Lauro del Corona nasceu no Rio de Janeiro no dia 6 de julho de 1957. Nascido na classe média carioca, começou a trabalhar aos 16
anos como vendedor na boutique de sua mãe. Um ano depois, partiu para a
carreira de modelo e fez os primeiros filmes publicitários: propaganda para a
Coca-Cola e o Bob's, e chamou a atenção do diretor Marcos de Sá.
Ao atuar na peça infantil Simbad, o Marujo, no Rio de
Janeiro, foi descoberto pelos diretores e atores Ziembinski e Paulo José, que o
convidaram para participar do especial de televisão Ciranda, Cirandinha.
A partir daí, participou de diversas telenovelas e filmes,
tendo se destacado, inicialmente, em Dancin' Days (1978), de Gilberto Braga, em
que era par da personagem de Glória Pires. Foi também presença de destaque em
Marina, Baila Comigo, Elas por Elas, Louco Amor, Corpo a Corpo e Direito de
Amar.
Estreou no cinema em O Sonho não Acabou, em 1982, e dois
anos depois fez Bete Balanço, como par romântico da personagem de Débora Bloch,
filme com música tema da banda Barão Vermelho cantada por Cazuza, que era seu
primo e com quem tinha impressionante semelhança física. Ambos morreriam anos
depois em decorrência da AIDS.
Também alcançou algum sucesso como cantor e apresentador do
programa Globo de Ouro, nos anos 80. Algumas das músicas são: Não vivo sem meu
rock, O Céu por um beijo e Tem que provar.
A última telenovela foi Vida Nova, de 1988, no papel de um
imigrante português que namorava uma judia brasileira, interpretada por Deborah
Evelyn.
Foi uma das primeiras personalidades brasileiras a morrer de
complicações decorrentes do vírus da AIDS. O personagem na telenovela Vida Nova
teve um final apressado, com uma viagem para Israel, por causa da doença do
ator. A última cena mostrava um carro preto partindo numa noite chuvosa, ao som
de um poema de Fernando Pessoa, declamado em off pelo próprio ator.
O atestado de óbito do ator apontou como causas da morte
complicações como infecção respiratória, septicemia, infecção oportunista,
miocardite, insuficiência renal aguda e hemorragia digestiva alta. Em nenhum
momento foi citada a palavra AIDS, o que reforçou um comportamento adotado pelo
jovem galã de telenovelas da Globo e os familiares nos últimos meses de vida: o
de negar veementemente a doença. Lauro Corona não comentava com os amigos que
era portador do vírus e nem aceitava a condição - tratava os sintomas das
doenças oportunistas com homeopatia.
Os boatos de que estaria com AIDS surgiram em janeiro de
1989, quando o ator pediu afastamento da telenovela Vida Nova, na qual era
protagonista, alegando estafa. Voltou dois meses depois, muitos quilos mais
magro e com uma visível queda de cabelo. Logo em seguida mudou-se para a casa
dos pais, isolando-se até mesmo dos amigos. Quando o estado de saúde piorou,
foi internado, mas os pais proibiram a Clínica São Vicente na Gávea de dar
qualquer informação à imprensa sobre o estado de saúde do filho.
Lauro Corona morreu depois de nove dias internado na
conceituada Clínica São Vicente, e foi enterrado no Cemitério São João Batista,
no Rio de Janeiro.
Filmografia:
Cinema:
1984 - Bete Balanço .... Rodrigo
1982 - O Sonho Não Acabou .... Ricardo
Telenovelas:
1988 - Vida Nova .... Manuel Victor
1987 - Direito de Amar .... Adriano Monserrat
1984 - Corpo a Corpo .... Rafael
1984 - Vereda Tropical .... Victor
1983 - Louco Amor .... Lipe
1982 - Elas por Elas .... Gil
1981 - Baila Comigo .... Caê
1980 - Marina .... Marcelo
1979 - Os Gigantes .... Polaco
1978 - Dancin' Days .... Beto
Minisséries:
1986 - Memórias de um Gigolô .... Mariano
Outros:
Teletema:
1986 - O Sequestro de Lauro Corona .... ele mesmo
Caso especial:
1977 - Ciranda Cirandinha
1986 - Globo de Ouro .... apresentador
1983 - Cometa Loucura .... apresentador
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