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Cinema Latino

segunda-feira, 20 de abril de 2009

"El rey de la montaña" (Espanha/ 2008)


“El Rey de la Montaña” não é um terror propriamente dito, mas um suspense com ares de ação. Em um lugar com uma estrada imensa e várias curvas, um homem estaciona em um posto de gasolina para abastecer o seu carro, resolve ligar para sua namorada e dizer para ela que irá resgatá-la, mas suas tentativas são em vão e ele não escuta a voz dela ao telefone. Este homem é Quim (Leonardo Sbaraglia), que após o telefonema, vê uma jovem muito bonita roubar coisas na lojinha do posto. A misteriosa garota decide ir ao banheiro e ele vai também, lá dentro ele dá a desculpa que o banheiro dos homens está quebrado e ela diz não se importar. Mas eles acabam fazendo amor no local, e logo ela se despede dele. Quim se dá conta do desaparecimento de sua carteira e do isqueiro e decide seguir o carro da moça. Em um breve descuido, acaba por não ver mais o carro dela e acaba se perdendo. Mais adiante na estrada o carro de Quim é atingido. Ao verificar o furo de um projétil, ele decide caminhar um pouco para ver o que está em sua volta, mas ao tentar aproximar-se de um vulto que vem ao seu encontro é recebido por um tiro que lhe atinge a perna de raspão. Desesperado, ele tenta mais uma vez contato pelo celular, ligando para sua namorada Sofía, mas seu celular está fora de área. Casualmente ele encontra a tal jovem do posto no caminho, ela se chama Bea (María Valverde), mas logo são interceptados por dois policiais que lhes exigem documentos do veículo. Quim acaba confessando aos policiais que atropelou um homem em determinado ponto da estrada. O que complica a vida do jovem casal, pois são detidos e levados dentro do carro da polícia. Realmente o corpo do homem é encontrado na estrada, e um policial irá verificar. Não demora muito e o policial mais velho é morto, pelo(s) atirador (es) misterioso(s) da montanha. O policial mais jovem também é baleado, e os dois prisioneiros vivem momentos de tensão dentro do carro da polícia ao imaginarem que esse alguém que conduz as armas esteja por perto. Quim está algemado, e Bea com muita coragem consegue pegar as chaves e o tira dali. Eles fogem para a floresta. O outro policial que estava apenas baleado segue o casal, mas logo se torna mais uma presa dos caçadores lutando pela sobrevivência. Atravessam correntezas de rios e rochas e pedras perigosas, e em uma dessas corridas o policial fratura a perna e é morto pelos tais tiros que vem de algum lugar. Quim e Bea lutam desesperadamente pela vida, até que Bea é atingida no ombro, e ambos acabam caindo em um buraco. Quim consegue sair do lugar, e Bea não. Bea implora pela ajuda de Quim que está fora do buraco e este lhe diz que vai buscar algo para tirá-la de lá, mas ao invés disso corre como louco mata afora, quando se dá conta que deixou a companheira em perigo e a mercê dos franco atiradores, já é tarde. Ela é morta impiedosamente por dois meninos. Sim, são eles os tais “franco-atiradores”. Frios e arrogantes eles atiram na moça como se ela fosse uma caça e ainda fotografam o seu cadáver. E seguem pela montanha atrás dos seus alvos, e em um desses desertos lugares, eles (os meninos) abrem uma espécie de mapa para contabilizar os animais e pessoas que mataram pelo caminho e fazer um somatório de pontos do “jogo”.

Quim (Leonardo Sbaraglia) é o alvo de franco atiradores

Quim é o único sobrevivente da caçada cruel. O que produz choque neste filme, é que: as pessoas que estão atirando sejam apenas duas crianças. Crianças que estão “praticando tiro ao alvo” ou simplesmente colocando em prática o que fazem nos violentos jogos de videogame: matando um por um que aparecer pelo caminho para obter tais pontos e ser o ganhador do jogo. Realmente está dentro do filme uma crítica ao mundo dos jogos de computador, dos videogames e coisas do gênero. Não que todos os aficionados queiram levar à vida real, mas há o perigo de contribuição a uma sociedade violenta. As crianças da história matam sem arrependimento, sem uma noção real da dor, do desespero de quem está ali sendo caçado, sem culpa e por uma diversão macabra levada à vida real como se fosse um jogo virtual. E será apenas isso? Elas teriam uma mente doentia, psicopata? Há uma discussão profunda envolvendo o tema, talvez o mundo dos videogames seja um atalho para o afloramento de um mal que já está ali contido.
“El Rey de la Montaña” tem como diretor Gonzalo López-Gallego, que também escreveu o roteiro, que foi muito bem elogiado pelos críticos de cinema. Recebeu em Los Angeles diversos prêmios no Screamfest, Melhor Ator Leonardo Sbaraglia, Melhor Atriz María Valverde e Melhor Fotografia José David Montero.
O diretor quis mostrar não apenas uma história de perseguição, mas a real emoção de perigo das personagens que mal tiveram tempo de pensar em romance. Em cena: María Valverde (Bea) e Leonardo Sbaraglia (Quim).


Equipe de filmagens e atores

Ficha Técnica:
Título: El Rey de la Montaña
Ano: Espanha/ 2008.
Duração: 90 minutos.
Diretor: Gonzalo López-Gallego
Roteiro: Gonzalo López-Gallego, Javier Gullón
Música: David Crespo
Fotografia: José David Montero
Produtora: Decontrabando

Elenco:
Leonardo Sbaraglia
María Valverde
Pablo Menasanch
Francisco Olmo
Manuel Sánchez Ramos

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