Ator e comediante, criou o impagável personagem Primo Pobre,
ao lado do Primo Rico, interpretado por Paulo Gracindo, no programa Balança Mas
Não Cai, iniciado na Rádio Nacional na década de 50 e depois transportado para
a televisão. Brandão participou dos principais programas humorísticos do rádio
e TV, além de passagens pelo teatro e cinema.
Tímido, doce e de poucas palavras, Moacyr Augusto Soares
Brandão, que completaria 70 anos de carreira em 1999, herdou a veia artística
do pai Brandão - famoso comediante do Rio no começo do século. Seu pai era
muito famoso e ao mesmo tempo muito mão aberta. Ao morrer, deixa a família
passando necessidades. Para ajudar a família, Brandão Filho trabalha como
condutor de ônibus, padeiro e até operário em uma fábrica. Sua mãe lhe arruma
um vaga de ator no Circo Democrata, em 1929. Depois vai para o teatro e em
seguida para a Rádio Nacional, onde permanece por 38 anos.
Brandão tinha 19 anos ao ingressar na carreira artística. Em
1942 foi convidado a integrar o cast da primeira radionovela brasileira, Em
Busca da Felicidade, transmitida pela Rádio Nacional. Mais tarde, em 1950, veio
seu papel de maior sucesso, o Primo Pobre, no Balança Mas Não Cai. O sucesso do
rádio o levou para a televisão. Estreou na TV Tupi a convite de Max Nunes, em
1954. Contratado da Rede Globo, em 1968 conquistou grande popularidade com o
seriado A Grande Família. Depois vieram as novelas Bravo, Saramandaia (1976),
Nina, Te Contei? e Feijão Maravilha (1979).
Em 1988, Brandão fez um personagem dramático no filme
Romance da Empregada, de Bruno Barreto. Essa atuação valeu-lhe o Prêmio Air
France de Cinema Louis Lumière. O comediante trabalhou ainda na Escolinha do
Professor Raimundo, ao lado de Chico Anysio, onde criou o famoso jargão "Mata o
véio, mata". Ele foi casado por 40 anos com D. Maria, com quem teve dois filhos.
Brandão Filho faleceu aos 88 anos, em 22 de março de 1998.
Fonte: Memorial da Fama
Nenhum comentário:
Postar um comentário