Aurora Bautista Zúmel nasceu em Villanueva
de los Infantes em Valladolid (Espanha) em 15 de outubro de 1925, seu pai foi
preso no final da Guerra Civil, ainda jovem vai viver em Barcelona. Na famosa
capital da Catalunha, faz seus estudos em artes dramáticas no Instituto de
Teatro, onde Cayetano Luca de Tena a descobre e a contrata para a companhia do
Teatro Espanhol de Madrid, onde faz a sua estreia em 1944 encenando Sonho de
uma noite de verão de William Shakespeare.
Enquanto
trabalha em obras do repertório clássico, em 1948 Juan de Orduña oferece o papel da rainha Juana no filme
Locura de amor, junto a Fernando Rey, papel que catapulta sua carreira no
cinema espanhol.
Seu contrato exclusivo com a
produtora Cifesa volta a unir a Juan de Orduña em Pequeñeces e Agustina de
Aragón (1950) e a Manuel Mur Oti e Carlos Lemos em Condenados (1953). Com De
Orduña repete outro personagem de relevância histórica, Teresa de Jesús (1961).
Sua
carreira cinematográfica sofre um breve declínio e a devolve ao teatro às ordens
de José Tamayo ou Luis Escobar, quase sempre com textos clássicos (Antígona, Medea,
Fuenteovejuna), salvo algumas exceções como Requiem por una mujer (1958) de
William Faulkner, La gata sobre el tejado de zinc (1959) de Tennessee Williams
ou Yerma (1960) de Federico García Lorca, em uma de suas primeiras representações
durante o franquismo.
Muda para o México onde se casa
em 1964. Depois conseguiu obter sucesso na tela grande novamente e as melhores
críticas como protagonista de La tía Tula, filme de Miguel Picazo com intervenções
de Carlos Estrada, Enriqueta Carballeira, Irene Gutiérrez Caba e José María
Prada.
Depois dessa temporada, Aurora
agora aparece como coadjuvante em El mirón, Extramuros, Divinas palabras,
Amanece, que no es poco ou Tiovivo c.1950, continuando com sua atividade
teatral nas montagens Oye, patria, mi aflicción (1978), de Fernando Arrabal; La
señorita de Tacna (1982), de Mario Vargas Llosa; Tito Andrónico (1983), de
William Shakespeare no Festival de Teatro Clássico de Mérida e Paso a paso
(1986-1987) na versão de Nacho Artime. Também Cartas de mulheres, Morirás de
otra cosa e Bodas de sangre, que estreia em Buenos Aires em 1995, entre outros.
Atriz romântica e declamatória, cheia
de força e turbulência, se tornou a intérprete ideal para certos filmes de
gênero histórico, tão atentos a comoção dramática e ao transbordamento das paixões.
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