título original: XXY
gênero: Drama
duração: 1 hr 26 min
ano de lançamento: 2007
estúdio: Wanda Visión S.A. / Historias Cinematograficas Cinemania / Pyramide Films
distribuidora: Imovision
direção: Lucía Puenzo
roteiro: Lucía Puenzo, baseado em estória de Sergio Bizzio
produção: José Maria Morales e Luis Puenzo
música: Andrés Goldstein e Daniel Tarrab
fotografia: Natasha Braier
figurino: Luisina Troncoso
edição: Hugo Primero e Alex Zito
efeitos especiais: Kinema Digital
Elenco:
Ricardo Darín (Kraken)
Inés Efron (Alex)
Valeria Bertucelli (Suli)
Germán Palacios (Ramiro)
Carolina Pelleritti (Erika)
Martin Piroyansky (Alvaro)
Guillermo Angelelli (Juan)
César Troncoso (Washington)
Jean Pierre Reguerraz (Esteban)
Ailín Salas (Roberta)
Luciano Nóbile (Vando)
Lucas Escariz (Saul)
Sinopse: Alex (Inés Efron) nasceu com ambas as características sexuais. Tentando fugir dos médicos que desejam corrigir a ambigüidade genital da criança, seus pais a levam para um vilarejo no Uruguai. Eles estão convencidos de que uma cirurgia deste tipo seria uma violência ao corpo de Alex e, com isso, vivem isolados numa casa nas dunas. Até que, um dia, a família recebe a visita de um casal de amigos, que leva consigo o filho adolescente. É quando Alex, que está com 15 anos, e o jovem, de 16, sentem-se atraídos um pelo outro.
Meu comentário: O filme XXY mostra com um ar realista o que é viver com os dois sexos. É o caso da garota, Alex (Inés Efron), que parece sofrer com esta indefinição, além disso, precisa tomar remédios para que não aflore mais ainda a sua porção masculina. Alex vive isolada do mundo no Uruguai em uma casa próxima à praia. Seu pai, Kraken (Ricardo Darín) trabalha com a preservação de tartarugas marinhas. A mãe da jovem, Suli (Valeria Bertuccelli), prefere que ela seja ainda por toda a vida alguém do sexo feminino, pois pelas pistas que aparecem no filme, como as fotos quando criança e o diálogo dos pais nos dão essa indicação. Um casal se hospeda na casa da família, trazendo o filho também adolescente, Álvaro (Martín Piroyansky), ele se envolve com Alex, mas eles têm a primeira relação de forma nada convencional, no que diz respeito à Alex que sempre foi tratada como uma menina. O filme abre a discursão sobre a escolha sexual. E ficamos sem saber ao final para que lado a menina mais se identifica, já que ela diz aos pais que prefere manter as duas genitais. Aliás, algo lógico, já que quem escreveu a história, prefere manter a personagem em sua idade mais delicada. O filme sofreu críticas pela comunidade médica de Buenos Aires que insistia em corrigir a sigla que dá nome ao filme. Segundo Paola Grammatico, diretora do laboratório de Medicina
Genética de San Camillo-Forlanini: "Na medicina, XXY é relacionada à Síndrome de Klinefelter, que só atinge o sexo masculino e não é ligada a distúrbios de função ou identidade sexual, o que é muito diferente da ambigüidade genital". Bem, o hermafroditismo é um tema bem delicado e segundo a medicina há tipos e tipos de hermafroditas, entre eles o verdadeiro, o que acredito que foi mostrado no filme, aquele que possui ambos órgãos genitais bem definidos. A "solução" dizem que é a cirurgia para correção. Mas é o próprio hermafrodita quem tem que escolher a sua condição sexual. Justamente o drama vivido por Alex no filme. Há uma cena que um grupo de jovens correm atrás dela, e a imobilizam só para ver com os próprios olhos o que ficaram sabendo por conta de alguém. A cineasta Lúcia Puenzo se defendeu: "não queria falar de um diagnóstico preciso. O título do filme é uma metáfora da intersexualidade em geral. O meu trabalho não é um documentário, mas uma história de ficção."
- Indicado ao Oscar de Filme Estrangeiro na época, como melhor filme nos festivais de Atenas e Bangkok,
e outros dois por parte da crítica do Festival de Cannes;
- Foi filmado na cidade de Piriápolis, no Estado de
Maldonado, no Uruguai;
- É a estreia na direção de Lucía Puenzo, conhecida
pelos roteiros de filmes como A través de tus Ojos e La Puta y la Ballena, além
de escrever para séries de televisão como Hombres de Honor e Sol Negro.
- No Brasil o filme passou pela primeira vez no dia 25 de
setembro no Festival do Rio.
- O filme é uma co-produção da Argentina, França e Espanha.
Não cheguei a ver este mas estreou cá. Fiquei curioso. Saudações de Portugal!
ResponderExcluirO cinema argentino é admirável, assim como Ricardo Darín.
ResponderExcluirFiquei curiosa para assistir XXY...
Gostei do blog, onde cheguei "acidentalmente".rs
www.cafofodakatita.blogspot.com