Cinema Latino

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mais complexo, 'Tropa de Elite 2' amplia seu foco de ataque





O primeiro aviso é de que esta é uma obra de ficção, mas com possíveis semelhanças com a realidade. E é assim mesmo, como um soco no estômago, que José Padilha bate literalmente em todo mundo que oprime o povo brasileiro em “Tropa de Elite 2”, que estreia nesta sexta-feira (8) em 600 salas de todo o país.
O Yahoo! Brasil participou da primeira exibição pública do filme, na noite de terça-feira (5), em Paulínia, no interior de São Paulo. Quem esperava uma nova enxurrada de bordões como “pede pra sair” saiu de mãos abanando. Sim, há alguns, mas não como no primeiro. Também não são mostradas novas técnicas de tortura – no máximo, uma reprise do saco na cabeça. Mas mesmo com menos ação e mais discussão, o longa ainda tem tiros, sangue, ‘caveirão’ e até Bope de verdade.
Apesar desta sequência não ser uma reprise melhorada, o público não vai se decepcionar ao rever novamente o Capitão Nascimento (Wagner Moura), que volta como uma espécie de justiceiro de todos nós. Em “Tropa 2”, ninguém sai ileso de um embate com ele, nem mesmo um deputado corrupto, que ao receber do protagonista uns bons socos na cara levou a plateia em Paulínia a um estado de catarse, que deve se repetir pelos cinemas de todo o país.
Como diz o subtítulo, o inimigo agora é outro. O diretor José Padilha ampliou a história antes focada no Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) para o tema da segurança pública em geral. Fala da situação carcerária do país, dos direitos humanos, da politicagem em época de eleições e, por último, até do Congresso no Brasil.


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