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Cinema Latino

terça-feira, 22 de maio de 2012

Aurora Bautista


Aurora Bautista Zúmel nasceu em Villanueva de los Infantes em Valladolid (Espanha) em 15 de outubro de 1925, seu pai foi preso no final da Guerra Civil, ainda jovem vai viver em Barcelona. Na famosa capital da Catalunha, faz seus estudos em artes dramáticas no Instituto de Teatro, onde Cayetano Luca de Tena a descobre e a contrata para a companhia do Teatro Espanhol de Madrid, onde faz a sua estreia em 1944 encenando Sonho de uma noite de verão de William Shakespeare.

 Enquanto trabalha em obras do repertório clássico, em 1948 Juan de Orduña  oferece o papel da rainha Juana no filme Locura de amor, junto a Fernando Rey, papel que catapulta sua carreira no cinema espanhol.

Seu contrato exclusivo com a produtora Cifesa volta a unir a Juan de Orduña em Pequeñeces e Agustina de Aragón (1950) e a Manuel Mur Oti e Carlos Lemos em Condenados (1953). Com De Orduña repete outro personagem de relevância histórica, Teresa de Jesús (1961).

Sua carreira cinematográfica sofre um breve declínio e a devolve ao teatro às ordens de José Tamayo ou Luis Escobar, quase sempre com textos clássicos (Antígona, Medea, Fuenteovejuna), salvo algumas exceções como Requiem por una mujer (1958) de William Faulkner, La gata sobre el tejado de zinc (1959) de Tennessee Williams ou Yerma (1960) de Federico García Lorca, em uma de suas primeiras representações durante o franquismo.



Muda para o México onde se casa em 1964. Depois conseguiu obter sucesso na tela grande novamente e as melhores críticas como protagonista de La tía Tula, filme de Miguel Picazo com intervenções de Carlos Estrada, Enriqueta Carballeira, Irene Gutiérrez Caba e José María Prada.



Depois dessa temporada, Aurora agora aparece como coadjuvante em El mirón, Extramuros, Divinas palabras, Amanece, que no es poco ou Tiovivo c.1950, continuando com sua atividade teatral nas montagens Oye, patria, mi aflicción (1978), de Fernando Arrabal; La señorita de Tacna (1982), de Mario Vargas Llosa; Tito Andrónico (1983), de William Shakespeare no Festival de Teatro Clássico de Mérida e Paso a paso (1986-1987) na versão de Nacho Artime. Também Cartas de mulheres, Morirás de otra cosa e Bodas de sangre, que estreia em Buenos Aires em 1995, entre outros.
Atriz romântica e declamatória, cheia de força e turbulência, se tornou a intérprete ideal para certos filmes de gênero histórico, tão atentos a comoção dramática e ao transbordamento das paixões.

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