Cinema Latino

sábado, 26 de fevereiro de 2011

"Bruna Surfistinha", Brasil, 2010



Ficha Técnica:
Título Original: Bruna Surfistinha
País de Origem: Brasil
Gênero: Drama
Ano de Lançamento: 2011
Estreia no Brasil: 25/02/2011
Site Oficial:
http://www.brunasurfistinhaofilme.com
Distribribuidora: Imagem Filmes
Direção: Marcus Baldini
Produção: Roberto Berliner, Rodrigo Letier, Marcus Baldini
Roteiro: Homero Olivetto, José de Carvalho, Antônia Pellegrino, baseados em livro de Raquel Pacheco
Fotografia: Marcelo Copanni
Duração: 109 min.
Ano: 2010
País: Brasil
Cor: Colorido
Estúdio: TV Zero
Classificação: 16 anos


Elenco:
Deborah Secco (Raquel / Bruna)
Cassio Gabus Mendes (Huldson)
Drica Moraes (Larissa)
Fabíula Nascimento (Janine)
Cris Lago (Gabi)
Erika Puga (Mel)
Simone Illiescu (Yasmim)
Brenda Ligia (Kelly)
Guta Ruiz(Carol)
Juliano Cazarré (Gustavo)
Clarisse Abujamra (Celeste)
Luciano Chiroli (Otto)
Sérgio Guizé (Rodrigo)
Gustavo Machado (Miguel)



Sinopse: Aos 17 anos, Raquel (Deborah Secco) se sente desajustada na escola, onde é ridicularizada pelos colegas, e em casa, onde vive em conflito com a família. Um dia, a menina de classe média toma uma decisão surpreendente: virar garota de programa. Ela foge de casa e vai viver num privê, onde as garotas moram e recebem clientes. Adota o nome de Bruna e fica amiga daquelas mulheres, como a intempestiva Janine (Fabíula Nascimento). Ali conhece Huldson (Cassio Cabus Mendes), que vai se empenhar em tirá-la da prostituição. De ingênua e desajeitada, Bruna se torna a garota de programa mais disputada do lugar e a que mais ganha dinheiro. Conhece a sofisticada Carol (Guta Ruiz), que lhe mostra a prostituição de alto luxo, e aluga um flat para receber seus próprios clientes. A fama nacional vem quando, com o nome de Bruna Surfistinha, passa a contar num blog suas aventuras sexuais e afetivas como garota de programa. Mas Bruna vê seu dinheiro e sua saúde serem consumidos pela cocaína e, quando chega ao fundo do poço, é hora de dar uma nova guinada em sua vida.


Meu comentário: Posso dizer que o filme é bom, além disso, uma trilha sonora de primeira linha. Claro, há duas músicas que não podiam faltar, portanto, dois ritmos musicais inseridos remetem ao ambiente, não desmerecendo o gosto popular, como aquele brega: “vou te pegar e te jogar na caaamaaaa... aiaiaiaiaaa”. Gente, só tem essa música tá? E um funkzinho na cena do carro, em que a Bruna volta da night no carro de uma colega sua e outras profiças do clube privê.
Gostei principalmente do tom de realidade, uma vida sem nenhum glamour, de dureza (literalmente), de altos e baixos. Ao ver toda a história da vida profissional da Bruna, se compreende que de uma maneira ou outra, ela desenvolveu um gosto pela coisa, uma vocação, mas que em certo momento da vida, quando entra as drogas aquilo se torna mais que destrutivo. Não há aquele julgamento do porquê dela ter entrado naquele mundo. Sua vida de adolescente era normal, freqüentava o colégio, mas foi sacaneada por alguns daqueles rapazinhos patifes que há em toda escola. Não que isso justificasse sua ida para a prostituição, tampouco os conflitos em casa. Ela vivia no seio de uma família de classe média e era adotada. Deu a entender que no início tudo era experimento, um ato de rebeldia. Mas quando soube que vivia uma categoria inferior de programas e podia conhecer o outro mundo do sexo, o que dá grana, a ex-garota de programa escreveu seu nome na profissão criando um blog que se tornou famoso e posteriormente após sua “aposentadoria”, livros que se tornaram best-sellers, entre eles o famoso “O doce veneno do escorpião”.
Há cenas engraçadas como o cliente que só ia ao privê cheio de talco no pinto, o tio que mudava a posição da cama e não fazia quase nada. E principalmente a do salão de beleza em que a gerente reclama do palavlório das moçoilas e uma delas devolve para aquela clientela que estava ali para fazer cabelo e unhas: “Enquanto vocês ficam aí pensando na vida, nós é que comemos o macho de vocês”. Assim... há muitas brunas surfistinhas por aí, não é uma história de muitas novidades. Mas como filme tenho a elogiar o roteiro, o som, a atriz Deborah Secco que realmente está impecável em cena, cortes muito bem feitos, seqüência, fotografia, em si, o filme é bom. As cenas de sexo são bem feitas, sem apelação para o pornô, em suma algo de coragem, ousadia e de bom gosto quanto a cinema.

Um comentário:

  1. Gostei do seu comentário,
    vou assistir.
    Estava bem resistente ao filme achando que haveria muita apelação sexual para promovê-lo.
    bjo

    ResponderExcluir