Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo, mais conhecido como
Paulo Gracindo, (Rio de Janeiro, 16 de julho de 1911 — Rio de Janeiro). Esta semana foi celebrada o seu centenário de nascimento.
Paulo Gracindo se considerava alagoano, pois foi viver em
Maceió ainda bebê. Sonhava ser ator, o pai era um obstáculo, e lhe dizia "No dia
em que você subir a um palco, saio da plateia e te arranco de lá pela gola".
Paulo Gracindo respeitou a proibição até a morte do pai. Aos vinte anos,
mudou-se para o Rio, dormiu na rua e passou fome. Investiu num namoro com a
filha de um português para entrar no grupo de teatro de maior prestígio da
época, o Teatro Ginástico Português. Batizado Pelópidas Guimarães Brandão
Gracindo, no palco mudou o nome: "Uns me chamavam de Petrópolis, outros de
Pelopes. A empregada me chamava de Envelope". Num dos primeiros trabalhos, a
personagem de Gracindo ficava dois minutos no palco, o que levou um crítico a
fazer o seguinte comentário: De onde veio esse rapaz que não faz nada e aparece
tanto? Participou das maiores companhias teatrais dos anos 30 e 40.
Fez sucesso na Rádio Nacional, apresentando o Programa Paulo
Gracindo. Com a radionovela O Direito de Nascer, encantou no papel de Alberto
Limonta; e no programa de rádio Balança mas Não Cai interpretou, com Brandão
Filho, o quadro do Primo Pobre e Primo Rico.
Na televisão fez personagens inesquecíveis, como o Tucão da
telenovela Bandeira 2 (1971), o Coronel Ramiro Bastos em Gabriela (1975), o João
Maciel de O Casarão (1976), o padre Hipólito de Roque Santeiro (1985) e o Primo
Rico, no humorístico Balança mas Não Cai. Mas, o mais marcante foi o prefeito
Odorico Paraguaçu, de O Bem Amado de Dias Gomes (1973; 1980-1984). Em 1990,
atuou em Rainha da Sucata como o Betinho (Alberto Figueiroa), nas quais tinha
um bordão que ficou muito conhecido, o famoso "coisas de Laurinha!".
Fez poucos filmes, mas foi um dos atores preferidos da
geração do Cinema Novo. Fez um papel em Terra em Transe, de Gláuber Rocha.
Achava a sétima arte complicada demais: É coisa de chinês, dizia.
Morreu aos 84 anos. Encontra-se sepultado no Cemitério de
São João Batista (Rio de Janeiro) no Rio de Janeiro. É pai do também ator
Gracindo Júnior, e avô dos atores Gabriel Gracindo, Pedro Gracindo e Daniela
Duarte.
Fonte: Wikipédia
Como havia dito no post anterior, Paulo Gracindo como o prefeito Odorico em O Bem Amado é incrível!
ResponderExcluirNão há nada melhor do que valorizar a arte nacional; parabéns pela sequência de posts deste grande ator.