Cinema Latino

domingo, 13 de fevereiro de 2011

"Sedução", Espanha, 1992.

Ficha Técnica:
Título Original: Belle Époque
Direção: Fernando Trueba
Produção: Andrés Vicente Gómez
Roteiro: Rafael Azcona
Música: Antoine Duhamel
Maquiagem: Ana Lorena
Fotografia: José Luis Alcaine
Montagem: Carmen Frías
País(es): Espanha, Portugal e França
Ano: 1992
Gênero: Comédia
Duração: 108 minutos
Produtora: Lola Films, S.A.

Elenco:
Penélope Cruz (Luz)
Gabino Diego (Juanito)
Fernando Fernán Gómez (Manolo)
Miriam Díaz-Aroca (Clara)
Ariadna Gil (Violeta)
Agustín González (Don Luis)
Jorge Sanz (Fernando)
Maribel Verdú (Rocío)
Michel Galabru (Danglard)
Chus Lampreave (Doña Asun)
Mary Carmen Ramírez (Amalia)
Juan José Otegui (Soldado)
Jesús Bonilla (Soldado)
María Galiana (Polonia)
Joan Potau (Paco)
Félix Cubero (Palomo)
Marciano de la Fuente (Alcalde)
José Antonio Sacristán (Rorro)
Manuel Huete
Luis Zagalo
Adelina Andrade
João Salaviza
Bernardino Nascimento
François Venturini
Miguel Pyrrait
Joaquín Raposo
Luis Romero
José Graniza
Fernando Sequeira
Eduardo Marqués

Sinopse: Durante os últimos meses da monarquia, após a revolta mal sucedida da sede da Jaca, o desertor soldado do exército, Fernando (Jorge Sanz). Em sua fuga é hospedado por D. Manolo (Fernando Fernán Gómez), um artista que vive em isolamento da realidade que atingiu Espanha e oferece sua ajuda, sua casa e amizade. A chegada das quatro lindas filhas de D. Manolo, fará com que o jovem desertor embarque em uma aventura em que acaba seduzindo uma irmã após a outra.



Meu comentário: Trata-se de uma história light, bem à moda espanhola. Me arriscaria a dizer que seria uma comédia de costumes (gênero mais apropriado para o teatro) que para o cinema. Se o filme fosse brasileiro e da década de 50, provavelmente teria seu título como "O queridinho das meninas".
O jovem soldado desertor (Jorge Sanz) vê sua sorte mudar quando conhece D. Manolo (Fernando Fernán Gómez), este senhor se afeiçoa ao jovem, vendo-o como um filho que nunca teve. O senhor tenta em vão ocultar suas filhas: Luz (Penélope Cruz), Clara (Miriam Díaz-Aroca), Violeta (Ariadna Gil) e Rocío (Maribel Verdú). Isto acontece quando Fernando decide partir para Madrid no primeiro vapor e chegando na estação se depara com as beldades do velhinho bonachão. Ele não pensa duas vezes e volta para casa de D. Manolo alegando que perdeu o trem, tudo só para conhecer as meninas... intimamente. Há cenas engraçadas: a que o pai vibra quando Fernando diz que passou a noite com Violeta (pois a moça é lésbica), as situações o conduzem aos braços das fogosas mocinhas. Afinal ele tinha que escolher uma, terminou se casando com a caçulinha Luz (Pénélope Cruz)... Aliás é algo um pouco duvidoso, se foi mesmo com ela que ele bateu olho desde o início, pois parece que sim logo na primeira cena da estação; Ou, se foi a única normalzinha que lhe restou, as demais são complicadinhas. A mãe das moçoilas, Amalia (Mary Carmen Ramírez) é uma fracassada cantora de zarzuela que volta à casa com seu amante, Danglard (Michel Galabru). Amalia vive uma vida livre para a época, tem um amante (que é também seu empresário) com o consentimento do marido, D. Manolo. A cena mais engraçada é quando o amante sabe que Amalia vai para a cama com o marido após uma longa ausência e fica se torturando com a duração do coito que não foi rápido e D. Manolo o consola depois: "Não fique assim Danglard, você sabe que o corno da história sou eu". Cômico.
Curiosidades: Este é o primeiro filme da Penélope Cruz, se vê sua carinha bem jovenzinha e verdinha; o ator Gabino Diego (Juanito) fez participação em um vídeoclipe do cantor espanhol, Alejandro Sanz ("El alma al aire"); Vovó Chus Lampreave faz uma participação para lá de engraçada, fazendo o papel daquela mãe bem mala, a mãe de Juanito; Ah e esse filme levou Oscar acreditem, melhor filme estrangeiro em 1992.


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