Cinema Latino

segunda-feira, 2 de julho de 2012

"Caótica Ana", Espanha, 2007

Ficha Técnica:
Título original: Caótica Ana
Ano: 2007
País: Espanha
Duração: 118 minutos
Gênero: Drama
Elenco: 
Ana (Manuela Vellés )
Justine (Charlotte Rampling)
Linda (Bebe Rebolledo)
Said (Nicolas Cazalé)
Anglo (Asier Newman)
Klaus (Matthias Habich)
Ismael (Lluís Homar)
Míster Halcón (Gerrit Graham)
Lucas (Raúl Peña)
Guarda-costas (Giacomo Gonnella)
Jovoskaya (Leslie Charles)
Dueño (Juanma Lara)
Adestrador (Diego Molero)
San Juan (Angel Facio)
Antonio Vega (Como ele mesmo)

Sinopse: O filme é uma viagem por quatro anos da vida de Ana (Manuela Vellés), dos 18 aos 22 anos. Como em uma hipnose, a protagonista mostra que não vive sozinha, que sua existência é semelhante a continuação da vida de outras jovens mulheres que morreram de um trágico modo. Esse é seu caos.


Comentário: Sabe daqueles filmes que você nem tem muita vontade de assistir, porque acha que viu todo o clássico porralouquismo do cinema espanhol? Aliás porralouquice é o que compõe a cenas iniciais de Caótica Ana. De repente, você pensa: vou me entediar, mas vou assistir para ver no que vai dar e só depois da contagem número oito é que ele começa a empolgar, porque contagem é que não falta neste filme onde há regressão de vidas passadas, mas o telespectador é convidado a seguir uma sequência de dez a zero, do início ao fim da jornada de Ana. A jovem em questão é uma hippie que mora numa caverna na Espanha com o seu pai, um imigrante alemão, possui um talento ímpar para as artes plásticas e é convidada por Justine (Charlotte Rampling) a seguir em frente com seu talento, Justine a conduz a um lugar onde jovens expõem suas habilidades artísticas, lá ela conhece Said (Nicolas Cazalé) e se apaixona, mas o amor por Said vem de outras vidas, vidas que Ana viveu intensamente e que logo foram ceifadas. É a partir do momento do encontro com Said que suas antigas memórias se manifestam e que logo é ajudada pelo misterioso hipnótico Anglo (Asier Newman) a revivê-las para entender sua existência no mundo. Se o diretor quis mesmo falar apenas do caos que é viver e morrer tragicamente ele conseguiu, pensava que a forte mulher conseguiria derrotar o mal que a perseguiu por mais de mil anos consegueria fazê-lo no mais novo século. Ingenuidade pensar assim, o espírito evoluído de Ana não permitiria violência ou armas letais. É chato contar fim de filme não? Quiseram dar um ar de história verídica de uma artista plástica chamada Ana, que nem sei se existiu mesmo, mas que produziu as lindas pinturas que povoam a tela. Uma das mais intrigantes, sem dúvida, são as pinturas das portas, que quando são abertas mostram todas as formas como Ana foi morta em todas as suas reencarnações: traspassada com uma criança no ventre, empalada, decaptada etc. O ator que faz o papel de Said me lembra muito Antonio Banderas quando bem jovenzinho. A amizade de Ana com Linda (Bebe) é uma das mais bonitas, creio que Linda tinha Ana como irmã. No fim havia duas frases: "Foi dedicado a minha irmã Ana que se foi" "Para a minha filha Ana que chegou". Vale à pena assistir!

Um comentário:

  1. Mas que filme incrível!
    É a primeira vez que leio algo sobre "Caótica Ana" e já está mais que anotado. Fiquei extremamente interessada nessa obra. Obrigada pela indicação!

    ResponderExcluir