Por
onde anda Liberto Rabal?
Liberto Rabal. Alguém lembra dele?
Como não?! Ele é um dos responsáveis pela cena da união de corpos que ilustra o
filme “Carne Trêmula” de Pedro Almodóvar.
Francisco Liberto Rabal Cerezales
nasceu no dia 30 de maio de 1975 em Roma na Itália. Pertencente a terceira
geração de uma saga de artistas, o cinema e o teatro fizeram parte de sua vida
desde que nasceu. É filho do diretor e roteirista, Benito Rabal, sobrinho de
Teresa e neto dos atores, Francisco Rabal (que trabalhou com Almodóvar em
Atá-me) e Asunción Balaguer. É também neto da escritora Carmen Laforet e do
jornalista Manuel Cerezales. É casado com a atriz, roteirista e escritora,
Adriana Davidova.
Liberto Rabal tinha entre nove e
onze anos quando apareceu pela primeira vez nos filmes Los santos inocentes e
El Hermano bastardo de Dios, primeiro filme protagonizado pelo seu avô e
dirigido segunda vez pelo seu pai. Mas não foi até 1996 quando iniciou
verdadeiramente sua carreira dedicada à interpretação, realizando papéis
secundários em Más que amor, frenesí, de Alfonso Albacete e Miguel Bardem, Pon
un hombre en tu vida, de Eva Lesmes e El tiempo de la felicidad, de Manuel
Iborra.
Em 1997 protagoniza Tranvía a la Malvarrosa por José
Luis García Sánchez, sendo indicado ao Goya de Ator Revelação, é nesse período
que Almodóvar o escolhe para o papel principal de Carne Trémula, coincidindo
com Javier Bardem e Ángela Molina. Por esse trabalho obtém grande popularidade
e também críticas.
Depois participa de uma comédia
televisiva A las once en casa e, depois de protagonizar o longa "Todo
menos la Chica"
de Chus Delgado, junto a Álex Angulo e María Adánez, estreia na direção do
curta Las noches vacías (2001). No ano seguinte, encarna o poeta alicantino
Miguel Hernández em uma produção de dois capítulos para a TVE. Depois de várias
peças teatrais, junto a Asunción Balaguer em Queridos poetas - em memória de seu
avô- e com Don Juan Tenorio entre outras obras, em 2005 se dedica ao roteiro e
direção de seu primeiro filme, Síndrome, (selecionado para a competição no
conhecido e prestigiado Festival de Locarno), depois de ganhar uma menção
especial no Festival de Málaga (2001) pelo seu primeiro curta como diretor em Las
noches vacías, protagonizado e escrito, igual a Síndrome, por sua esposa e
musa, Adriana Davidova, que também é autora do roteiro de La inercia de los
cuerpos, seu segundo longa como diretor, uma comprometida reflexão sobre o
sistema sanitário e a relação médico-paciente cuja filmagem começou em Outubro
de 2006 com a primeira filmagem em 35 mm de um eclipse anual de sol na Espanha e
se prolonga, devido à necessidades de produção, durante os períodos de verão de
2007 e 2008.
Também em 2007 apresenta seu
segundo curta como diretor, Huellas, que ganha no marco do Festival de
Calasparra o prêmio A.E.T. 2007. Em 2008 apresenta o que é seu primeiro livro
sobre cinema, Soñar en acción, editado pela Fundação Autor. Também em 2008
prepara a estreia de um novo longa-metragem experimental como diretor rodado em
2007: "La esquina".
Em
agosto de 2001 falecia inesperadamente Francisco Rabal, que semanas mais tarde
iria receber o Prêmio Donostia no Festival de Cinema de San Sebastián. Foi
Liberto Rabal quem indicou o nome de seu avô, rendendo-lhe tributo em uma
homenagem emocionada que reuniu no palco do Kursaal Carlos Saura, Carmen
Sevilla, Julia Martínez, Terele Pávez, Ana Belén, Emma Suárez e María Barranco.
Protagonizou
também vários filmes na Itália (Mare Largo, con Claudio Amendola, Cefalonia, com
Sarah Miles e Daniele Liotti); Na França (Tangos Volés, de Eduardo de Gregorio,
com Juan Echanove e Sylvie Testud); Cuba (Las noches de Constantinopla, de
Orlando Rojas) e, somando a sua recente trajetória como diretor, retomou seu
trabalho como ator na obra prima do escritor Hernán Migoya, Soy un pelele,
junto a Roberto Boladeras, que estreou no Festival de Sitges em 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário