Cinema Latino

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Cartazes de filmes antigos

Filmes brasileiros da Vera Cruz da década de 50.
















quinta-feira, 23 de julho de 2009

Carmen Maura é homenageada em Academia Espanhola


Na verdade a notícia é super recente. A atriz espanhola Carmen Maura foi homenageada com a medalha de ouro da Academia do cinema espanhol pelo reconhecimento de seu trabalho ao longo dos anos. Carmen com 40 anos de profissão e 63 de idade, já recebeu vários prêmios, mas sem dúvida a Academia a reconheceu como uma represetante de peso na história do cinema nacional. Na década de 80 foi estrela de vários filmes do diretor Pedro Almodóvar e até mais recentemente esteve em mais um filme dele "Volver"(2006). Sobre a homenagem comentou: "Estou em estado de choque, estou muito feliz" e acrescentou: "Foi uma grande surpresa. Não esperava, mas quase nunca espero pelos prêmios."
Fonte: cinema UOL

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O filme é americano, mas a história é a mais latina possível

"Quinceañera" (2006)

O filme não possui aquela excelência, até porque prima por mostrar uma história comum. A história de uma adolescente prestes a completar quinze anos e todas as dúvidas que cercam esta idade. Até um pouco no-sense para os dias de hoje, onde a vida sexual se começa tão precoce e com tantas informações . Para ser compreensível o despreparo da menina que será mãe logo após sua festa de quinze anos (aquela comemoração típica que todo mundo já conhece, vestidão longo, aquele bolão enorme e enfeitado na mesa, baile de debutantes, etc.) ela é filha de um pastor que tem uma igreja na comunidade mexicana Echo Park em Los Angeles (EUA). Então a vida de Magdalena (Emily Rios) é pensar em sua comemoração de quinze anos e na limousine Hummer que seu pai alugará para a sua tão sonhada festa.


Mas quando está realizando os preparativos é surpreendida pela gravidez, seu pai um homem muito religioso não tolera a situação e a expulsa de casa. Magdalena passa então a viver com o seu querido tio-avô, o “TioTomás” (Chalo González), um senhor que vive de vender chapurrado (uma bebida mexicana) na comunidade em que vive. Tio Tomás morava então sozinho até assumir o irresponsável neto-sobrinho Carlos (Jesse Garcia) e a sua doce e confusa neta-sobrinha Magdalena. Esta quando chega a casa do tio não fica só pensando em que fazer da vida, vai em busca do pai do seu filho, um outro adolescente da comunidade, mas é rispidamente ignorada pela mãe dele, que planeja um futuro de estudos e grandes projetos para o filho. O rapaz por sua parte não parece se interessar pelo ocorrido e lhe dá as costas.
A história em si traz o moralismo da sociedade mexicana, seus costumes e a questão dos valores familiares que é algo muito forte, mesmo morando em um outro país. É tão interessante que no início dá impressão que a história se passa no México e não nos Estados Unidos.
Curiosidade: As locações reais do filme não são em Los Angeles e sim no norte da Inglaterra.
Ficha Técnica:
Gênero: Drama
Título original: Quinceañera
Ano: 2006
Duração: 90 min.
Nacionalidade: EUA/Inglaterra.
Direção e Roteiro: Richard Glatzer e Wash Westmoreland
Montagem: Robin Katz e Clay Zimmerman
Fotografia: Eric Steelberg
Música: Micko Victor Bock
Produção: Anne Clements
Produtores executivo: Todd Haynes, Nicholas T. Boyias, Mihail Koulakis e Avi Raccah
Figurino: Jessica Flaherty e Andrew Salazar
Direção de Elenco: Jason L. Wood
Elenco:
Emily Rios (Magdalena)
Jesse Garcia (Carlos)
Chalo Gonzalez (Tío Tomás)
J.R Cruz (Herman)
Araceli Guzman-Rico (María)
Jesus Castaños-Chima (Ernesto)
Jason L. Wood (James)
David W. Ross (Gary)
Alicia Sixtos (Hielen)
Carmen Aguirre (Tía Silvia)
Lisette Ávila (Jéssica)
Johnny Chavez (Tío Walter)
Margarita Lugo (Tía Candy)
Alicia Flamenco (Tía Isabella)
Bertha Flamenco (Tía Sandra)
Jasiel Flamenco (Hermano Magdalena)
Aris Taylor (Jasmine)
Rebecca Lopez (Wendy)
Alex Sanchez (Tío Juan)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Donkey Xote (2007)

Não imaginei ver uma animação espanhola. Mas Donkey Xote (2007) está longe de ser a das melhores. A história é baseada na grande obra prima da literatura espanhola Don Quijote de la Mancha de Miguel de Cervantes. E infelizmente com tão preciosa referência não empolga em nada.

É uma nova leitura da obra de Miguel de Cervantes onde Rucio (o burrinho personagem central do filme) sonha em ser um cavalo de porte e é ele próprio o narrador da história informando que a história original é a errada. Rucio, que é propriedade de Sancho Panza está cansado da vida que leva en La Mancha. Até que o Cavaleiro da Meia Lua intima Quixote para um duelo em Barcelona. O burro ajuda Quixote a participar desse duelo.

A história em si não tem muita graça a jornada de Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Panza é de aventuras, com cavaleiros perigosos, moinhos de vento, etc. O roteiro ficou muito a desejar, não há diálogos criativos, humor e os personagens nem de longe são divertidos. É melhor assistir a Sherek, A Era do gelo, Madagascar, Os Incríveis, qualquer um desses... Não recomendo.


Ficha Técnica:

Título Original: Donkey Xote
Gênero: Animação
Tempo de Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento (Espanha / Itália): 2007
Site Oficial: www.donkeyxote.com
Estúdio: Lumiq Studios / Filmax Animation / Bren Entertainment
Distribuição: Imagem Filmes
Direção: Jose Pozo
Roteiro: Angel E. Pariente e Miguel de Cervantes y Saavedra
Produção: Julio Fernández e Sergio Toffetti
Música: Andrea Guerra
Direção de Arte: Esteban Martin
Edição: Félix Bueno
Efeitos Especiais: Trixter Film
Elenco (Vozes):
Andreu Buenafuente (Sancho Panza)
David Fernández (Rocinante)
Sonia Ferrer (Dulcinea)
José Luis Gil (Quixote)
Sancho Gracia (Sansón)
Luis Posada (Rucio)
Jordi González (Narrador)


sábado, 11 de julho de 2009

Sobre o cinema espanhol

Eu recebo mensalmente por e-mail a Revista da Livraria Cultura e os artigos são maravilhosos. E este em especial sobre o cinema espanhol deixo publicado aqui neste espaço:

"Além de Almodóvar"
Desde o fulminante sucesso de Mulheres à beira de um ataque de nervos (1988), Pedro Almodóvar tornou-se sinônimo de cinema espanhol para espectadores de todo o planeta. Ícone da tela grande ao lado de Bigas Luna da “Movida” Madrilenha - um dos principais movimentos de renovação cultural dos anos 1980 –, Almodóvar conquistou um raro status dentro e fora de seu país. Lançado com pompa na Cidade do Cinema, complexo da indústria do audiovisual nos arredores de Madri, Los abrazos rotos, a mais recente produção do diretor, estrelada por Penélope Cruz, foi recebida com frieza pela imprensa e tampouco lotou as salas de exibição espanholas, como aconteceu com Volver,o filme nacional mais assistido de 2007.
Criticado pela repetição de fórmulas em seu último filme, o longo reinado de Almodóvar, precedido por Carlos Saura e muito antes por Luis Buñuel, lança dúvidas sobre o futuro do cinema espanhol. Há ou não uma nova safra de diretores em ascensão no país? “O fato é que vivemos um momento de crise criativa em nosso cinema”,assinala o crítico de cinema Eduardo Moyano, ex-diretor da Rádio Exterior de Espanha.
Um sintoma desse fenômeno pode ser sentido na bilheteria. As três produções com dinheiro espanhol de maior sucesso do ano passado são faladas em inglês e, com exceção de Os crimes de Oxford, de Alex de la Iglesia, as demais são obras de diretores norte-americanos: Vicky, Cristina, Barcelona (WoodyAllen) e Che, el argentino (Steven Soderbergh).
De fato, nos últimos anos, os diretores de maior projeção no exterior têm optado por um modelo de cinema mais “holywoodiano”. De la Iglesia, famoso por blockbusters como El día de la bestia (1995) e La comunidad (2000), trabalha agora em La marca amarilla, uma adaptação dos quadrinhos estreladapelo inglês Keneth Branagh. A grande revelação dos últimos tempos, Alejandro Almenábar (Oscar de filme estrangeiro em2004 por Mar adentro e autor de Os outros,com Nicole Kidman, de 2002), tambémabraçou as produções multinacionais. Estreiaem outubro, na Espanha, seu próximo filmeÁgora, rodado na ilha de Malta com inspiraçãono mundo grego antigo. Os atores mais populares da atualidade, Penélope Cruz e Javier Bardem, também passam mais tempo em Los Angeles que na própria Espanha. “Fazer filmes em outros países tem seu lado positivo, mas, com isso, acabamos perdendo a pópria identidade”, lamenta Moyano.
REVELAÇÕES
Seria injustiça, no entanto, não reconhecer o surgimento de um novo grupo de realizadores de boa qualidade. Um dos autores mais premiados na Espanha, atualmente, é Jaime Rosales, aclamado em Cannes em 2007 por Las horas del día e vencedor do Goya – o Oscar espanhol– de Melhor Direção por La soledad (2007). No ano passado, provocou polêmica no Festival de San Sebastián com Tiro en la cabeza, retratando os bastidores do terrorismo no País Basco. Este ano, Rosales está de volta às telas como produtor do drama existencialista: A árvore, de Carlos Serrano Azcona.
Entre as novas caras do cine espanhol, destaca-se também Isabel Coixet, com os elogiados Mi vida sin mí (2003) e La vida secreta de las palabras (2005). A diretora estreia em agosto El mapa de los sonidos de Toquio, rodado no Japão. Outro autor que vem ganhando projeção é Chus Gutiérrez, atualmente em cartaz com Retorno a Hansala, que retrata o drama dos imigrantes africanos arriscando a vida para desembarcar ilegalmente na costa espanhola. Ainda na lista de revelações, está outro filme de caráter social: El truco del manco. O filme, que conta a história do rapper deficiente físico El Langui, rendeu a Santiago Zannou o Goya de melhor diretor estreante.
Representando o establishment da indústria cinematográfica, o Goya, este ano, apostou todas as suas fichas em Camino, merecedor deseis estatuetas, entre elas a de Melhor Filme e Direção para Javier Fesser. Destinado ao grande público e abusando um pouco do dramalhão, o filme tem o mérito de abordar um tema sensível à sociedade espanhola: os bastidores da Opus Dei, o que certamente atrairá espectadores no exterior. A aclamação de Camino acabou ofuscando uma das melhores produções recentes, Los girasoles ciegos, do veterano diretor José Luis Cuerda – ambientado durante a guerra civil espanhola –, que promete agradar à audiência internacional mais sofisticada.
Na encruzilhada entre Hollywood e o cinema de autor, a Espanha busca um novo modelo enquanto vê o público minguar ano a ano nas salas de exibição. Moyano acredita que alguns gêneros, como o de terror fantástico, têm potencial para atrair o público jovem, a exemplo de sucessos como Orfanato (José Antonio Bayona, 2007), REC (Jaume Balagueró e Paco Plaza, 2008), ou La casa de Fermat, (lançado neste ano pelosña).
Depois de muita experimentação, Almodóvard efiniu seu próprio destino autoral no lançamento de Los abrazos rotos: “Quero me dedicar cada vez mais a um gênero que foi muito distorcido pela televisão e que merece uma abordagem mais contemporânea no cinema: o melodrama”. Mais espanhol, impossível.


INDÚSTRIA CINEMATOGRÁFICA ARRECADA POUCO

Seguindo o modelo europeu, o cinema espanhol sobrevive à base de forte subvenção estatal, o que permitiu aumento importante no volume de produções nos últimos anos. Mas, assim como no Brasil – onde o apoio se dá mais por políticas de isenção fiscal –, problemas de distribuição e falta de sintonia com a audiência criam uma enorme distância entre o que se gasta e o que a indústria arrecada.
De acordo com dados do Ministério da Cultura da Espanha, os 99 filmes lançados no ano passado tiveram investimento totalde R$ 729 milhões – R$ 247 milhões financiados diretamente pelo estado – enquanto a bilheteria ficou abaixo dos R$ 280 milhões. Comenta-se que o cinema espanhol é dominado por cerca de 30 famílias, que dispõem da fatia mais gordados recursos. Em contrapartida, o dinheiro para revelar novos diretores se limita a R$28 milhões anuais. Para o crítico Eduardo Moyano, fazer o primeiro filme não é o maior problema. “Com dificuldades de distribuição e divulgação, muitos diretores não conseguem uma segunda chance.”
Fabia Buenaventura, diretora geral da Federação Espanhola de Produtores, defende a concentração ainda maior do investimento. “Deveríamos apostar nas grandes produções em vez de seguir com essa política de café para todos”, afirma. Para quem está começando, chegar até o dinheiro é tarefa árdua. Formado pela Universidade de Cinema e Televisão de Munique, o jovem realizador Raul San Miguel lamenta que, sem boas conexões no meio, as chances de conseguir verba de produção são pequenas. Ele busca financiamento para seu primeiro longa, sobreu ma imigrante equatoriana em Madri. “Acredito que terei mais sucesso buscando recursos na Alemanha.”

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Para quem quer ver o "Diário Proibido"

Há algum tempo que o filme espanhol "Diário Proibido" chegou ao Brasil (título original: Diario de Una Ninfomana). Já está disponível em DVD e o HSBC Belas Artes exibe no noitão de julho. Ler matéria abaixo:

Noitão 'Intimidades' no HSBC Belas Artes


O Noitão de julho apresenta três filmes relacionados entre si pelo tema "intimidades" .
Entre os inéditos está Enquanto o Sol não vem, da francesa Agnès Jaoui que, além de assinar a direção e o roteiro, faz ainda o principal papel feminino. Agnès, aliás, estará em São Paulo essa semana para divulgar o filme.
A outra pré-estreia será do espanhol Diário Proibido, adaptação do livro homônimo da também francesa Valérie Tasso, uma ex-prostituta de luxo que virou escritora de sucesso.
O filme de francês aborda de maneira bem humorada a história de uma mulher que se vê obrigada a voltar à casa da família no interior da França para cuidar de assuntos de herança.
Lá chegando, se torna alvo de um documentário idealizado pelo filho da sua empregada, para um projeto que ele decidiu produzir sobre mulheres bem sucedidas. Mas, as coisas acabam não funcionando conforme planejadas e, para piorar, nem as condições meteorológicas estão favoráveis.
Esse tipo de argumento aparentemente simples resulta em situações em nada banais, graças ao domínio de linguagem que Agnès Jaoui já havia demonstrado em seus trabalhos anteriores e até lhe proporcionou uma indicação ao Oscar de filme estrangeiro por O Gosto dos Outros (2000), a sua obra de estréia.
O outro filme, passado na Espanha e com direção de Christian Molina, trata de transformar em imagens (tórridas, por sinal) as memórias sexuais de uma jovem ninfomaníaca, descritas por ela nas páginas de um diário.
A garota ganha vida na tela através das belas formas de Belén Fabra, que tem entre os seus parceiros o galã argentino Leonardo Sbaraglia, mais conhecido pela sua participação em Plata Quemada (2000).
A terceira atração, o filme-surpresa, também segue pelo terreno da sexualidade e é falado em inglês, ampliando a variação de idiomas da maratona.
Entre as sessões do Noitão, todos os espectadores participam de sorteios de brindes (DVDs, camisetas, bolsas, livros e ingressos exclusivos do HSBC Belas Artes) e ao final da última sessão é oferecido um café da manhã para todos os "sobreviventes" .
Serviço: Noitão "Intimidades"
10 de julho, às 23h50
HSBC Belas Artes
Rua da Consolação, 2.423 - Consolação
Telefone: (11) 3258-4092
Ingressos: R$ 18,00 (estudantes, idosos e clientes do HSBC pagam meia-entrada) , à venda a partir das 14h da quinta-feira (véspera do evento)


Para sua maior comodidade, adquira seu ingresso pela internet: www.ingresso. com.br
www.hsbcbelasartes. com.br

Diário Proibido (São Paulo) / 16 anos


Val (Belén Fabra) é uma jovem francesa ninfomaníaca que faz questão de registrar suas confissões mais íntimas em seu diário secreto.


Classificação: 16 anos
Diretores: Christian Molina
Elenco: Belén Fabra, Leonardo Sbaraglia, Llum Barrera, Geraldine Chaplin, Ángela Molina, Pedro Gutiérrez.
Nome Original: Diario de Una Ninfómana
Tipo de Legenda: Português


quarta-feira, 1 de julho de 2009

Faleceu ontem na Alemanha a coreógrafa Pina Baush

Pina Baush, a coreógrafa
O blog é sobre cinema latino, mas para quem acompanha os filmes do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, jamais esquecerá do espetáculo Café Müller que é encenado no filme "Fale com ela". A parte em que mostra duas mulheres dançando de olhos fechados como estivessem sonâmbulas é justamente encenado pela coreógrafa alemã Pina Baush.

"Café Müller"

Pina Baush nasceu na cidade de Solingen (Alemanha) no dia 27 de julho de 1940. Foi dançarina, coreógrafa e diretora do Tanztheater Wuppertal Pina Bausch, localizada em Wuppertal. Sua obra é conhecida por histórias que são contadas através da dança, entre os seus temas mais frequentes está a interação entre o masculino e o feminino. Faleceu ontem em seu país natal aos 68 anos vítima de câncer, após cinco dias em que havia descoberto a doença.