Cinema Latino

sexta-feira, 16 de julho de 2010

"Meu nome não é Johnny", Brasil, 2008.

Ficha Técnica:
Título original: Meu nome não é Johnny
Gênero: Drama
Duração: 128 min.
Lançamento (Brasil): 2008
Distribuição: Sony Pictures Entertainment e Downtown Filmes
Direção: Mauro Lima
Roteiro: Mariza Leão e Mauro Lima
Produção: Mariza Leão
Produtor Associado: Guel Arraes
Produtora Executiva: Mariza Leão
Co-produção: Atitude Produções, Sony Pictures Entertainment, Globo Filmes, TeleImage, Apema
Música: Fábio Mondego
Fotografia: Uli Burtin
Direção de arte: Cláudio Amaral Peixoto
Figurino: Reka Koves Edição: Marcelo Moraes



Elenco:
Selton Mello (João Guilherme Estrella)
Cléo Pires (Sofia)
Júlia Lemmertz (Mãe de João)
Rafaela Mandelli (Laura)
Eva Todor (D. Marly)
André di Biasi (Alex)
Giulio Lopes (Pai de João)
Cássia Kiss (Juíza)
Ângelo Paes Leme (Julinho)
Orã Figueiredo (Oswaldo)
Hossen Minussi (Wanderley)
Luís Miranda (Alcides)
Gillray Coutinho (Advogado)
Kiko Mascarenhas (Danilo)
Flávio Bauraqui (Charles)
Aramis Trindade (Taínha)
Neco Vila Lobos (Carlos)
Charly Braun (Felipe)
Felipe Martins (Fernando)
Roney Villela (Hércules)
Wendell Bendelack (Sininho)
Ivan de Almeida (Carcereiro)
Flávio Pardal (Boneco)

Sinopse: No início dos anos 70, João Guilherme Estrella era um típico garoto da alta classe média carioca. Estudava em bons colégios e se relacionava com jovens ricos como ele. Embalado pelo rock, pela liberação do costumes e pela efervescência cultural do Rio, o garoto viveu intensamente os anos 80. Inteligente, simpático e principalmente dono e um humor incomparável, ele era adorado pelos pais e muito popular entre seus amigos. João tinha tudo. Menos limites. Seu espírito aventureiro e boêmio o levou a viver todas as loucuras permitidas. E as não permitidas. Do primeiro cigarro de maconha que experimentou na adolescência nas areias do Arpoador, passou a consumir cocaína. De usuário de droga, passou a vendê-la para os amigos. Um ótimo tino comercial, fortalecido por uma rede social, fez com que João conquistasse a confiança dos fornecedores. No início dos anos 90, João já tinha se tornado o maior vendedor de drogas do asfalto carioca. Ao mesmo tempo em que se tornava cada vez mais popular, em sua casa, nada ia bem. O clima das fantasias e brincadeiras da infância havia ficado para trás. Seu pai descobriu que tinha câncer. Sua mãe se mudou. Sua casa acabou se tornando um lar partido. João era jovem e imaturo demais para perceber que o pai precisava dele. Ele queria viver a juventude a toda velocidade. Cada vez mais doente, o pai se fechava em seu quarto enquanto João transformava a casa em uma festa eterna. Amigos, clientes, viciados entravam e saíam o tempo todo. Em uma das festas que ele conheceu Sofia. Foi paixão instantânea.
Os dois passaram a viver juntos os perigos que, para João, não passavam de grandes aventuras. No apartamento que passaram a dividir, a rotina não era diferente. Sofia às vezes se irritava, mas não conseguia mudar o namorado, que cada vez ganhava mais dinheiro, mas cada vez gastava mais também. Nesta época, ele conheceu um dos mais importantes elos da famosa Conexão Nelore. Alex, um paraplégico que ficou sabendo de sua fama de bom negociante e resolveu lhe fazer uma proposta de negócios. Por um lado, Alex distribuía a mais pura cocaína do país, por outro, João tinha acesso irrestrito ao crème de la crème dos usuários da Zona Sul carioca.
Não foi preciso muita conversa. O negócio foi rapidamente fechado. Mas, João queria mais. O Rio tinha ficado pequeno para ele. Foi quando conheceu Felipe, traficante com larga experiência na Europa, João estava disposto a conquistar o Velho Mundo. Plano feito. Plano executado. Apesar dos riscos, a operação foi bem sucedida. João e Sofia foram curtir uma lua-de-mel no Velho Mundo, com os bolsos cheios de grana. De volta, ele queria mais. E começou a articular a segunda fase da viagem. Ele só não contava com a ação da polícia, que passara a monitorar cada passo da Conexão Nelore. Certo dia, quando passou em um apartamento alugado em Copacabana, onde seus amigos Serjão e Laura preparavam a droga que seria transportada para a Europa, a polícia também apareceu.
A partir daquele dia, da agenda de seus descolados clientes, seu nome entrou para a lista dos perseguidos pela polícia. Preso, sua foto passou a estampar as capas dos jornais. Em vez de festas, passou ao banco dos réus. João foi parar na carceragem da Polícia Federal da Praça Mauá, onde tomou o primeiro contato com uma nova realidade, a vida no sistema carcerário brasileiro. De lá foi transferido para o Manicômio Judiciário, onde cumpriu pena de 2 anos de reclusão. Seu desafio era provar para a juíza Marilena Soares, considerada uma das mais rigorosas do Brasil, que não era um chefe de quadrilha, mas um jovem que não conhecera limites e merecia uma segunda chance. Sua história revela sonhos e dramas comuns a toda juventude, em qualquer lugar do mundo.

Meu comentário: A história da personagem João Estrella (Selton Mello) é uma entre tantas que acontecem no submundo das drogas, não é um produto de ficção para chamar à realidade do problema, mas foi baseado em uma história real. Felizmente o rapaz cumpriu sua pena, conseguiu se recuperar e é cantor e produtor musical. Se o filme fosse realizado por outro ator dificilmente não seria tão bom. Às vezes se tem a impressão que Selton Mello carrega o filme todo consigo, mas há cenas interessantíssimas e atuações legais. Há cenas que realmente arrepiam mostrando a dura realidade das penitenciárias brasileiras. As filmagens tiveram como locação as cidades do Rio de Janeiro, Veneza e Barcelona e teve um orçamento de 6 milhões. Assisti a esse filme na época no cinema, mas recentemente a Rede Globo o exibiu no Festival Nacional.




Fonte: Ficha técnica, elenco e sinopse do Adoro Cinema Brasileiro

2 comentários:

  1. Outro filme que apenas vi trechos no festival nacional, mas em breve quero alugar, fiquei curioso com os trechos que vi!

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  2. Oi M.
    Como vai?

    Eu ouvi falar muito deste filme, até ai nada de novo! hehe conheço muito pouco sobre cinema brasileiro mas pegando tua fala, também acredito que para apreender algumas questões que vivemos, só mesmo diante de uma realidade bastante próxima àqueles do dia-a-dia.

    Bom final de semana!
    abraços

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