Cinema Latino

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Liberto Rabal

Por onde anda Liberto Rabal?

            Liberto Rabal. Alguém lembra dele? Como não?! Ele é um dos responsáveis pela cena da união de corpos que ilustra o filme “Carne Trêmula” de Pedro Almodóvar. 


Francisco Liberto Rabal Cerezales nasceu no dia 30 de maio de 1975 em Roma na Itália. Pertencente a terceira geração de uma saga de artistas, o cinema e o teatro fizeram parte de sua vida desde que nasceu. É filho do diretor e roteirista, Benito Rabal, sobrinho de Teresa e neto dos atores, Francisco Rabal (que trabalhou com Almodóvar em Atá-me) e Asunción Balaguer. É também neto da escritora Carmen Laforet e do jornalista Manuel Cerezales. É casado com a atriz, roteirista e escritora, Adriana Davidova.
 
Liberto Rabal tinha entre nove e onze anos quando apareceu pela primeira vez nos filmes Los santos inocentes e El Hermano bastardo de Dios, primeiro filme protagonizado pelo seu avô e dirigido segunda vez pelo seu pai. Mas não foi até 1996 quando iniciou verdadeiramente sua carreira dedicada à interpretação, realizando papéis secundários em Más que amor, frenesí, de Alfonso Albacete e Miguel Bardem, Pon un hombre en tu vida, de Eva Lesmes e El tiempo de la felicidad, de Manuel Iborra.

 
Em 1997 protagoniza Tranvía a la Malvarrosa por José Luis García Sánchez, sendo indicado ao Goya de Ator Revelação, é nesse período que Almodóvar o escolhe para o papel principal de Carne Trémula, coincidindo com Javier Bardem e Ángela Molina. Por esse trabalho obtém grande popularidade e também críticas.
 
Depois participa de uma comédia televisiva A las once en casa e, depois de protagonizar o longa "Todo menos la Chica" de Chus Delgado, junto a Álex Angulo e María Adánez, estreia na direção do curta Las noches vacías (2001). No ano seguinte, encarna o poeta alicantino Miguel Hernández em uma produção de dois capítulos para a TVE. Depois de várias peças teatrais, junto a Asunción Balaguer em Queridos poetas - em memória de seu avô- e com Don Juan Tenorio entre outras obras, em 2005 se dedica ao roteiro e direção de seu primeiro filme, Síndrome, (selecionado para a competição no conhecido e prestigiado Festival de Locarno), depois de ganhar uma menção especial no Festival de Málaga (2001) pelo seu primeiro curta como diretor em Las noches vacías, protagonizado e escrito, igual a Síndrome, por sua esposa e musa, Adriana Davidova, que também é autora do roteiro de La inercia de los cuerpos, seu segundo longa como diretor, uma comprometida reflexão sobre o sistema sanitário e a relação médico-paciente cuja filmagem começou em Outubro de 2006 com a primeira filmagem em 35 mm de um eclipse anual de sol na Espanha e se prolonga, devido à necessidades de produção, durante os períodos de verão de 2007 e 2008.

Também em 2007 apresenta seu segundo curta como diretor, Huellas, que ganha no marco do Festival de Calasparra o prêmio A.E.T. 2007. Em 2008 apresenta o que é seu primeiro livro sobre cinema, Soñar en acción, editado pela Fundação Autor. Também em 2008 prepara a estreia de um novo longa-metragem experimental como diretor rodado em 2007: "La esquina".
            Em agosto de 2001 falecia inesperadamente Francisco Rabal, que semanas mais tarde iria receber o Prêmio Donostia no Festival de Cinema de San Sebastián. Foi Liberto Rabal quem indicou o nome de seu avô, rendendo-lhe tributo em uma homenagem emocionada que reuniu no palco do Kursaal Carlos Saura, Carmen Sevilla, Julia Martínez, Terele Pávez, Ana Belén, Emma Suárez e María Barranco.
            Protagonizou também vários filmes na Itália (Mare Largo, con Claudio Amendola, Cefalonia, com Sarah Miles e Daniele Liotti); Na França (Tangos Volés, de Eduardo de Gregorio, com Juan Echanove e Sylvie Testud); Cuba (Las noches de Constantinopla, de Orlando Rojas) e, somando a sua recente trajetória como diretor, retomou seu trabalho como ator na obra prima do escritor Hernán Migoya, Soy un pelele, junto a Roberto Boladeras, que estreou no Festival de Sitges em 2008.

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