correr atrás de um filmes desses citados, quero muito ver Lola (se não me engano é com a direção de Kubric, não é ?)...Ótimo post !
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cinéfilos blogueiros sabe da existência do Sala Latina ! rs
Ótimo blog, e o melhor que vc não fala muito de filmes e sim de cinema mesmo, dá pra perceber que você ama e entende do que fala.
Estou te seguindo e linkando!
Abraços !
Cinema Público!
PS: Valeu mesmo, pelo comentário.
Oi Cristiano, adoro seu blog! Eu sigo seu blog sim! É que você tem muitos seguidores e talvez não tenha me visto por lá. Ah! Lembrei: Acho que eu te sigo através do blog que escrevo em parceria com a Carla Marinho, "O filmes que vejo", que aliás é um muito mai dela que meu. Eu só sou colaboradora. Obrigadíssima pelo selo! Viu? Eu já o colei por aqui! E você é uma pessoa muitíssimo inteligente que sabe fazer uma excelente apreciação crítica, com o melhor uso do seu idioma. Isso é para poucas pessoas, digo, raras.
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Alan Raspante, adorei seu blog! E também irei seguir. O filme "Lola" de Bigas Luna é com a atriz espanhola Angela Molina, também uma musa de Pedro Almodóvar. Não tão musa como a Carmen Maura, mas na época deste filme ela era ainda uma mulher apreciável. Esse filme é muito intressante. Este elemento das artes é uma constante nos filmes deste cineasta.