Cinema Latino

quarta-feira, 14 de março de 2012

Rodrigo Santoro, o intérprete de Heleno de Freitas

Vascaíno de coração, Rodrigo Santoro interpreta Heleno de Freitas
Mais do que tudo isso, Heleno era conhecido pelo temperamento agressivo dentro e fora do campo




No dia em que Ricardo Teixeira renunciou à presidencia da Confederação Brasileira de Futebol, Rodrigo Santoro estava envlvido na promoção de "Heleno", cinebiografia do ídolo do Botafogo carioca nos anos 30 dirigida por José Henrique Fonseca - com estreia marcada para sexta (23). Ao falar com o UOL por telefone, do Rio de Janeiro, o ator - vascaíno de coração e fã de Roberto Dinamite - ficou surpreso com a notícia e com a coincidência. "Isso aconteceu hoje?", perguntou ele, acrescentando incredulidade à novidade. "Não acredito."
Santoro disse que durante a rodada de entrevistas com veículos do Rio pouco lhe perguntaram sobre a forçada passagem de bastão de Teixeira para o seu vice, o ex-governador biônico de São Paulo, José Maria Marin. "As questões giraram em torno mais do fato de o filme ser em preto e branco no momento em que um filme mudo com o mesmo formato e mudo ganhou o Oscar", continuou o ator, referindo-se ao francês "O Artista". "Mas como a gente pode prever algo do tipo?"
"Heleno" conta a história de Heleno de Freitas (1920 - 1959), ídolo do Botafogo carioca nos anos 30. Formado em Direito, era oriundo de uma família abastada - o pai era dono de um cafezal e mantinha negócios na indústria de papel e chapéus. Com amigos na alta sociedade, gostava da vida boêmia e das drogas da época: além da bebida, o lança perfume e o éter.
Atacante talentoso, ótimo cabeceador, era considerado um jogador altivo e elegante do alto de seu metro e oitenta e cinco. Marcou passagem pelo Botafogo com 209 gols em 235 partidas, o que o coloca em quarto lugar na lista de maiores artilheiros da história do clube. Mas não conquistou nenhum título vestindo a camisa alvinegra.
Mais do que tudo isso, Heleno era conhecido pelo temperamento agressivo dentro e fora do campo. O filme centra foco nesse aspecto da vida do jogador, sua relação atribulada com os companheiros e a esposa, Ilma (Alinne Moraes), com quem teve um filho. No início dos anos 50, ela fugiu para Petrópolis por conta da vilência do marido.
 

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