A produção franco-brasileira "Rio Sex Comedy", que prometia desencadear uma grande polêmica no Festival do Rio 2010, teve a sua exibição de gala realizada na sexta-feira à noite, mas não chegou a atiçar os ânimos da plateia.
"O filme tem um caráter polêmico. Vai ser interessante saber como ele vai ser recebido", disse o co-produtor brasileiro Flávio Tambellini antes da exibição, que contou com a presença do diretor americano Jonathan Nossiter, dos atores americanos Bill Pulman e Fisher Stevens, e das atrizes britânica Charlotte Rampling e francesa Irène Jacob.O próprio Nossiter alertou antes da projeção que seu longa-metragem não agradaria os "politicamente corretos".
O filme expõe uma série de estereótipos do Rio de Janeiro e do Brasil, apresentando a cidade como um lugar onde as pessoas são obcecadas por cirurgias plásticas, os índios encenam uma vida selvagem para conseguir dinheiro de turistas, o sexo está em todo lugar, novelas baratas são uma coqueluche e as favelas fazem parte da paisagem.
Em resumo, tinha tudo para desagradar o público brasileiro, incomodado com algumas produções relacionadas ao país, como "Turistas" (2006), que conta a história de um grupo de americanos vítima de uma quadrilha de traficantes de órgãos em um lugar onde imperam o crime e o sexo.
O filme expõe uma série de estereótipos do Rio de Janeiro e do Brasil, apresentando a cidade como um lugar onde as pessoas são obcecadas por cirurgias plásticas, os índios encenam uma vida selvagem para conseguir dinheiro de turistas, o sexo está em todo lugar, novelas baratas são uma coqueluche e as favelas fazem parte da paisagem.
Em resumo, tinha tudo para desagradar o público brasileiro, incomodado com algumas produções relacionadas ao país, como "Turistas" (2006), que conta a história de um grupo de americanos vítima de uma quadrilha de traficantes de órgãos em um lugar onde imperam o crime e o sexo.
Mas, na realidade, o que se viu em "Rio Sex Comedy" foi uma sátira relacionada aos principais clichês envolvendo o Brasil, até porque o diretor, conhecido pelo documentário "Mondovino" (2004), vive no Rio há cinco anos e é casado com uma brasileira, ou seja, não poderia ter uma visão tão ingênua do país.
O longa-metragem conta três histórias paralelas: a de uma renomada cirurgiã plástica britânica que vem ao Rio tentar compreender a obsessão das pessoas pela estética, a de uma francesa que visita a cidade com o marido para realizar um estudo antropológico e acaba se envolvendo com o cunhado que acompanha o casal, e a do embaixador americano que decide se envolver com os problemas sociais de uma favela auxiliado por um compatriota, um guia de turismo com sua amante índia.
Durante a exibição, o público pareceu entender a proposta do filme, que em alguns momentos conseguiu arrancar algumas risadas, como na cena em que Antoine (Jean-Marc Roulot), marido de Irene (Irène Jacob), tem suas roupas roubadas em uma favela e volta de cueca para casa.
Mas o filme que, para muitos, prometia causar frisson no Festival, no final recebeu apenas aplausos quase que protocolares.
Fonte: Yahoo Notícias
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