Cinema Latino

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Brandão Filho


Ator e comediante, criou o impagável personagem Primo Pobre, ao lado do Primo Rico, interpretado por Paulo Gracindo, no programa Balança Mas Não Cai, iniciado na Rádio Nacional na década de 50 e depois transportado para a televisão. Brandão participou dos principais programas humorísticos do rádio e TV, além de passagens pelo teatro e cinema.
Tímido, doce e de poucas palavras, Moacyr Augusto Soares Brandão, que completaria 70 anos de carreira em 1999, herdou a veia artística do pai Brandão - famoso comediante do Rio no começo do século. Seu pai era muito famoso e ao mesmo tempo muito mão aberta. Ao morrer, deixa a família passando necessidades. Para ajudar a família, Brandão Filho trabalha como condutor de ônibus, padeiro e até operário em uma fábrica. Sua mãe lhe arruma um vaga de ator no Circo Democrata, em 1929. Depois vai para o teatro e em seguida para a Rádio Nacional, onde permanece por 38 anos.
Brandão tinha 19 anos ao ingressar na carreira artística. Em 1942 foi convidado a integrar o cast da primeira radionovela brasileira, Em Busca da Felicidade, transmitida pela Rádio Nacional. Mais tarde, em 1950, veio seu papel de maior sucesso, o Primo Pobre, no Balança Mas Não Cai. O sucesso do rádio o levou para a televisão. Estreou na TV Tupi a convite de Max Nunes, em 1954. Contratado da Rede Globo, em 1968 conquistou grande popularidade com o seriado A Grande Família. Depois vieram as novelas Bravo, Saramandaia (1976), Nina, Te Contei? e Feijão Maravilha (1979).
Em 1988, Brandão fez um personagem dramático no filme Romance da Empregada, de Bruno Barreto. Essa atuação valeu-lhe o Prêmio Air France de Cinema Louis Lumière. O comediante trabalhou ainda na Escolinha do Professor Raimundo, ao lado de Chico Anysio, onde criou o famoso jargão "Mata o véio, mata". Ele foi casado por 40 anos com D. Maria, com quem teve dois filhos. Brandão Filho faleceu aos 88 anos, em 22 de março de 1998.

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