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Cinema Latino

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Curtas Universitários anuncia vencedores de sua terceira edição


Parceria entre Futura, Globo e ABTU premia  20 curtas-metragens propostos por estudantes do país todo

O Futura, em parceria com a Globo e a Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU), anunciou nesta segunda, 1º de junho, os vencedores da terceira edição do projeto Curtas Universitários. Foram selecionados 20 curtas-metragens de estudantes de cursos ligados à área audiovisual. A lista completa dos premiados está disponível no site do Futura: www.futura.org.br/saladenoticias e no site do Globo Universidade: www.globouniversidade.com.br.


“Com o projeto Curtas Universitários, estamos conseguindo fazer com que estudantes universitários tenham acesso ao mercado de trabalho. Tem muita gente boa fazendo cinema, pensando em fazer documentário, e esse projeto fomenta o mercado audiovisual no Brasil. Este ano, recebemos 102 inscrições, um recorde em relação às edições anteriores. Em março de 2016, abriremos novas inscrições. Faz todo sentido o Futura ter essa parceria com Globo  e a ABTU, que compartilham do mesmo interesse de estimular jovens na criação de projetos audiovisuais”, explica José Brito, coordenador de Jornalismo do Futura.

Os premiados, que estão em fase de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso, vão participar de uma oficina de formação para produção dos curtas e visitar a Central Globo de Produção, o Projac, para um ciclo de palestras com profissionais da emissora. Os vencedores também receberão um apoio de R$ 6 mil para realização dos filmes, que devem ser entregues até dezembro deste ano e ter registro na ANCINE – Agência Nacional do Cinema.

“Abrir as portas da Globo é uma forma de trocarmos experiências com esses jovens. Os estudantes têm oportunidade de experimentar e conhecer a cadeia profissional do setor audiovisual  e esta proximidade é, para nós, uma chance de conhecer a produção audiovisual das novas gerações”, afirma Viridiana Bertolini, gerente de Desenvolvimento Institucional da Globo.

 Durante a seleção, foram priorizados trabalhos de diferentes partes do país cuja narrativa tivesse relevância para o Brasil e para o mundo, em linguagem contemporânea. Os vídeos precisavam ter cunho documental e aproximadamente 13 minutos de duração, além de dialogar com o projeto de conclusão do curso universitário.

“Queremos acentuar que não são apenas 20 os beneficiados. Todo um setor – o de graduandos – se mobiliza e se qualifica para concorrer a esse apoio. E é por isso que temos propostas melhores, e em maior número a cada ano”, acrescentou Julio Wainer, diretor da ABTU.

Em 2016, o Futura exibirá os documentários na faixa Sala de Notícias. Os filmes também serão disponibilizados no site Globo Universidade (www.redeglobo.globo.com/globouniversidade)  e emwww.futura.org.br/saladenoticias

terça-feira, 9 de junho de 2015

Philos estreia em setembro documentário dirigido por João Barone


O Philos vai estrear em setembro o documentário “1942 – O Brasil e sua guerra quase desconhecida”, baseado no livro homônimo que João Barone lançou em 2013 e que conta a história da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Barone, que vai dirigir o projeto, esteve na Itália para gravar cenas em lugares onde os brasileiros lutaram. Dividido em quatro episódios, o programa – segunda produção da Globosat criada especialmente para o serviço de video on demand – terá também diversas imagens de arquivo e entrevistas com historiadores, formadores de opinião e brasileiros que participaram do conflito.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Projeto “Mariela vai à praia’ lança trailer do filme


Formado na Unisul e vencedor do Prêmio Catarinense de Cinema, Matheus Souza busca recursos para série de TV
O cineasta graduado na Unisul, Matheus Souza, está na fase final do filme que pretende lançar este ano. Vencedor do Prêmio Catarinense de Cinema, o projeto ‘Mariela vai à Praia’ surgiu ao longo do curso de Cinema na Pedra Branca. A cidade de Imbituba foi o cenário da produção e o cineasta busca agora financiamento para o restante da série. Matheus disponibilizou o trailer da série: www.youtube.com/watch?v=TcqI7u6NRtc
Os recursos usados para a gravação do piloto da série foram conquistados com a vitória do Prêmio Catarinense de Cinema. “Confesso que foi totalmente surpreendente. Eu de fato não esperava já que havia inscrito outros dois projetos. Acreditava que eles se encaixavam melhor na proposta do edital”, afirmou.
A equipe está na fase de finalização do episódio piloto que deve ficar pronto entre abril e maio. “Em seguida queremos fazer uma exibição na cidade de Imbituba, que serviu de cenário para a produção. No mais, vamos trabalhar na tentativa de financiar o restante da série”, disse.
O cineasta afirmou que o período de graduação foi importantíssimo. “O bacana de ter estudado na Unisul foi que o curso de fato é bastante abrangente e prático. O que é extremamente importante para que você se desenvolva enquanto profissional e trabalhe as áreas em que tem mais afinidade”, avaliou.
A série se chama ‘Mariela vai à praia’ e acompanha de forma leve e divertida a jornada da personagem título que, pela primeira vez em dois anos, está de volta à sua cidade natal, no litoral sul de Santa Catarina. Ali, ela precisa se reencontrar com as pessoas que um dia deixou para trás.

A série foi toda gravada na cidade de Imbituba, e contou com atores de Florianópolis, Imbituba, Laguna, Capivari e Tubarão. A protagonista, Maria Cecília Coelho, acabou de se formar em Publicidade e Propaganda na Unisul de Tubarão. “Temos um elenco bastante diverso e composto por profissionais da região sul do estado”, finalizou Matheus.





quinta-feira, 30 de abril de 2015

Globo divulga vencedores do Prêmio Curta Rio

Finalistas receberão R$ 40 mil para a produção dos curtas-metragens sobre os 450 anos da cidade. Filmes serão exibidos pela emissora no segundo semestre


O Prêmio Curta Rio, uma homenagem aos 450 anos da Cidade Maravilhosa, selecionou dez propostas cinematográficas para receberem o incentivo de R$ 40 mil para sua produção. Foram aceitos roteiros de ficção, documentário ou animação que têm como tema central a celebração do aniversário da cidade. Os filmes, inéditos e com duração de seis minutos, vão ser exibidos pela Globo – patrocinadora do projeto – no segundo semestre.

As produções selecionadas foram A Ilha é das crianças! (Zeca Ferreira), Bola para seu Danau (José Eduardo de Souza Lima), Canto do Rio em sol (Maria de Andrade e Laís de Azeredo Rodrigues), Cine Vaz Lobo (Luiz Claudio Motta Lima), Helga e Paulo (Pedro Asbeg), Lá do alto (Luciano de Jesus Conceição), O mirante do azul (Isabella Raposo e Thiago Brito), Rugas (Ludmila Curi Kestenberg), Sebastião (Evandro Manchini e Felipe O’Neill) e Um Rio que vem de longe (Anna Azevedo).

Outras informações estão disponíveis no site www.premiocurtario.com.br.

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Rio de Janeiro, 30 de abril de 2015
Mais informações www.redeglobo.com.br

terça-feira, 28 de abril de 2015

Projeto Curtas Universitários tem inscrições prorrogadas até 3 de maio


Parceria entre Futura, Globo e ABTU premiará 20 curtas-metragens, que serão anunciados em 1º de junho

Estudantes de cursos ligados à área audiovisual que perderam as inscrições para o projeto Curtas Universitários, ainda há tempo. O prazo será prorrogado até dia 3 de maio. O edital e o formulário de inscrição estão disponíveis em www.futura.org.br/saladenoticia. Em sua terceira edição, a iniciativa – parceria do Futura com a Globo e a Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU) – é aberta para alunos que estejam em fase de elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso.

Durante a seleção, serão priorizados trabalhos que contenham narrativas com relevância contemporânea para o Brasil e para o mundo, com aprofundamento de questões e boas práticas. Os vídeos precisam ter uma proposta de reportagem documental com, aproximadamente, 13 minutos de duração e dialogar com o projeto de conclusão do curso universitário.

Os 20 selecionados serão anunciados dia 1º de junho e participarão de uma oficina de formação para produção dos curtas, além de uma visita à Central Globo de Produção, o Projac, para a apresentação de um ciclo de palestras com profissionais envolvidos com a realização dos programas da emissora. Os vencedores também receberão um apoio de R$6 mil para realização dos filmes, que devem ser entregues até dezembro deste ano e ter registro na ANCINE – Agência Nacional do Cinema.

Em abril de 2016, o Futura exibirá os documentários na faixa Sala de Notícias. Os filmes também serão disponibilizados no site do Globo Universidade (www.redeglobo.globo.com/globouniversidade) e em www.futura.org.br/saladenoticias.




Dominique Isabelle Guerin

(21) 3232-8901 / 9 9451-1295 – Fundação Roberto Marinho
(11) 3846-5787

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Vem aí Cine PE 2015


Confira a programação completa do Cine PE


29 (quarta-feira) e 30 de abril (quinta-feira)

SEMINÁRIO SOBRE POLÍTICA CULTURAL E DIREITO AUTORAL

Horário: Manhã (9h) e Tarde (14h)

Local: Hotel 7 Colinas/Olinda

Acesso: Gratuito

2 de maio (sábado)

MOSTRAS DE FILMES DO CINE PE 2015

Hora: 19 h    Local: Cine São Luiz  Acesso: ingressos – R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia)

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

(MOSTRA PE)

-Encantada (PE),Ficção, Direção: Lia Leticia, 11’18”

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

(MOSTRA CURTA BRASIL)

-Fim de Semana (CE), Documentário, Direção: Pedro Diógenes e Ivo Lopes Araujo, 25’

MOSTRA ESPECIAL

(HORS CONCOURS)

-O Exótico Hotel Marigold 2 (ING), Ficção, Direção: John Madden, 122 ‘

INTERVALO

HOMENAGENS ESPECIAIS

-Ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e à obra de Ariano Suassuna

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS

-Mães do Pina (PE), Documentário, Direção: Léo Falcão,86’

3 de maio (domingo)

MOSTRAS DE FILMES DO CINE PE 2015

Hora: 19 h  Local: Cine São Luiz  Acesso: ingressos – R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia)

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

(MOSTRA PE)

-Xirê (PE),Ficção, Direção: Marcelo Pinheiro, 16’23

-Salu e o Cavalo Marinho (PE), Animação. Direção: Cecília da Fonte , 13’35”

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

(MOSTRA CURTA BRASIL)

-Alegria (RJ), Ficção, Direção: Hsu Chien Hchin, 15’

INTERVALO

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS

-O Vendedor de Passados (RJ),Ficção, Direção: Lula Buarque, 85’

4 de maio (segunda-feira)

MOSTRAS DE FILMES DO CINE PE 2015

Hora: 19 h    Local: Cine São Luiz    Acesso: ingressos – R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia)

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

(MOSTRA PE)

-O Gaivota (PE), Animação. Dir.: Raoni Assis, 7’

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

(MOSTRA CURTA BRASIL)

-Palace Hotel (MG), Documentário, Direção: Cao Guimarães, 5’

-Vestibular (SP), Ficção, Direção: Toti Loureiro e Ruy Prado, 22’

INTERVALO

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS

-Cavalo Dinheiro (Portugal), Ficção, Direção: Pedro Costa, 104’

5 de maio (terça-feira)

MOSTRA INFANTIL

Hora: 9h    Local: Cine São Luiz

Filme: “Amazônia”, Animação infantil, Direção: Thierry Ragobert, 83’
Acesso: alunos selecionados da rede pública de ensino

MOSTRAS DE FILMES DO CINE PE 2015

Hora: 19 h     Local: Cine São Luiz     Acesso: ingressos – R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia)

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

(MOSTRA PE)

-O Poeta Americano (PE), Documentário, Direção: Lírio Ferreira, 10’

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

(MOSTRA CURTA BRASIL)

-O Segredo da Família Urso (SC), Ficção, Direção: Cintia Domil Bittar, 20’

-Até a China (RJ), Animação, Direção: Marão, 15’

INTERVALO

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS

-Aqui Deste Lugar (SP), Documentário, Direção: Sérgio Machado e Fernando Coimbra, 87’’

6 de maio (quarta-feira)

MOSTRA INFANTIL

Hora: 9h     Local: Cine São Luiz  

Filme: “Minhocas”, Animação infantil, Direção: Arthur Nunes e Paolo Conti, 81’

Acesso: alunos selecionados da rede pública de ensino

MOSTRAS DE FILMES DO CINE PE 2015

Hora: 19 h    Local: Cine São Luiz  Acesso: ingressos – R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia)

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

(MOSTRA PE)

-Brócolis (PE), Direção: Valentina Homem, 13’

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

(MOSTRA CURTA BRASIL)

-Bajado (PE), Documentário, Direção: Marcelo Pinheiro, 19’30”’

MOSTRA COMPETITIVA DE  LONGAS-METRAGENS

-O Gigantesco Imã (PE), Documentário, Direção: Petrônio e Tiago Scorza, 72’

INTERVALO

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS

-Permanência (PE), Ficção, Direção: Leonardo Lacca, 84’

7 de maio (quinta-feira)

MOSTRAS DE FILMES DO CINE PE 2015

Hora: 19 h    Local: Cine São Luiz   Acesso: ingressos – R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia)

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

 (MOSTRA PE)

-História Natural (PE),Ficção, Direção: Julio Cavani, 12’

MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

(MOSTRA CURTA BRASIL)

-Como São Cruéis os Pássaros da Alvorada (MG), Ficção, Direção: João Toledo Nogueira de Souza, 22’

-Simulacro (RJ), Ficção, Direção: Miguel Moura, 9’15”’

INTERVALO

MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS

-O Amuleto (SC/SP), Ficção, Direção: Jefferson Dé, 85’’

8 de maio (sexta-feira)

SOLENIDADE DE ENCERRAMENTO

Hora: 20 h    Local: Cine São Luiz   Acesso: ingressos – R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia)

HOMENAGENS ARTÍSTICAS: HELENA IGNEZ E ALCEU VALENÇA

MOSTRA ESPECIAL ALCEU VALENÇA

-A Luneta do Tempo (RJ), Ficção, Direção: Alceu Valença, 100’

Fonte: Página do Cine PE 2015

sábado, 4 de abril de 2015

Manoel de Oliveira




Manoel de Oliveira (pronúncia em português europeu mɐnuˈɛɫ doliˈvɐjɾɐ) nasceu na freguesia de Cedofeita na cidade do Porto no seio de uma família da alta burguesia nortenha, com origens na pequena fidalguia. É filho de Francisco José de Oliveira (Mosteiro, Vieira do Minho, 1865 - ?), industrial e primeiro fabricante de lâmpadas em Portugal, e de sua mulher Cândida Ferreira Pinto (Santo Ildefonso, Porto, 13 de abril de 1875 - Porto, 2 de julho de 1947). Seus pais casaram-se na freguesia de Lordelo do Ouro, na cidade do Porto.
Ainda jovem foi para A Guarda, na Galiza, onde frequentou um colégio de jesuítas. Admite ter sido sempre mau aluno. Dedicou-se ao atletismo, tendo sido campeão nacional de salto à vara e atleta do Sport Club do Porto, um clube de elite. Ainda antes dos filmes veio o automobilismo e a vida boémia. Eram habituais as tertúlias no Café Diana, na Póvoa de Varzim, com os amigos José Régio, Agustina Bessa-Luís, Luís Amaro de Oliveira e outros. Cedo é mordido pelo bichinho do cinema.
Manoel de Oliveira morre na madrugada do dia 2 de Abril de 2015 às 11:30, vítima de paragem cardíaca. Era considerado o realizador mais velho em actividade. Era também, dos realizadores no ativo, o único que tinha assistido à passagem do cinema mudo ao sonoro e do preto e branco à cor. Manoel já sofria de doenças cardíaca, mas na madrugada de 2 de abril não resistiu e sofreu uma paragem cardíaca. Como Manuel citou "Para mim é pior o sofrimento do que a morte. Pois a morte, é o fim da macacada". Felizmente o realizador conseguiu concretizar o seu último desejo que era "Quero continuar a fazer filmes até à morte". Cabe agora ao parlamento decidir se o corpo vai ser transportado ou não até ao Panteão Nacional (local onde estão as figuras mais emblemáticas de Portugal).

Família
Oliveira casou com Maria Isabel Brandão de Meneses de Almeida Carvalhais (nascida em 1918), no Porto em 4 de dezembro de 1940. Do casamento resultaram quatro filhos: Manuel Casimiro Brandão Carvalhais de Oliveira (nascido em 1941), José Manuel Brandão Carvalhais de Oliveira (nascido em 1944), Isabel Maria Brandão Carvalhais de Oliveira (nascida em 1947), Adelaide Maria Brandão Carvalhais de Oliveira (nascida em 1948). Tem também vários netos e bisnetos. Um dos netos é o conhecido actor Ricardo Trêpa (filho de Adelaide).

Carreira
Aos vinte anos vai para a escola de actores fundada no Porto por Rino Lupo, o cineasta italiano ali radicado, um dos pioneiros do cinema português de ficção. Berlim: sinfonia de uma cidade, documentário vanguardista de Walther Ruttmann, influencia-o profundamente. Tem então a ideia de rodar uma curta-metragem sobre a faina no Rio Douro, o seu primeiro filme. Douro, Faina Fluvial (1931), estreado em Lisboa, suscita a admiração da crítica estrangeira e o desagrado da nacional. Seria o primeiro documentário de muitos que abordariam, de um ponto de vista etnográfico, o tema da vida marítima da costa de Portugal, tal como Nazaré, Praia de Pescadores (1929) de Leitão de Barros (meio ficção meio documentário), Almadraba Atuneira (1961) de António Campos) ou Avieiros (1976) de Ricardo Costa.
Mantendo o gosto pela representação, participa como actor no segundo filme sonoro português, A Canção de Lisboa (1933), de Cottinelli Telmo. Diria mais tarde não se identificar com aquele estilo de cinema popular. Em 1942 aventura-se na ficção com a adaptação ao cinema do conto Os Meninos Milionários, de João Rodrigues de Freitas e filma Aniki-Bobó (1942), retrato de infância no ambiente cru e pobre da Ribeira do Porto. O filme é um fracasso comercial mas, com o tempo, dará que falar. Oliveira decide, talvez por isso, abandonar outros projectos, envolvendo-se em negócios da família. Só voltará ao cinema catorze anos depois com O Pintor e a Cidade (1956), em que filma a cores. A fim de adquirir os conhecimentos necessários para tal experiência, faz uma curta formação nos estúdios da Agfa-Gevaert AG na Alemanha de Leste.
Em 1963 faz O Acto da Primavera (segunda docuficção portuguesa), filmando uma peça de teatro popular e iniciando nova fase do seu percurso. Com este filme, praticamente ao mesmo tempo que António Campos, envolve-se na prática da antropologia visual no cinema. Essa prática seria amplamente explorada por cineastas como João César Monteiro, na ficção, como António Reis, Ricardo Costa e Pedro Costa, no documentário. O Acto da Primavera e A Caça são obras marcantes na carreira de Manoel de Oliveira. O segundo filme, uma curta-metragem de ficção, é interrompido para conseguir fazer bem o primeiro, incursão no documentário, trabalhado com técnicas de encenação. Certo atrevimento vale-lhe a supressão de uma cena por parte da censura. Mais ainda: por causa de alguns diálogos inconvenientes fica dez dias nos calabouços da PIDE6 , onde conhece Urbano Tavares Rodrigues.
A obra cinematográfica de Manoel de Oliveira, até então interrompida por pausas e por projectos gorados, só a partir da O Passado e o Presente (1971) prosseguirá, sem quebras nem sobressaltos, por uns trinta anos, até para lá do final do século. A teatralidade imanente de O Acto da Primavera, contaminando esta sua segunda longa-metragem de ficção, afirmar-se-ia como estilo pessoal, como forma de expressão que Oliveira achou por bem explorar nos seus filmes seguintes, apoiado por reflexões teóricas de amigos e firmes convicções de conhecidos comentadores. A tetralogia dos amores frustrados seria por excelência o "campus" de toda essa longa experimentação. O palco seria o plateau, o espaço cénico onde o filme falado, em «indizíveis» tiradas, se tornaria a alma do espectáculo: o puro cinema submetido ao teatro, sua referência, sua origem, seu fundamento, tal como Oliveira o vê. Eram assim ditos os amores, ditos eram os seus motivos, e ditos ficaram os argumentos do invicto «Mestre» e de quem nisso viu toda a sua originalidade. Amores ditos e escritos, com muito palavreado, com muito peso: sem nenhuma emoção mas sempre com muito sentimento.
Em 1982 Manoel de Oliveira faz um documentário auto-biográfico de confissões e memórias. O cenário é a casa onde viveu desde 1940. O filme só será exibido depois da sua morte. Insiste em dizer que só faz filmes pelo gozo de os fazer, indiferente às críticas mais negativas. Levou entretanto uma vida retirada, longe das luzes da ribalta.
Os seus actores preferidos, com quem manteve uma colaboração regular, eram Luís Miguel Cintra, Leonor Silveira, Diogo Dória, Rogério Samora, Miguel Guilherme, Isabel Ruth e o seu neto, Ricardo Trêpa. Não lhe eram de modo algum indiferentes actores estrangeiros como Catherine Deneuve, Marcello Mastroianni, John Malkovich, Michel Piccoli, Irene Papas, Chiara Mastroianni, Lima Duarte ou Marisa Paredes.

Em 2008 completou cem anos de vida. Dotado de uma resistência e saúde física e mental notáveis, era frequentemente enaltecido, nas referências que lhe eram feitas, como «o mais velho realizador do mundo em actividade».

Deixou três projetos sem filmar: o longa-metragem A Igreja do Diabo que teria os atores Fernanda Montenegro e Lima Duarte no elenco, A Ronda da Noite, baseado em Agustina Bessa-Luís e um projeto sobre o papel das mulheres nas vindimas, que seria a sua próxima rodagem.

O teatro e o cinema[editar | editar código-fonte]
A obra de Manoel de Oliveira é marcada por duas tendências opostas presentes em toda a sua filmografia. Em todos os filmes que realizou antes de 1964, curtas e longas-metragens, incluindo Aniki-Bobó (1942) e A Caça (1964) predomina um estilo cinematográfico puro, sem diálogos ou monólogos palavrosos. O Acto da Primavera (1963) é o primeiro filme de Oliveira em que o teatro filmado se torna uma opção e um estilo. O Passado e o Presente (1972) será o segundo. Contradizendo-se na prática, é a propósito deste filme que ele se explica em teoria: enquanto arte cénica, o teatro é bem mais nobre e muitíssimo mais antigo que o cinema e é por isso que este se deve submeter à palavra.

A esta dualidade de Manoel de Oliveira não é estranha a sua educação religiosa. É católico por crença e convicção7 8 , mas de ortodoxo nada tem. A dúvida quanto ao corpo da fé, quanto a certos princípios da sua igreja, assola-o com frequência e isso tem reflexos profundos na sua obra. Essa dúvida é reproduzida no frequente filosofar de muitas das personagens dos seus filmes, em particular nos filmes mais falados, com incarnação de figuras do Evangelho e do ideário cristão, com inúmeras referências bíblicas.

Por muitos anos o teatro filmado, salvo raras excepções, será na obra de Manoel de Oliveira opção dominante, que se extrema com O Sapato de Cetim (1985). Na passagem da década de oitenta para noventa essa tendência atenua-se. Monólogos e diálogos são cantados em Os Canibais (1988)9 , o teatro converte-se em ópera, a palavra deixa de ser crua para ser cantada. Pouco depois, o teatro surge em doses equilibradas com o cinema em A Divina Comédia (1991). Gradualmente e a partir de então o estilo cinematográfico volta a predominar na cinematografia de Oliveira com filmes mais leves e de menor duração. É de admitir a hipótese de tal se dever, por força das circunstâncias, à necessidade de fazer filmes num formato que não afaste o público, talvez também pela nostalgia dos primeiros filmes que fez.

O seu nome consta da lista de colaboradores da revista de cinema Movimento 10 (1933-1934) e também se encontra colaboração artística da sua autoria na Mocidade Portuguesa Feminina: boletim mensal (1939-1947).

Fonte: Wikipédia

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