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Cinema Latino

sábado, 27 de agosto de 2011

Os melhores momentos da Produção de Faroeste Caboclo segundo o diretor do filme

Por René Sampaio

Escolher melhores momentos de algo que foi muito bom é uma tarefa cruel. Seja de uma viagem, de um livro, de uma relação, de uma vida, de um filme. E a missão fica ainda mais difícil quando se é o diretor do filme. Algo como pedir a um pai para escolher seu filho preferido. Pois foi esse abacaxi que pedimos para René Sampaio descascar.
O diretor aceitou o desafio, não sem antes frisar que todo o trabalho (que ainda não acabou) foi especial. O clima de amizade e descontração entre a equipe foi uma característica marcante de todo o processo de filmagem, sem abrir mão do profissionalismo: ”Não precisa ser chato pra ser sério. Trabalhamos muito, rimos muito, choramos muito, foi tudo muito intenso”, conta. “Quando chegavam o copião e os frames do laboratório era a coroação dessa felicidade”, relembra o diretor.
Confira alguns desses momentos inesquecíveis:
1# “No primeiro dia de filmagem fizemos a cena da chegada do João nas luzes de natal. Era um momento muito esperado pela equipe toda, pelos produtores, atores e por mim. Na hora da filmagem caiu um tremendo pé d água. Quebrar essa tensão superando um grande desafio, debaixo de chuva, vento e frio ajudou a nos unirmos logo de cara. Foi aí também que tive a certeza de estar ao lado da equipe certa e que o Fabrício (Boliveira) era o João. No final, entendi essa água como uma bênção, uma espécie de batismo pra nós”.
2# “Ver o brilho nos olhos dos atores em cada cena, a entrega, o resultado da preparação, a disponibilidade deles pra direção e, principalmente, perceber que eles tinham química e que estavam com sangue nos olhos pra fazer o filme”.
3# “Tivemos um churrasco casa do Giuliano, filho do Renato Russo logo no início das filmagens. Num determinado momento, sem que ninguém tivesse combinado, começou a tocar Faroeste Caboclo no som. De repente, toda a equipe estava reunida, cantando em coro e dançando. Uma coisa meio tribal. Foi incrível estar nessa vibração junto com a Bianca (de Felippes, produtora), que anos antes esteve nesse mesmo local comigo, para apresentar o projeto e negociar os diretos com a família de Renato. E também me fez refletir sobre a importância do filme que estávamos fazendo”.

4#Filmar na UnB foi realmente um retorno ao lar. Pessoalmente, muito emocionante reencontrar os lugares e pessoas que marcaram a minha formação. Aliás, não só lá, mas rodar em Brasília é muito impactante. Sensação de dar a volta no mesmo jardim, só que vendo cada dia uma flor diferente”.
5# “O final da filmagem em Brasília foi muito intenso. Também foi assim em Pau Ferro, no interior de Pernambuco. Especialmente porque a última cena rodada no sertão foi dentro do ônibus, com João indo para Brasília, exatamente por onde começamos a rodar, três meses antes, as luzes de natal”.

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