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Cinema Latino

quinta-feira, 30 de junho de 2011

"Lope", Espanha, 2010


Sinopse : Cinebiografia do dramaturgo e poeta espanhol Félix Lope de Vega, o filme mostra a fase jovem do artista. Lope (Alberto Ammann) é um poeta ambicioso e um eterno apaixonado. Vivendo mais o presente do que pensando no futuro, ele se entrega ao amor de duas mulheres e desafia regras que podem transformá-lo de herói a vilão, trazendo a desgraça ou a glória.

Ficha Técnica:

Título original: Lope
País(es): Espanha, Brasil
Ano: 2010  
Produção e Direção: Andrucha Waddington
Roteiro: Jordi Gasull e Ignacio del Moral
Gênero: Drama
Estúdio: Ikiru Films, Conspiração Filmes, Antena 3 Films, El Toro Pictures
Distribuição: Antena 3 Films
Orçamento: R$ 35,6 milhões[1]

Elenco:

Alberto Ammann como Lope de Vega
Leonor Watling como Isabel de Urbina
Pilar López de Ayala como Elena Osorio
Antonio de la Torre como Juan de Vega
Juan Diego como Jerónimo Velázquez
Luis Tosar como Frai BernardoRamón Pujol como Claudio
Selton Mello como Marqués de Navas
Sonia Braga como Paquita
Jordi Dauder como Porres
Miguel Angel Muñoz como Tomás de Perrenot
Antonio Dechent como Salcedo
Carla Nieto como María de Vega

Meu comentário: O filme parece trazer todo o realismo de parte da vida de Lope, a caracterização do ator argentino Alberto Amman que vive a personagem título, chama bastante atenção: os cabelos eternamente despenteados, o pouco zelo com a higiene corporal e o acento espanhol pra lá de Espanha. Sônia Braga foi um brinde neste filme, ela pouco aparece, mas faz uma atuação de peso, ela é mãe de Lope. Selton Mello vive um nobre que se aproveita dos versos de Lope para tentar conquistar o coração da donzela Isabel de Urbina vivido pela reluzente Leonor Watling. O poeta e dramaturgo espanhol sai no lucro: duas mulheres o amam profundamente e por causa delas o final da película é surpreendente. Para quem tem interesse em conhecer vida e obra de Lope de Vega há mais informações que o filme não revela, ele era casado, tinha filhos, foi sacerdote e claro, se envolveu em escandalosos casos amorosos. Suas obras poéticas e teatrais impressionam, por causa disto se tornou conhecido por seus contemporâneos, entre eles, Miguel de Cervantes, como "Monstro da Natureza".

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Aldine Müller em atual entrevista

 Mês passado o site Ego da Globo.com publicou no dia 22 uma entrevista com a atriz Aldine Müller, ela que foi uma das grandes musas da Pornochanchada e atualmente tem sua propia companhia de Teatro, Aldine dá depoimentos francos sobre sua carreira.

Por onde anda Aldine Müller, uma das musas da pornochanchada?

'Digeri todos os sapos que engoli, não me arrependo de nada nem tenho vergonha do que fiz', diz a atriz, que hoje tem sua companhia de teatro.

Quando foi convidada para seu primeiro papel de destaque no cinema, Aldine Müller, então com 24 anos, achou que ia encontrar o glamour de Hollywood. Figurante da TV Tupi, recém-chegada do Sul, Aldine levou um choque ao se deparar com a Boca do Lixo paulistana, onde atrizes e prostitutas se confundiam nas ruas. Mas decidiu seguir em frente e se entregou de corpo – belo corpo, aliás – e alma ao cinema, em especial às pornochanchadas, não à toa transformando-se em uma das musas do gênero.

O filme era “Clube dos Infiéis” (1974), também o primeiro da carreira de Cláudio Cunha. Logo ela ficou sabendo que haveria nudez. “Tinha uma cena de sexo na estrada, e Cláudio disse que eu iria precisar tirar a roupa. Não pensei duas vezes e fui tirando, aí ele disse: calma, é só na hora da cena’”, lembra Aldine, que nunca teve problemas em mostrar o corpo. “Fiquei conhecida como a atriz que tirava a roupa e não chorava (risos). Queria mais era pegar meu dinheiro e ir embora.” Na época, Aldine tinha um namorado e não contou para ele que o filme era, digamos, picante. “Ele só descobriu dentro do cinema, no dia da estreia, e ficou passado. O namoro acabou ali. Minha carreira sempre foi mais importante. Já quiseram me levar para
  
O que mais abalou Aldine em seu início de carreira foi mesmo a reação da família. “Sou filha de italianos, com mãe beata. Meu pai ficou um tempão sem falar comigo”, diz a atriz, que casou e engravidou aos 16 anos para poder sair de casa. “Eu tinha um projeto de ser atriz desde menina”. O plano deu errado. Aldine perdeu a guarda do filho, César, quando decidiu tentar a vida em São Paulo. “Dos nove meses aos sete anos ele ficou com a família do pai. Só me devolveram a criança quando meu marido morreu”, lembra a atriz, que mais tarde sofreu com o envolvimento do filho com drogas na juventude, problema há muito superado. Hoje, César está com 40 anos, é publicitário e tem três filhos, xodós de Aldine. A relação com o pai também se acertou. “Ficamos grandes amigos, e passei as últimas três horas de vida dele ao seu lado. Ajudei-o a descansar”, diz, emocionada. 
        “Comecei a me sentir um pedaço de carne no açougue. Os homens me comiam com os olhos"
O sucesso como musa da pornochanchada – são mais de 20 filmes no currículo – foi uma faca de dois gumes para a atriz que “tirava a roupa e não chorava”. Se por um lado, levantou a bandeira da liberação da mulher – “Longe de me considerar uma Leila Diniz, mas sei que quebrei barreiras”-, por outro colocou-a na posição de mulher-objeto. “Comecei a me sentir um pedaço de carne no açougue. Os homens me comiam com os olhos, então passei a me vestir como freira. Se alguém vinha falar comigo, eu dizia que não era a Aldine.”

Em crise, Aldine começou a fazer terapia e deu um tempo nos filmes “pornô água com açúcar”, como ela mesma chama. Dedicou-se ao teatro e à TV, tendo feito novelas como “Sassaricando”, “O Salvador da Pátria”, “Rainha da Sucata” e o remake de “Escrava Isaura”, e humorísticos como "Escolinha do Professor Raimundo".

Atualmente, com 57 anos e 32 de carreira, Aldine diz não ter saudade da juventude. “Tenho o mesmo peso que tinha aos 20 e nenhuma celulite”, orgulha-se a atriz, que faz academia, ioga, alongamento e é contra tratamentos de beleza que alteram a fisionomia, como botox e plástica. “Gosto de me olhar no espelho e me reconhecer. As mulheres estão se deformando, o legal é fazer algo que não dê bandeira”, conta Aldine, casada há dez anos com o publicitário Rogério Kihara. “Mas vivemos em casas separadas. Nem a empregada é a mesma, não dá certo.” A carreira também vai muito bem: Aldine está em cartaz com a peça "Virgem de 40 anos.com", em São Paulo. No Rio de Janeiro, os fãs podem matar as saudades dela e de outras musas com a mostra "20X Pornochanchada", na Caixa Cultural, que termina neste domingo, 22 de maio, com exibição de filmes da época e exposição de cartazes. A vantagem da maturidade, para Aldine, é não engolir mais sapos, como acontecia antigamente. “Tenho minha própria companhia de teatro. Faço os personagens que quero. Digeri todos os sapos que engoli, não me arrependo de nada nem tenho vergonha do que fiz.” 

Fonte: Ego Globo

terça-feira, 28 de junho de 2011

"Cuesta abajo", Argentina, 1934

Ficha técnica:
Título original: Cuesta Abajo
Ano: 1934
Duração: 70min
Nacionalidade: Argentina/Estados Unidos
Gênero: Musical/Romance
Direção: Louis J. Gasnier       
Roteiro: Alfredo Le Pera
Música: Alberto Castellanos e Carlos Gardel
Produção: Samuel E. Piza e Carlos Gardel
Fotografia: George Webber        
A atriz Mona Maris e Carlos Gardel em cena de tango em Paris
Elenco:
Anita Campillo (Rosa)
Carlos Gardel (Carlos Acosta)
Carlos Spaventa (Corrales)
Guillermo Arcos (Don Pedro)
Jaime Devesa (Bastida)
Manuel Peluffo (Gutierrez)
Mona Maris (Raquel)
Suzanne Dulier (Aida)
Vicente Padula (Jorge Linares)

Sinopse: O estudante de direito, Carlos Acosta (Carlos Gardel) se desvia de seu verdadeiro amor por causa de Raquel (Mona Maris), uma "femme fatale", com quem foge para Paris, e logo para Nova Iorque, trabalhando como bailarino de tango. Seu amigo Jorge (Vicente Padula), tenta impedi-lo de fazer uma burrada, aparecendo casualmente em Nova Iorque como capitão de um navio. Num café, da Big Apple, em uma cena dramática, Carlos cai na real e decide retornar para Buenos Aires com Jorge para lá encontrar o seu amor verdadeiro.

amantes da boemia
Meu comentario: Este é o filme com Carlos Gardel com mais elementos da cultura do tango. No fim ele nos brinda com Mi  Buenos Aires Querido. A trilha sonora é mais ampla que nos outros filmes. Gardel faz o papel de um estudante boêmio que não leva nada à sério, irresponsável prefere arriscar-se a uma vida de farras e noites sem fim em cabarés e bares ao lado da mulher que pensa amar. Arrisca suas poucas economias em uma vida notívaga na Europa, até que se arrepende e decide voltar para a terra natal e para os braços de quem ama verdadeiramente. O cantor está mais vistoso que nas outras produções, as atrizes também são boas, principalmente Mona Maris que traz uma elegância e um ar ousado à trama.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

"Las luces de Buenos Aires", Argentina, 1931


Ficha Técnica:
Título Original: Las luces de Buenos Aires
Ano: 1931
País(es): Argentina/França
Direção: Adelqui Migliar
Roteiro: Luis Bayón Herrera e Manuel Romero
Música: Carlos Gardel
Fotografia: Theodore J. Pahle
Duração: 85 minutos


Elvira (Sofía Bozán) equivocando-se com a fama, sob o olhar do namorado Anselmo (Gardel)
Elenco:
Carlos Gardel (Anselmo)
Sofia Bozán (Elvira)
Gloria Guzmán (Rosita)
Pedro Qaurtucci
Guillemo Desiderio Barbieri
Antoñita Colomé
Elena Bozán
María Ester Gamas
Anselmo busca informações sobre que tipo de festa está acontecendo na mansão

A cena em que Anselmo flagra Elvira na orgia completamente bêbada
Sinopse: Don Anselmo (Carlos Gardel), um fazendeiro muito querido pelas pessoas, sofre muito quando sua noiva Elvira (Sofia Bozán) o abandona e decide ir para a capital. Ela vai atrás de uma oferta feita por um famoso produtor teatral, que lhe promete conseguir um contrato e fama, como cantora em Buenos Aires. As luzes da grande cidade e o sucesso começam a ofuscá-la, arrastando-a para as más companhias e para um destino incerto. Será que Anselmo conseguirá salvá-la, retornar com seu amor para a fazenda no interior e recuperar a felicidade perdida? 
Foto de bastidores: Elenco de Las luces de Buenos Aires


Meu comentário: Para assistir filmes assim só tendo uma paixão por cinema e principalmente por este grande artista que foi Carlos Gardel. Há uma série de DVDs à venda de filmes dele é a Colección Carlos Gardel. Por sinal muito interessante. Uma pena que não fizeram um total restauro das imagens e a qualidade  segue um tanto comprometida. Porém a história é muito boa. Carlos Gardel fazia muito bem a figura do machão à moda de Buenos Aires. Só que neste filme ele não é um homem da capital, e sim um gaúcho. Um homem simples, de posses, mas que só quer estar em sua terra e com sua gente. Tudo começa quando o carro de um produtor teatral atola em frente a uma propriedade rural, a de D. Anselmo (Gardel), os colonos oferecem ajuda, mas o produtor teatral descobre o talento de Elvira (Sofia Bozán) e a convida para cantar em Buenos Aires. Em companhia da moça irá a sua irmã, a espevitada e divertida Rosita (Gloria Guzmán). Em alguns momentos do filme é Gloria Guzman (Rosita) que rouba a cena, Gardel aparece mais no início e um pouco mais da metade para o fim do filme. Mas as mocinhas do interior são ludibriadas pelo milhonário empresário dono do teatro que quer apenas explorar o talento delas e usá-las.

Curiosidade: Este foi o primeiro filme que Carlos Gardel fez para a Paramont. Foi gravado nos Estúdios Joinville (França).


domingo, 26 de junho de 2011

Fernanda Montenegro grava cenas de curta em que interpreta prostituta

Foto: AgNews
Fernanda Montenegro, 81 anos, gravou cenas do curta-metragem "A Dama do Estácio", na madrugada desta quarta-feira, dia 22, no Rio de Janeiro. No filme, a primeira dama do teatro interpreta uma prostituta.
Para a gravação, Fernanda utilizava cabelos soltos e uma chamativa blusinha estampada com padrões de onça.
De acordo com o site "Ego", a atriz fez as cenas em bares do boêmio bairro carioca da Lapa. Para se locomover de uma casa para outra, ela utilizou um carro da produção e ficava no veículo até a hora de entrar em cena.
O curta é uma revisita aos personagens do filme "A Falecida", de 1965. Além de Fernanda Montenegro, estão no elenco Nelson Xavier e Joel Barcellos.

sábado, 25 de junho de 2011

Chus Gutiérrez em Recife



A cineasta espanhola Chus Gutiérrez estará em Recife para participar do famoso colóquio sobre cinema espanhol promovido pelo Instituto Cervantes de Recife, Assim se grava cinema na Espanha, que terá lugar mais uma vez no Cinema da Fundação. O encontro será n dia 27 de junho. Antes haverá a exibição do filme Retorno a Hansala em seguida odebate com Chus.

Serviço:
Instituto Cervantes de Recife
Cinema da Fundação
Rua Henrique Dias, 609
Bairro do Derby - Recife - PE

sexta-feira, 24 de junho de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Helena Ramos


Helena Ramos em 1980

"O clube das infiéis"


"Corpo e alma de mulher" (1983)

 Benedita Helena Ramos nasceu no dia 10 de março de 1953 em Cerqueira César (São Paulo). Com sete anos muda-se com a família para São Paulo. Adolescente, participa, junto com a mãe, do Programa Silvio Santos, ainda na Tv Globo e é convidada pelo próprio animador para trabalhar como ajudante de palco.
Foi uma das maiores musas das pornochanchadas, comédias eróticas que reinaram no cinema nacional nos anos 70, e que lotavam as salas de cinema e desagradavam a crítica. A atriz tem a marca fabulosa de 39 filmes em apenas 10 anos de carreira, sendo que foi dirigida pelos maiores expoentes do gênero: Jean Garret, Ody Fraga, Fauzi Mansur e David Cardoso. Afora as pornochanchadas, foi dirigida também por Carlos Coimbra e Walter Hugo Khouri.`As Cangaceiras Eróticas` foi o filme de estréia de Helena Ramos, em 1974, e, no mesmo ano, participou de mais três trabalhos. Até 1984 - data até agora de seu último filme, `Volúpia de Mulher` - a atriz construiu uma carreira ininterrupta, chegando a filmar uma média de cinco títulos por ano.
O curioso, é que ela era muito tímida, pois foi educada em colégio de freiras, e por isso teve dificuldade com a nudez em seus primeiros filmes.

Uma das particularidades de Helena Ramos, e que a destacou no gênero pornochanchada, era o contraste entre o rosto ingênuo e a voz de criança com o corpo escultural e o apelo sexual amplamente utilizado nos filmes. Seus maiores momentos foram os filmes `Mulher Mulher`, `Iracema, a Virgem dos Lábios de Mel`, `A Mulher Sensual` e sobretudo, `Mulher Objeto`.

Na TV, participou das novelas "Guerra dos Sexos" (1983), Meus filhos, minha vida (1984) e O Amor Está no Ar (1997)

Casou-se com o Eduardo Gomes de Azevedo e com ele teve uma filha. Mudou-se com a filha para os Estados Unidos e lá estudou artes plásticas e fotografia. Em 1997, retornou ao Brasil e retomou a carreira participando da novela "O Amor está no Ar".

Em 2002, fez seu primeiro trabalho como assistente de direção no curta-metragem "A Caravela", de Rodolfo Ancona Lopes.

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