Cinema Latino

quarta-feira, 11 de julho de 2012

"Biutiful", Espanha, 2010

Ficha Técnica:
Título original: Biutiful
Países: Espanha/ México
Ano: 2010
Duração: 147 min
Direção: Alejandro González Iñárritu
Roteiro: Alejandro González Iñárritu, Armando Bo, Nicolás Giacobone
Gênero: Drama
Lançamento: 27 de Janeiro de 2011

Elenco:
Uxbal (Javier Bardem)
Marambra (Maricel Álvarez)
Ana (Hanaa Bouchaib)
Mateo (Guillermo Estrella)
Tito (Eduard Fernández)
Ekweme (Cheikh Ndiaye)
Ige (Diaryatou Daff)
Hai/ Taisheng Cheng (Taisheng Chen)
Liwei (Jin Luo)
Samuel (George Chibuikwem Chukwuma)
Li (Lang Sofia Lin)
Chinês obeso (Yodian Yang)
Barman Bar Hai (Tuo Lin)
Chinês Bodega (Xueheng Chen)
Jung (Xiaoyan Zhang)



Sinopse: Catalunha. Uxbal (Javier Bardem) coordena vários negócios ilícitos, que incluem a venda de produtos nas ruas da cidade e a negociação do trabalho de um grupo de chineses, cujo custo é bem menor por não serem legalizados e viverem em condições precárias. Além disto, ele possui o dom de falar com os mortos e usa esta habilidade para cobrar das pessoas que desejam saber mais sobre seus entes que partiram há pouco tempo. Uxbal precisa conciliar sua agitada vida com o papel de pai de dois filhos, já que a mãe deles, Marambra (Maricel Álvarez), é instável. Até que, após sentir fortes dores por semanas, ele resolve ir ao hospital. Lá descobre que está com câncer e que tem poucos meses de vida.



Meu comentário: Particularmente este não seria um filme que assistiria novamente. Assim perdoem-me os críticos e os prêmios da produção Biutiful. A história em si não tem nada haver com a escrita errada do adjetivo em inglês, aliás beautiful que quer dizer bonito, belo, nada tem haver com o que se apresenta com uma Barcelona tão desagradavelmente undergound quanto os rostos e modo de viver de suas personagens. Aliás este submundo que pouco é mostrado na bela Barcelona, paisagem de cartão postal com sua Rambla e toda a majestade de Gaudí, pouco é mostrada no filme, não que este fosse o dever do cineasta, mas ele escolheu o realismo ou melhor dizendo, a dura  e cruel realidade de quem está à margem. Não indico a quem está triste ou deprimido, porque se vai sofrendo junto com todas as personagens, inclusive com os 25 chineses que morrem em um galpão vítima do escapamento de gás dos aquecedores de má qualidade que foram comprados por Uxbal. A personagem de Bardem é algo difícil de analisar, não é basicamente um vilão, mas um sobrevivente que acredita que fazendo as suas negociações fora-da-lei, garante a sobrevivência dos imigrantes ilegais, a sua e de sua família. A ideia é mostrar essa decadência, as desordens psicológicas e uma história como pano de fundo. Javier Bardem mais uma vez mergulhou nesse universo e deu o seu recado.

3 comentários:

  1. Realmente é sombrio, pesado, mas é um belo filme, com uma atuação arrepiante de Bardem.

    O Falcão Maltês

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  2. Aí está mais um filme que pretendo assistir em breve. Lembra-se do filme Caótica Ana? Achei diferente de tudo que já vi, adorei! Assim que puder, anotarei alguns filmes indicados aqui no seu blog pra assistir.

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  3. Interessantes teu comentário, M.
    Eu vi duas vezes no cinema e uma aqui em casa! quero rever! realmente não é aconselhável à quem está triste. E penso que a escolha do nome reflita talvez a própria crítica: Biutiful no sentido de a vida não é cor-de-rosa, ou algo do tipo.

    Beijos

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