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Cinema Latino

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

BRAPEQ- Brazil Film Festival Terceira Edição


3º Festival Brapeq de Cinema Brasileiro na China lança website

Página destaca seleção deste ano, que privilegia filmes de ficção baseados em fatos importantes

da conformação da sociedade brasileira deste e do século passado.


O 3º Festival Brapeq de Cinema Brasileiro na China lançou nesta semana o seu novo endereço na internet:www.brazilfilmfestchina.com. A página, com versões em português, inglês e mandarim, traz as sinopses dos filmes, entrevistas com diretores, realizadores e detalhes da programação, que ocorre entre 15 e 20 de novembro em Pequim e entre 22 e 25 de novembro em Xangai.
A mostra deste ano apresenta a diversidade do país sul-americano ao apresentar sete longas metragens que contam histórias ficcionais ou reais deste e do século passado. Outros oito curtas ganham uma sessão especial na capital, num panorama com o melhor da produção para este gênero nos últimos anos.
Os cenários dos filmes são distintos, ora urbanos, ora embrenhados no interior. A mostra passeia pelo Rio de Janeiro dos anos 1930 e 1940 com Heleno, mesmas décadas em que são retratados o sertão de Minas Gerais em A Hora e a Vez de Augusto Matraga, a capital baiana, Salvador, de Capitães de Areia, e a região que daria origem à maior reserva indígena brasileira, Xingu, mesmo nome do filme. As tramas de Amanhã Nunca Mais e de Trabalhar Cansa (que só passa em Pequim) acontecem na São Paulo atual. O interior brasileiro entre 1960 e 1970, das pequenas cidades e da gente simples, é retratado em O Palhaço, concorrente brasileiro à indicação na categoria de Melhor Filme Estrangeiro para o Oscar de 2013, escolha que será anunciada em 10 de janeiro do ano que vem.
O festival é uma iniciativa do grupo Brasileiros na China (Brapeq), com curadoria da mestre em História do Cinema pela Universidade de Londres Anamaria Boschi e produção-executiva da mestre em China Contemporânea Fernanda Morena. A idealizadora do festival é Vanessa Mastrocessario Silva, também diretora da Brapeq.
A seleção de longas contempla comédia, suspense e drama. Dois autores fundamentais da literatura brasileira aparecem em obras adaptadas para a tela grande. A Hora e a Vez de Augusto Matraga é um conto do primeiro livro de João Guimarães Rosa, o Sagarana. É a segunda adaptação para o cinema.  A primeira é assinada por Roberto Santos, em 1965. Capitães de Areia é fundamentado no livro de Jorge Amado. Tem direção da neta do escritor, Cecília Amado, e marca as comemorações do centenário do autor – que, por sinal, tem duas obras traduzidas para o mandarim, Gabriela, Cravo e Canela e Dona Flor e Seus Dois Maridos.
Heleno traz a vida de Heleno de Freitas, ídolo do futebol brasileiro morto aos 39 anos, dos quais os últimos seis foram internado em um sanatório. Xingu conta a trajetória dos irmãos Villas Bôas, cuja saga culminou na criação do Parque Nacional do Xingu, em 1961, marco na defesa da população indígena no Brasil. Ambas resgatam traços da identidade nacional brasileira, e assisti-las é entender mais sobre história, sociedade e comportamento no país tropical e bonito por natureza.
O toque de humor fica com Amanhã Nunca Mais, cujo personagem central é um romântico apaixonado pela mulher e absolutamente incapaz de dizer não. Para qualquer um. Humor também existe em O Palhaço, mas o roteiro navega pelo universo interior, de perguntas tão íntimas e óbvias como “o que queremos da vida?”. Esse tom psicológico perpassa o cotidiano dos personagens de Trabalhar Cansa, filme que mistura dramas contemporâneos da classe média – como o desemprego – ao suspense.

INTERNET



Um comentário:

  1. Ola,este magnífico texto foi uma verdadeira aula cinematográfica para mim.Meu grande abraço.SU.

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