Cinema Latino

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Carmen Maura

Carmen García Maura nasceu no 15 de setembro de 1945 no bairro de Chamberí em Madrid, ela é filha de Salvador García Santa Cruz, médico oftalmologista e Carmen Maura Arenzana, sua mãe é neta dos condes de Fonte Nova de Arenzana e neta de Bartolome Maura Montaner. É também descendente do político Antonio Maura, que chegou a ser presidente do governo.
O escritor e dramaturgo Edgar Neville e a atriz Conchita Montes foram seus vizinhos durante sua infância na Rua Rafael Calvo. Foi lá na zona El Escorial, onde costumava veranear quando criança que se viu interessada pelo mundo da interpretação.
Começou seus primeiros estudos colégio madrilenho, San José de Cluny, em seguida cursou Filosofia, Letras e Belas Artes em Paris. Casou-se com um advogado e teve dois filhos: Carmen e Pablo. Seu início no mundo das artes cênicas foi no teatro universitário, ao qual era totalmente dedicada, em uma das peças foi descoberta pelo crítico teatral Alfredo Marquerie. Nos anos 60 fazia pequenas participações na TV e trabalhava em cafés e pequenas companhias independentes de teatro.

Pepi, Luci, Bom y otras chicas del montón (1980)
Em seguida veio a movida madrilenha, nesse período conheceu o cineasta Fernando Colomo e o ator Félix Rotaeta (falecido), foi com eles chegou aos seus primeiros papéis de protagonistas no cinema como em Tigres de papel (1977) ou ¿Qué hace una chica como tú en un sitio como éste? (1978). Nessa época conheceu Pedro Almodóvar, quando ainda era funcionário da Telefónica e dava seus primeiros passos no mundo do Super 8. Passaram a trabalhar juntos e a química entre os dois era perfeita. Inclusive Carmen Maura com a ajuda de Félix Rotaeta conseguiu financiar o primeiro longa de Almodóvar Pepi, Luci, Bom y otras chicas del montón (1980). Com todas as dificuldades econômicas e técnicas o filme levou um ano para ser realizado, mas ao final foi sucesso de bilheteria, sendo exibido também no festival de cinema de San Sebastián. O público da movida madrilena se identificou com “Pepi, Luci, Bom...” e fez dele símbolo deste destacado movimento social dos anos oitenta na Espanha.

Carmen Maura e Pedro Almodóvar
Até o final dos anos oitenta ela atuou em vários filmes de Pedro Almodóvar, surpreendentemente mais tarde Maura e Almodóvar rompem relações, em um episódio até hoje não explicado. Mas o retorno de La Maura à obra do cineasta espanhol vem em Volver (2006). Claro, durante os anos oitenta e no período durante e após Almodóvar Carmen Maura atuou em vários outros filmes. Justamente Ai, Carmela! de Carlos Saura, junto a Andrés Pajares e Gabino Diego foi o seu primeiro filme pós desentendimento com Almodóvar. Ai, Carmela! foi considerado como o melhor do cinema de Saura e bateu um recórd na história dos prêmios Goya que duraria até o ano 2004 com Mar adentro. Apesar de amar a comédia, foi o drama que mais lhe consagrou. Nos anos noventa também fez filmes na França, teve a honra de trabalhar ao lado de Gérard Depardieu. Na Argentina fez o sentimental filme de Alejandro Agresti, Valentin (2002), em que fazia o papel da avó do protagonista.


Foi a madrinha da edição do ano 2007 do 'Madrid de Cinema – Spanish Filme Screenings', inaugurado por ela no dia 4 de junho do mesmo ano.




Mulheres à beira de um ataque de nervos (1988)
Volver (2006)
Em abril de 2008, foi convocada por Francis Ford Coppola para participar em seu próximo projeto, Tetro, substituindo Javier Bardem, quem teve que abandonar o papel alegando problemas na agenda. Para que essa substituição fosse perfeita, Coppola modificou o papel pensado para Bardem a uma personagem feminina adaptado para Carmen Maura. Além disso ele modificou todo o roteiro, se deu conta de que a personagem contribuiria mais ao filme se fosse uma mulher, em vez de um homem. Carmen Maura tem várias premiações importantes em sua carreira e recentemente foi homenageada com a medalha de ouro da Academia do cinema espanhol pelo reconhecimento de seu trabalho ao longo dos anos e sua contribuição artística ao cinema de seu país.



Um comentário:

  1. Amo Carmen García, só quem já viu essa Diva nos filmes de Almodovar conseguiria entender o que ela representa. Por mais que eu goste das outra divas do diretor, Carmen é minha predileta...

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