Cinema Latino

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Concerto Aquarius apresenta Clássicos de Cinema

Concerto Aquarius apresenta Clássicos de Cinema
Tributo ao compositor John Williams será realizado no Forte de Copacabana


O concerto Aquarius, realizado pelo jornal O GLOBO, chega a 42ª edição no dia 13 de dezembro com um tributo ao compositor americano John Williams, premiado por trilhas sonoras de clássicos do cinema. O evento apresentará um concerto gratuito regido pelo Maestro Roberto Minczuk, às 19h30,  no Forte de Copacabana.
 
“O ano de 2014 marca os 42 anos do Aquarius, um projeto do jornal O GLOBO que ao longo desse tempo vem contribuindo para a formação de novas gerações de amantes da música de concerto. Ao levar a obra de grandes compositores para diferentes públicos e locais do Rio de Janeiro, este tradicional evento aproxima o carioca de uma tradição de séculos da música universal. Este ano, também celebramos o centenário do Forte de Copacabana. Por isso, escolhemos esse cartão-postal da cidade para receber a Orquestra Sinfônica Brasileira.”, explica Sandra Sanches, diretora-executiva do GLOBO. 
 
A Orquestra Sinfônica Brasileira, composta por 80 músicos e regida por Minczuk, conduzirá o concerto com músicas de Williams que embalaram filmes como “Tubarão”, “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida”, entre outros. Serão oito composições em uma hora e quarenta de concerto.
 
“Estou muito empolgado com o nosso concerto no Forte de Copacabana, porque levar música de qualidade como a de John Williams, que todos gostam, é algo que aproxima ainda mais o público da orquestra e essa troca é extremamente gratificante. Tenho certeza que depois do próximo final de semana muitas crianças e jovens serão encantados pela música de orquestra”, declara Minczuk.
 
O concerto Aquarius 2014, produzido pela SRCOM, mostra como a música clássica está presente no dia a dia da população. As trilhas sonoras de filmes premiados e queridos pelo público são um exemplo dessa presença do estilo no cotidiano. O evento democratiza a cultura por meio da música ao ar livre e proporciona o encontro de diferentes públicos e gerações.
 
O Aquarius é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação da prefeitura do Rio e da Riotur e patrocínio do Banco Santander. “O Projeto Aquarius está alinhado aos valores que o Santander busca estimular na área cultural: além de ser uma maravilhosa iniciativa artística, se destaca por levar a música de qualidade a plateias de diferentes idades e perfis sociais. O concerto no Forte de Copacabana vai levar ainda mais beleza a um dos principais marcos históricos da cidade e será um presente para a população carioca neste fim de ano”, diz Marcos Madureira, vice-presidente executivo de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander.
 
Sobre o concerto Aquarius
 
Em 42 anos de evento, o Concerto Aquarius construiu sua história tanto no Rio, quanto no país. Ao todo, foram realizados 326 espetáculos em diferentes cidades do Brasil, desde 1972. E, entre os memoráveis está o do dia 7 de setembro de 1981, quando 500 mil pessoas foram assistir à reconstituição do Grito do Ipiranga,  em São Paulo.
 
 
PROGRAMA 
 
ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA
 
ROBERTO MINCZUK, REGÊNCIA
Daniel Guedes, violino
 
E.T. - O Extraterrestre | As Aventuras na Terra
Composição: 1982
Duração: 10 minutos
Orquestração: 3 flautas, flautim, 2 oboés, corne-inglês, 2 clarinetas, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, celesta, piano e cordas.
Edição: Hal Leonard.
 
Tubarão | Tema
Composição: 1975
Duração: 2 minutos
Orquestração: 3 flautas, flautim, 2 oboés, corne-inglês, 2 clarinetas, clarone, 3 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 4 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, piano, celesta e cordas.
Edição: Hal Leonard.
 
Jurassic Park | Tema
Composição: 1993
Duração: 5 minutos
Orquestração: 3 flautas, flautim, 2 oboés, corne-inglês, 2 clarinetas, clarone, 3 fagotes, confrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, piano e cordas.
Edição: Hal Leonard.
 
Harry Potter e a Pedra Filosofal
I. Tema de Edwiges
Composição: 2001
Duração: 5 minutos
Orquestração: 3 flautas, 3 flautins, 2 flautas contralto, 3 oboés, corne-inglês, 3 clarinetas, clarone, 3 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, piano, celesta e cordas.
Edição: Hal Leonard.
 
Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida | Marcha
Composição: 1981
Duração: 5 minutos
Orquestração: 3 flautas, flautim, 3 oboés, corne-inglês, 3 clarinetas, clarone, 3 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 4 trompetes, 4 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, piano, celesta e cordas.
Edição: Hal Leonard.
 
A Lista de Schindler
I. Tema
II. O Bairro Judeu (Gueto de Cracóvia – Inverno de 1941)
III. Lembranças
Composição: 1993
Duração: 14 minutos
Orquestração: 3 flautas, 2 flautins, oboé, corne-inglês, 3 clarinetas, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 3 trompas, 3 trombones, tímpanos, percussão, harpa, celesta, violino solo e cordas.
Edição: Hal Leonard.
 
Tango - Por Una Cabeza
(Música de Carlos Gardel | Arranjo de John Williams)
Composição: 1935 (Arranjo: 1961)
Duração: 4 minutos
Orquestração: 3 flautas, 3 oboés, corne-inglês, 3 clarinetas, clarone, 3 fagotes, contrafagote, 4 trompas, tímpanos, percussão, harpa, celesta, piano, violino solo e cordas.
 
Guerra nas Estrelas | Suíte
I. Tema Principal
II. Tema da Princesa Leia
II. Marcha Imperial (Tema de Darth Vader)
IV. Tema de Yoda
V. Sala do Trono & Tema Final
Composição: 1977
Duração: 25 minutos
Orquestração: 3 flautas, flautim, 2 oboés, 2 clarinetas, clarone, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, piano, celesta e cordas.
Edição: Hal Leonard.
 
Serviço:
Projeto Aquarius – Clássicos de Cinema
Data: 13/12 – sábado
Horário: 19h30 (abertura dos portões às 17h)
Local: Forte de Copacabana
Endereço:  Praça Coronel Eugênio Franco, 1 - Posto 6 - Copacabana, Rio de Janeiro – RJ
Capacidade: 8 mil pessoas
 
Classificação: Livre
Entrada franca
Estacionamento: O local não possui estacionamento.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Novo clipe do Capital Inicial tem ator argentino

O clipe da nova música de trabalho da banda de rock Capital Inicial, Coração Vazio, tem integrante internacional em seu elenco.
É o ator argentino Juan Manuel Tellategui, que vive em São Paulo atualmente.
 Ele faz uma participação no clipe que acaba de ser lançado, juntamente com a chegada às rádios de todo o Brasil da canção que integra o EP Viva a Revolução.
"O clima da filmagem foi ótimo. Esta é a primeira vez que participo de um videoclipe. Gosto de rock e cresci vendo a MTV Latina em Buenos Aires. Então, acho que desde a adolescência tinha vontade de participar de um videoclipe, porque é uma linguagem instigante. Acabou acontecendo de forma natural. Eu me sinto feliz de haver participado deste trabalho que estimula o respeito às diferenças e à diversidade com uma mensagem de amor", afirma o ator.
 A relação do Capital Inicial com a Argentina é antiga. A banda gravou a versão em português para o hit De Música Ligeira, composição do roqueiro portenho Gustavo Cerati, da banda Soda Stereo, ícone do rock latino-americano.
 
Além de participar do clipe do Capital Inicial, Juan Manuel Tellategui estreia no cinema brasileiro em abril deste ano, no filme Divã a Dois.
 
Link para ver o clipe:
 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Mostra de Cinema Atual Espanhol 2014

Já está pronta a nova edição da Mostra de Cinema Atual Espanhol que se exibirá em 11 cidades do território brasileiro desde setembro até dezembro de 2014


O Escritório Cultural da Embaixada da Espanha no Brasil, a Sociedade Cultural Brasil-Espanha e o Instituto Cervantes de Brasília convidam o espectador a deixar-se seduzir pelo cinema espanhol e aproveitar a Mostra de Cinema Atual Espanhol.

Esta nova edição pretende apresentar a variedade de gêneros dentro da indústria cinematográfica espanhola, como conseqüência de uma minuciosa seleção de filmes produzidos no ano de 2012.

De fato, conhecer o cinema espanhol é uma das melhores maneiras de se aproximar à cultura deste maravilhoso país, dos seus e de suas tradições. Além disso, a heterogeneidade de temáticas e de gêneros da cinematografia espanhola pretende dialogar com a diversidade cultural brasileira, mostrando como ambos os países compartilham os seus valores.

Assim, a Mostra de Cinema Atual Espanhol se transforma em uma referência dentro dos festivais internacionais que se projetam no Brasil, abrangendo grande parte da população de cidades brasileiras e fortalecendo os laços entre os dois povos.


FILMES EM CARTAZ

Branca de Neve - Pablo Berger, 2012 (classificação indicativa: 12 anos)

Carmina ou que se exploda - Paco León, 2012 (classificação indicativa: 12 anos)

MAPA - León Siminiani, 2012 (classificação indicativa: 12 anos)

O que os homens falam - Cesc Gay, 2012 (classificação indicativa: 12 anos)

O apóstolo - Fernando Cortizo, 2012 (classificação indicativa: Livre)

 

LOCAIS DE EXIBIÇÃO 

Florianópolis, 2, 9, 16, 23 e 30 de setembro. Fundação BADESC (Rua Visconde de Ouro Preto, 216 – Centro)

Belém, 5 - 11 de setembro. Cine Olympia (Av. Presidente Vargas, 918 – Campina)

Porto Alegre, 10 - 14 de setembro. Santander Cultural (Rua Sete de Setembro, 1028 – Centro)

Fortaleza, 11 - 17 de setembro. Centro Dragão do Mar – Fund. Joaquim Nabuco (Rua Dragão do Mar, 81 – Praia de Iracema)

Curitiba, 30 de setembro - 4 de outubro. Cinemateca de Curitiba (Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1174 - São Francisco)

Brasília, 1 - 5 de outubro. Cine Brasília (EQS, 106/107 - Asa Sul)

Recife, 29 de setembro - 3 de outubro. Livraria Cultura (Paço Alfândega. Rua Madre de Deus, s/n)

Salvador, 20 – 24 de outubro. Instituto Cervantes de Salvador (Avda. Sete de Setembro, 2.792 – Ladeira da Barra)

Belo Horizonte, 10 - 16 de novembro. Praça de Santa Teresa dentro da programação do Latino 2014

Rio de Janeiro, 3 - 15 de dezembro. CCBB RJ (Rua Primeiro de Março, 66 – Centro)

 

São Paulo, 17 - 22 de dezembro – CCBB SP (Rua Álvares Penteado, 112 – Centro)


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Memorial da América Latina exibe gratuitamente filmes premiados do cinema latino-americano


O Cine-debate inicia nesta quinta-feira, dia 21. O evento traz lançamentos e conta com a presença de especialistas em um bate-papo após cada exibição


Nos dias 21, 22, 23 e 28, 29 e 30 de agosto, na Biblioteca Latino-Americana Victor Civita — localizada no Memorial da América Latina, na Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664 — serão exibidos filmes latino-americanos pelo projeto Ciclo de debates sobre filmes latino-americanos. Haverá duas exibições, às 16 e às 19 horas, seguidas de debate sobre o tema do filme.

O premiado filme venezuelano “Pelo malo” (2012) e o  chileno “De jueves a domingo” (2012) são alguns dos destaques entre os lançamentos. O evento conta ainda com a presença de especialistas internacionais como a argentina Ana Laura Lusnich. Mariana Villaça, especialista em cinema cubano. A boliviana Yanet Aguilera, que tem um trabalho aprofundado sobre o cinema da Bolívia. Além dos pesquisadores Rubens Machado e Afrânio Catani, o evento reúne os críticos Sérgio Rizzo, Sérgio Alpendre, Ilana Feldman e Cleber Eduardo e os diretores de cinema Philippe Barcinski e Eryk Rocha  
No primeiro dia do evento, dia 21, às 19h, Eryk Rocha, filho de Glauber Rocha, fala sobre filme que fez em homenagem ao pai, “Rocha que anda” (2006). No último dia, 30, às 19h, o roteirista e diretor Philippe Barcinski irá falar sobre a temática de seu recente filme: “Entre vales (2012)”.. 

O Ciclo está estruturado em doze encontros, sendo cada um deles dedicado a um filme, que será exibido e posteriormente comentado e debatido com a participação de um convidado. Durante os encontros serão abordadas as vertentes clássica, moderna e contemporânea do Cinema Latino-americano em um trajeto permeado pelas teorias e projetos revolucionários desenvolvidos por cineastas latino-americanos. Através das análises dos filmes e dos debates será possível refletir sobre os aspectos históricos que repercutiram na configuração destas obras cinematográficas e sobre a forma como elas produzem e articulam visões sobre o passado e/ou o presente. 

No encerramento do Ciclo será lançado o livro documento do evento que reúne artigos  dos participantes dos debates.  A distribuição do livro é gratuita. 

Veja a programação:  http://www.cinedebate.org


Agenda da estreia - Dia 21/08 - quinta-feira

16h
Tangos: O Exílio de Gardel (Fernando Solanas, Argentina, França 1985)

Debate com Ana Laura Lusnich
Profa. Dra. da Universidade de Buenos Aires e Investigadora do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas.

19h
Rocha que voa   (Eryk Rocha, Brasil, 2006) 

Debate com Eryk Rocha
Cineasta, cujos principais trabalhos constam: Rocha que voa (2003), Pachamama (2009), Transeunte (2011) e Jards (2013).




Mais informações:


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Rua 25 de Março é tema de concurso de cinema promovido pela Câmara Árabe e ICArabe


Competição tem prêmios de até R$ 15 mil para curtas que melhor narrarem a história da rua que abrigou imigrantes árabes. Inscrições estão abertas até 13 de outubro. 

Com a Rua 25 de Março - famoso endereço do centro de São Paulo - como tema, a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira promoverá, em parceria com o Instituto da Cultura Árabe (ICArabe), o concurso de cinema “Os árabes e a 25 de Março”. Podem ser inscritos, para concorrer a três prêmios de até R$ 15 mil, filmes de curta-metragem que narrarem a história da região. As inscrições estão abertas até 13 de outubro e são gratuitas. De acordo com o diretor geral Câmara Árabe, Michel Alaby, o objetivo é documentar e resgatar a memória do local, que é famoso mundialmente e muito conhecido pelos paulistanos, mas conta com poucos registros sobre sua história. “Nossa proposta é, além de dar visibilidade à origem e história da Rua 25 de Março, fazer das obras inscritas um acervo. A memória do local está se perdendo e temos a necessidade de preservar e documentar sua trajetória. Há escassa informação em livros, poucas fotos antigas e não há filmes. Hoje se conhece a região quase que apenas devido à sua fama por ser um centro de compras. O que pretendemos fazer é um resgate histórico de um patrimônio da nossa sociedade”, afirmou.

Diretores, estudantes e apreciadores de cinema poderão concorrer aos prêmios. Cada participante poderá inscrever até dois trabalhos e cada filme deverá ter no máximo 15 minutos de duração, em formato digital. O gênero é livre: podem ser inscritos documentários, obras de ficção e até animações. Os trabalhos serão julgados pela sua inovação no uso da linguagem cinematográfica e contribuição ao tema proposto. Segundo a diretora cultural da Câmara Árabe, Silvia Antibas, que também é uma das curadoras do concurso, os cineastas poderão fazer entrevistas e buscar registros com os próprios atores da Rua 25 de Março.

PREMIAÇÃO
Os filmes selecionados serão anunciados no site da competição em 30 de outubro e serão exibidos em programação especial, de 9 a 23 de novembro. A cerimônia de premiação está marcada para 9 de dezembro. Os competidores concorrerão a três prêmios: Prêmio Oficial do Júri (R$ 15 mil), Prêmio Júri Popular (R$ 10 mil) e Prêmio Jovens Realizadores (R$ 6 mil), categoria na qual poderão concorrer inscritos menores de 18 anos. O júri irá selecionar os seis finalistas e os vencedores nas categorias Prêmio Oficial e Jovens Realizadores.

Os interessados em participar podem acessar o regulamento do concurso e se inscrever pelo portal Short Film Depot (www.shortfilmdepot.com), além de enviar seu filme por esta plataforma digital. O acervo que será formado pelos filmes ficará nos arquivos da Câmara Árabe e do ICArabe.
A iniciativa também faz parte da programação comemorativa aos 10 anos do ICArabe. Para Geraldo Godoy, a contribuição dos imigrantes árabes para o desenvolvimento socioeconômico da região da 25 de Março foi fundamental. “Principalmente pela atividade da mascateação, que introduziu no Brasil hábitos culturais de compra e venda que permanecem até os dias de hoje. Aos poucos, prosperaram na região e construíram casas, restaurantes e lojas de tecidos e móveis. A trajetória da imigração árabe nessa região é marcada por lembranças, medos, sonhos e conquistas que merecem ser contadas nas telas do cinema”, concluiu.

Sobre a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira
A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira representa 22 países árabes, foi fundada em 1952 e tem como missão aproximar comercialmente o Brasil dos países árabes, incrementando intercâmbios culturais e turísticos entre árabes e brasileiros. A entidade oferece diversos serviços, como certificação de documentos, informações de mercado, traduções, realiza eventos e workshops. Disponibiliza também um centro de referência para pesquisas das relações entre o Brasil e os países árabes.

Sobre o ICArabe
O Instituto da Cultura Árabe - ICArabe, baseado em São Paulo, Brasil, é uma entidade civil, autônoma, laica, de caráter científico e cultural. Visa integrar, estudar e promover as várias formas de expressão da cultura árabe, antigas e contemporâneas, e encorajar o reconhecimento de sua presença na sociedade brasileira. Está aberto à participação de todos os que acreditam ser premente assegurar o respeito às diferenças. Entre as diversas ações de promoção da cultura árabe no Brasil, o Instituto realiza, há 10 anos, a Mostra Mundo Árabe de Cinema, que apresenta ao público brasileiro a diversidade cultural, social e política dos países árabes, com exibições de filmes inéditos – produzidos naqueles países ou que abordam a temática árabe - e debates com diretores, atores e produtores convidados.



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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Câmara Árabe patrocina festival de cinema sobre Oriente Médio


Entre os filmes da mostra está o palestino 'Omar', cujo ator principal virá ao Brasil para debate. Até 16 de setembro, serão exibidos 70 obras em salas na capital paulista.

São Paulo, 14 de agosto de 2014 – A realidade das instituições psiquiátricas no Egito. O palestino que cresceu em um campo de refugiados no Líbano e filmou sua própria história. O menino marroquino que aprendeu a gostar de cinema com sua vizinha espanhola. Essas são algumas das histórias que permeiam as obras da 9ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, que conta com patrocínio da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira e vai exibir 70 filmes, até o dia 16 de setembro, na cidade de São Paulo.

A programação deste ano conta com filmes em curta, média e longa metragens, discussões com cineastas e produtores consagrados do mundo árabe, atividades paralelas como shows, exibição em cinco locais da cidade e títulos selecionados em dois importantes festivais, o Festival Internacional de Cinema de Dubai e o Festival de Cannes.

Geraldo Campos, diretor cultural do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe), que é curador da mostra juntamente com Soraya Smaili, esteve nos dois festivais para fazer a seleção. Também estão na grade do festival outros filmes, de festivais no mundo árabe ou mesmo oferecidos pelos próprios diretores ao ICArabe, promotor da mostra. 

TEMÁTICAS

O resultado da seleção é uma mescla de temáticas como relações familiares, campos de refugiados, ficção científica, solidão, conflito, entre outras. Há até um curta metragem de animação sobre um conto palestino. O filme que abre a mostra, no dia 13 de agosto, é o palestino Omar, que concorreu à melhor filme estrangeiro no Oscar, e foi feito com recursos do país árabe. Ele conta a história de Omar e da sua amada Nadia, rodeados pela batalha pela liberdade na Cisjordânia ocupada.

O título será reexibido no dia 15 de agosto, no Cinesesc, quando o produtor e ator de Omar, Waleed Zuaiter, estará no Brasil. A exibição está marcada para às 9 horas, juntamente com um curta palestino Estado Nação, e será seguida de um debate com o ator. O filme chamou a atenção no mundo por sua seleção ao Oscar, algo inédito para uma produção palestina.



O marroquino Adios Carmen também está na programação e conta a história de um menino que vive com o tio agressivo. Ele encontra acolhida em sua vizinha espanhola, que trabalha em uma sala de cinema, e a partir daí se encontra com toda a magia do mundo das telonas. O documentário Um Mundo que não é Nosso mostra a história de um palestino que cresceu em um campo de refugiados, o Ein el-Helweh, no Líbano. Ele foi produzido a partir de gravações pessoais do protagonista, arquivos familiares e imagens históricas.

DEBATES

O egípcio Zelal retrata o dia a dia de um hospital psiquiátrico no Egito. O filme é dirigido por Marianne Khoury, que participará de um debate no dia 30 de agosto, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Khoury é jurada de grandes festivais internacionais e a discussão reunirá profissionais do mundo do cinema e da psicologia para discutir o encontro das duas áreas. Também participarão de discussões na mostra os egípcios Alaa Karkouti e Maher Diab, da distribuidora Med Solutions. Karkouti é um dos maiores críticos de cinema do mundo árabe.

No fechamento da programação do Memorial da América Latina, um dos locais que recebe a mostra, haverá um show musical, com uma mescla da música árabe e da brasileira. Vão tocar juntos, no dia 25 de agosto, com curadoria de Geraldo Campos, o tunisiano Raoulf Jemni e os brasileiros Claudio Kairouz e Junior Pita. Os dois primeiros já formam o duo 156 Cordas, tunisiano-brasileiro. No mesmo dia haverá exibição do filme sobre a orquestra montada pelo palestino Edward Said e o israelense Daniel Barenboim. Também haverá um coquetel de encerramento.

A mostra será dividida em quatro temáticas: Panorama Mundo Árabe, Cinema Palestino, Cinema Egípcio Contemporâneo e Diálogos Árabes-Latinos. Esta última é composta por produções latino-americanas com temáticas árabes. O primeiro traz uma grade variada de produções, com filmes da Síria, Argélia, entre outros, e temas diversificados. A mostra acontece nos dez anos de criação do Icarabe. Segundo Campos, os filmes são bem atuais, deste ano ou do ano passado.

Os locais de exibição serão o Cinesesc, de 13 a 20 de agosto, Memorial da América Latina, de 22 a 25 de agosto, Centro Cultural Banco do Brasil, de 27 de agosto a 14 de setembro, Centro Cultural São Paulo, de 9 a 16 de setembro, e Auditório da Biblioteca Mário de Andrade, de 2 a 9 de setembro. O Icarabe promove a mostra em parceria com A Câmara de Comércio Árabe Brasileira, o Sesc-SP, o Centro Cultural Banco do Brasil, Prefeitura de São Paulo e Memorial da América Latina. As atividades paralelas são gratuitas. Já a exibição dos filmes varia segundo o local que a recebe.

Serviço
9ª Mostra Mundo Árabe de Cinema
De 13 de agosto a 16 de setembro de 2014
No Cinesesc, Memorial América Latina, Biblioteca Mário de Andrade, de Centro Cultural Banco do Brasil, Centro Cultural São Paulo, na capital paulista
Informações: www.icarabe.org.br mundo.


Sobre a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira

A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira representa 22 países árabes, foi fundada em 1952 e tem como missão aproximar comercialmente o Brasil dos países árabes, incrementando intercâmbios culturais e turísticos entre árabes e brasileiros. A entidade oferece diversos serviços, como certificação de documentos, informações de mercado, traduções, realiza eventos e workshops. Disponibiliza, também, o Espaço do Conhecimento Comercial, um centro de referência para pesquisas das relações entre o Brasil e os países árabes.

Informações para a imprensa - A4 Comunicação
Vanessa Rodrigues - vanessarodrigues@a4com.com.br - 11 9 6153 4605 / 3897 4123
Franciane Barbosa - francianebarbosa@a4com.com.br - 55 11 3897-4122/ 9 9930-6251


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Mostra exibe Clássicos do cinema espanhol em preto e branco.




A iniciativa do Instituto Cervantes reúne cinco produções da década de 50.

Cinco clássicos do cinema em preto e branco, produzidos na Espanha dos anos 50, serão exibidos de terça (05) a sábado (09) na Livraria Cultura do Paço Alfândega. A iniciativa do Instituto Cervantes, em parceria com a livraria, traz uma mostra da renovação do cinema europeu pós-Segunda Guerra Mundial. A entrada é gratuita e as projeções começarão sempre às 19h.

A revolução que trouxe novas temáticas e impulsionou o neorrealismo no cinema europeu veio contrastar com os gêneros traçados por Hollywood nas décadas anteriores. A sociedade europeia buscava inspiração para reconstruir-se depois da tragédia humana, econômica e social da Segunda Guerra e o cinema se apresentou com algumas respostas. As salas de cinema, único lugar para abrigar os sonhos no frio inverno pós-guerra, se transformaram nos espaços sociais onde diferentes públicos buscavam histórias que recuperassem seus ânimos e amenizassem suas perdas. Trata-se de um momento em que a cinematografia se espalha por toda Europa buscando novos modelos de expressão e os profissionais do cinema começam a construir uma indústria europeia, viajando entre países e começando a coproduzir, como forma de apresentar um desenho do cinema em um contexto internacional, para um público transnacional e heterogêneo.

O cinema espanhol, controlado pelo estado e dominado economicamente por um sistema dependente, em grande parte, dos norte-americanos, não deixa de apostar em estabelecer um diálogo frutífero entre seus modelos narrativos e estéticos, baseados em costumes e em vertentes de enorme riqueza visual.

A mostra “Clássicos do Cinema Espanhol em Preto e Branco” traz um programa que ilustra esse período apresentando filmes que podem ser considerados clássicos do cinema espanhol. De um lado, há dois filmes realizados por diretores europeus estabelecidos na Espanha. O húngaro Ladislao Vajda, autor da famosa obra Marcelino, Pão e Vinho, com sua excelência plástica e ritmo nos traz “O Engodo”, uma interessante coprodução com a Suíça que adapta um relato autêntico do terror de Friedrich Dürrenmatt. Em segundo lugar, o italiano Marco Ferreri, em colaboração com o roteirista Rafael Azcona, representa a nova geração de cineastas cuja proximidade dos gêneros convencionais, neste caso a comédia, está coberta de elemento de escuridão e subversão, que supõem uma hilariante crítica às convenções sociais das classes médias, materializadas na obra “O Apartamento”.

Os outros três filmes do ciclo são emblemas de outros gêneros. Em primeiro lugar, Quinto Distrito responde à saga do cinema policial que se fomenta nos estúdios de Madri e Barcelona com uma interessante negociação entre os códigos do gênero e os elementos procedentes da literatura de série e dos cenários perigosos das duas cidades. Julio Coll, diretor do filme, ser cerca de um bom número de personagens que mantêm a tensão do plano criminal. Em segundo lugar, Céu Negro representa a aposta pelo melodrama de outro grande diretor espanhol, Manuel Mur Oti. Entrelaçando os formatos de cinema feminino norte-americano com melodrama mexicano, a história interpretada por Susana Canales se aprofunda em uma sociedade solitária e maltratada que tão bem decodificou Juan Antonio Bardem em Calle mayor, contemporâneo deste filme. Céu Negro tem um texto formal e elaborado adornado por uma fotografia que ecoa sentimentos de carência profunda, emblema deste “gênero de lágrimas”, como ele algumas vezes  foi classificado. E finalmente, A Vida Pela Frente, uma das produções da série dirigida pelo ator Fernando Fernán Gómez e interpretada pela atriz argentina Analía Gadé, reinventa a comédia de costumes a partir da ótica da vida instável que todo jovem casal está obrigado a viver, numa sociedade onde as oportunidades não aparecem facilmente. Através do riso, se desvela um futuro incerto que bem poderia ser uma retroprojeção de nossos dias.

As exibições acontecerão no auditório da Livraria Cultura do Paço Alfândega (Rua Madre de Deus s/n, no Recife Antigo) e os lugares serão ocupados por ordem de chegada. Maiores informações com a Livraria Cultura no telefone (81) 2102-4033 ou com o Instituto Cervantes no número (81) 3334-0480.


Serviço:
Mostra: Clássicos do Cinema Espanhol em Preto e Branco
Dias: 05 a 09/08/14
Hora: 19h
Lugar: Livraria Cultura do Paço Alfândega
(auditório - Rua Madre de Deus s/n, no Recife Antigo)
Entrada: Gratuita

Programação:

05/08/14 - O Engodo (El Cebo – 1958)

(90 min, Suíça/Espanha, de Ladislao Vajda) Uma menina é encontrada morta no bosque de uma pequena aldeia suíça. Imediatamente, as suspeitas recaem sobre um velho  vendedor de rua que encontrou o corpo. O policial  duvida de sua culpa, mas como acaba de se aposentar, deixa o assunto nas mãos de um parceiro. Enquanto isso, incapaz de resistir à situação, o velho homem comete suicídio. No aeroporto, prestes a pegar o avião, o policial percebe alguns detalhes contados pelas crianças da escola e decide adiar sua viagem para começar uma investigação por conta própria.

06/08/14 - Céu Negro (Cielo Negro – 1951)

(90 min, Espanha, de Manuel Mur Oti) Emilia, uma modesta funcionária de uma loja, está apaixonada e não hesita em roubar uma roupa para acompanhar o namorado em uma festa. Mas tudo dá errado: descoberto o roubo, ela é despedida e isso é apenas o começo da história.

07/08/14 - Quinto Distrito (En Distrito Quinto – 1957)

(90 min, Espanha, de Julio Coll) Cinco homens cometem um assalto e fogem cada um por um caminho. Mais tarde se encontram em um local  para dividir dinheiro. Enquanto esperam a Juan, um dos assaltantes que está com toda grana, cada um deles começa a imaginar o que vai fazer com a sua parte. As horas passam e ele não chega ao local combinado. Todos ficam nervosos pensando que seu parceiro nunca aparecerá. Nesse momento, eles começam a recordar como conheceram a Juan e como tudo foi acontecendo.

08/08/14 - O Apartamento (El Pisito – 1959)

(87 min, Espanha, de Marco Ferreri, Isidoro M. Ferry) Rodolfo e Petrita levam 12 anos juntos. Para se casarem precisam de um apartamento, mas não conseguem encontrá-lo. Rodolfo vive sublocado na casa de dona Martina, uma velha que está quase com o pé na cova, fato que o caseiro está esperando para poder desalojar o domicílio e derrubar o edifício. Alguns amigos aconselham a Rodolfo uma solução heroica: casar-se com dona Martina e esperar o pouco que lhe resta de vida para herdar o aluguel. Em princípio, ele resiste, mas cada vez com menos força.

09/08/14 - A Vida Pela Frente (La Vida por Delante – 1958)

(90 min, Espanha, de Fernando Fernán-Gómez) Terminada a guerra, o advogado Antônio e a médica Josefina buscam trabalho para poder comprar um apartamento e viver juntos, mas esbarram em vários problemas e dificuldades.

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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Federico Fellini


Federico Fellini, Cavaleiro da Grande Cruz (título de honra concedido pelo Governo Italiano), nascido em 20 de Janeiro de 1920 e falecido em 31 de Outubro de 1993. Conhecido pelo estilo peculiar que funde fantasia e imagens barrocas, ele é considerado uma das maiores influências e um dos mais admirados diretores do século XX.

Em agosto de 1918, sua mãe, Ida Barbiani (1896 - 1984), se casa com um vendedor viajante chamado Urbano Fellini (1894 - 1956) em cerimônia civil (com a cerimônia religiosa no mês de janeiro seguinte). Federico Fellini era o mais velho de três filhos (depois vieram Riccardo e Maria Maddalena). Urbano Fellini era nativo de Gambettola, onde, por muito tempo, Federico costumou passar as férias na casa dos avós.

Nascido e criado em Rimini, as experiências de sua infância vieram a ter uma parte vital em muitos de seus filmes, em particular em "Os Boas Vidas", de 1953; "8½" (1963) e "Amarcord" (1973). Porém, é errado pensar que todos os seus filmes contêm autobiografias e fantasias implícitas. Amigos próximos, como os roteiristas de TV Tulio Pinelli e Bernardino Zapponi, o cinematógrafo Giuseppe Rotunno e o designer de cenário Dante Ferretti, afirmam que Fellini convidava suas próprias memórias pelo simples prazer de narrá-las em seus filmes.

Durante o regime fascista de Mussolini, Fellini e seu irmão Riccardo fizeram parte de um grupo fascista que era obrigatório para todos os rapazes da Itália: o "Avanguardista". Ao se mudar para Roma em 1939, ele conseguiu um trabalho bem remunerado escrevendo artigos em um programa semanal satírico muito popular na época – o Marc’Aurelio. Foi nesse período em que entrevistou o renomado ator Aldo Fabrizi, dando início a uma amizade que se estendeu para a colaboração profissional e um trabalho em rádio. Em uma época de alistamento compulsório desde 1939, Fellini sem dúvida conseguiu evitar ser convocado usando de artifícios e truques de grande perspicácia. O biógrafo Tulio Kezich comenta que, apesar da época feliz do Marc’Aurelio, a felicidade mascarava uma época imoral de apatia política. Muitos que viveram os últimos anos sob o regime de ditadura de Mussolini, vivenciaram entre uma esquizofrênica imposição à lealdade ao regime fascista e uma liberdade pura no humor.

Fellini conheceu sua esposa Giulietta Masina em 1942, casando-se no ano seguinte em 30 de outubro. Assim começa uma grande parceria criativa no mundo do cinema. Em 22 de março de 1945, Giulietta caiu da escada e teve complicações em sua gravidez, resultando em um parto prematuro e complicado de um menino que ganhou o nome de Pierfederico ou Federichino (Federiquinho), mas que faleceu com um mês e dois dias de vida. Tragédias familiares os afetaram profundamente, como é percebido na concepção de "A Estrada da Vida" de 1954.

O italiano foi também um cartunista talentoso. Produziu desenhos satíricos a lápis, aquarela, canetas hidrocor que percorreram a América do Norte e Europa, e hoje são de grande valia a colecionadores (muitos de seus rascunhos foram inspirados durante a produção dos filmes, estimulando ideias de decoração, vestimentas, projeto do set de filmagens, etc.). Com a queda do fascismo em 25 de julho de 1943 e a libertação de Roma pelas tropas aliadas em 4 de Junho de 1944, num verão eufórico, Fellini e seu amigo De Seta inauguraram o Shopping das Caretas, desenhando caricaturas dos soldados aliados por dinheiro. Foi quando Roberto Rossellini tomou conhecimento do projeto intitulado "Roma, Cidade Aberta" (1945) de Fellini e foi ao seu encontro. Ele queria ser apresentado a Aldo Fabrizi e colaborar com o script juntamente com Suso Cecchi D'Amato, Piero Tellini e Alberto Lattuada. Fellini aceitou. Em 1948, Fellini atuou no filme de Roberto Rossellini "Il Miracolo", com Anna Magnani. Para atuar no papel de um vigarista que é confundido com um santo. Fellini teve seu cabelo tingido de loiro.


Fellini também escreveu textos para shows de rádio e textos para filmes (mais notavelmente para Rossellini, Pietro Germi, Eduardo De Filippo e Mario Monicelli) também escreveu inúmeras anedotas muitas vezes sem crédito, para conhecidos comediantes como Aldo Fabrizi. Uma fotonovela de Fellini chamada "Uma Viagem para Tulum" foi publicada na revista Crisis, com arte de Milo Manara, e publicada como gibi pela Catalan Communications, no mesmo ano.

Nos anos de 1991 e 1992 trabalhou junto com o diretor canadense Damian Pettigrew para ter o que ficou conhecida como "a mais longa e detalhada conversa jamais vista sobre filmes", que depois serviu de base para um documentário e um livro lançados anos mais tarde: "Fellini: Eu sou um grande Mentiroso". Tullio Kezich, crítico de filme e biógrafo de Fellini descreveu esses trabalhos como sendo "O Testamento Espiritual do Maestro".

Em 1993, recebeu um Oscar de Honra em reconhecimento de suas obras que chocaram e divertiram audiências mundo afora. No mesmo ano ele morreu de ataque cardíaco em Roma, aos 73 anos (um dia depois de completar cinquenta anos de casado). Sua esposa, Giulietta, morreu seis meses depois de câncer de pulmão em 23 de março de 1994. Giulietta, Fellini e Pierfederico estão enterrados no mesmo túmulo de bronze esculpido por Aldo Pomodoro. Em formato de barco, o túmulo está localizado na entrada do cemitério de Rimini – sua cidade natal.

O aeroporto da cidade de Rimini também recebeu seu nome. O escritor brasileiro Jorge Amado era seu amigo pessoal.

Carreira cinematográfica
"Mulheres e Luzes" ("Luci del varietà"), de 1950, foi o primeiro filme de Fellini co-dirigido pelo experiente diretor Alberto Lattuada. Uma comédia charmosa sobre uma turma de saltimbancos itinerantes. O filme foi um estimulante para Fellini, na época com trinta anos, mas sua fraca distribuição e críticas fracas tornaram do filme um motivo de preocupação e um desastre que levou a produtora à falência, deixando Fellini e Lattuada com dívidas que se estenderam por uma década.
O primeiro filme que Fellini dirigiu sozinho foi "Abismo de um sonho" ("Lo sceicco bianco", 1952). Estrelado por Alberto Sordi. O filme é uma releitura de uma fotonovela - comuns na Itália daquela época - de Michelangelo Antonioni feita em 1949. O produtor Carlo Parlo Ponti pagou a Fellini e Tullio Pinelli para desenvolver a trama, mas achou o material muito complexo. Assim, o filme foi passado para Alberto Lattuada, que também recusou. Fellini então resolveu pegar o desafio e dirigiu o filme sozinho.
Ennio Flaiano (que também co-escreveu "Mulheres e Luzes") trabalhava um novo texto com Fellini e Pinelli. Juntos moldaram um conto de um casal recém-casado cujas aparências de respeito são devastadas por fantasias da esposa inexperiente (papel muito bem retratado por Brunella Bovo). Pela primeira vez, Fellini e o compositor Nino Rota trabalharam juntos em uma produção de um filme. Eles se encontraram em Roma no ano de 1945 e a parceria durou com sucesso até a morte de Rota durante o making of do filme "Cidade das Mulheres" em 1980. Essa relação artística foi memoravelmente descrita como mágica, empática e irracional.

Em 1961, Fellini descobriu através de um psicanalista os livros de Carl Jung. As teorias de Jung de anima e animus, o papel dos arquétipos e do coletivo inconsciente foram vigorosamente explorados no filme "8½", "Julieta dos Espíritos", "Satyricon", "Casanova" e "Cidade das Mulheres".

O reconhecido e aclamado Fellini ganhou quatro Óscares na categoria de melhor filme estrangeiro (vide filmografia), uma Palma de Ouro no Festival de Cannes com o filme "A Doce Vida", considerado um dos filmes mais importantes do cinema e dos anos 1960. Foi neste filme que surgiu o termo "Paparazzo", que era um fotógrafo amigo de Marcello Rubini, interpretado por Marcello Mastroianni.

Os filmes de Fellini renderam muitos prêmios, dentre eles: quatro Oscars, dois Leões de Prata, uma Palma de Ouro, o prêmio do Festival Internacional de Filmes de Moscou e, em 1990, o prestigiado Prêmio Imperial concedido pela Associação de Arte do Japão, que é considerado como um Prêmio Nobel. Este, cobre cinco disciplinas: pintura, escultura, arquitetura, música e teatro/filme. Com este prêmio, Fellini juntou-se a nomes como Akira Kurosawa, David Hockney, Balthus, Pina Bausch, e Maurice Béjart.

Legado
Com uma combinação única de memória, sonhos, fantasia e desejo, os filmes de Fellini têm uma profunda visão pessoal da sociedade, não raramente colocando as pessoas em situações bizarras. Existe um termo "Felliniesco" que é empregado para descrever qualquer cena que tenha imagens alucinógenas que invadam uma situação comum.

Grandes cineastas contemporâneos como Woody Allen, David Lynch, Girish Kasaravalli, David Cronenberg, Stanley Kubrick, Martin Scorsese, Tim Burton, Pedro Almodóvar, Terry Gilliam e Emir Kusturica já disseram ter grandes influências de Fellini em seus trabalhos. Woody Allen, em particular, já usou o imaginário e temas de Fellini em vários de seus filmes: "Memórias" evoca "8½", e "A Era do Rádio" é remanescente de "Amarcord", enquanto "Broadway Danny Rose" e "A Rosa Púrpura do Cairo" inspirados em "Mulheres e Luzes" e "Abismo de um Sonho" respectivamente.

O cineasta polonês Wojciech Has, autor dos filmes "O manuscrito encontrado em Saragoça" (1965) e "Sanatorium Pod Klepsydrą" (The Hour-Glass Sanatorium - 1973), são notáveis exemplos de fantasia modernista e foi comparado à Fellini pela "Luxúria pura de suas imagens".

O cantor escocês de rock progressivo Fish lançou em 2001 um álbum de nome Fellini Days, com letras e músicas totalmente inspiradas nos filmes de Fellini.

Fonte: Wikipédia

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Federico Fellini (Filmografia)


Filmografia:
1950 -Luci del varietà*/ Mulheres e Luzes
1952 - Lo sceicco bianco/Abismo de um sonho/ O Sheik Branco
1953 - I vitelloni/ Os boas-vidas/ Os Inúteis
1953 - L'amore in città**/Amores na Cidade/Retalhos da vida
1954 - La strada/ A estrada da vida/A estrada
1955 - Il bidone/ A trapaça/ O Conto do Vigário
1957 - Le notti di Cabiria/ Noites de Cabíria/ As noites de Cabíria
1960 - La dolce vita/ A doce Vida/ A doce Vida
1962 - Boccaccio '70***
1963 - 8½ /Oito e meio/Fellini 8 ½
1965 - Giulietta degli spiriti/ Julieta dos espíritos/ Julieta dos espíritos
1968 - Tre passi nel delirio****/ (Histoires extraordinaires)/ Histórias Extraordinárias
1969 - Satyricon/ Satyricon de Fellini/ ou Fellini - Satyricon


TV
1969- Block-notes di un regista/ Anotações de um Diretor/ Diário de um Realizador
1971 - I clowns /Os Palhaços/ Os Palhaços
1972 - Roma/ Roma de Fellini
1973 - Amarcord
1976 - Il Casanova di Federico Fellini/ Casanova de Fellini/ O Casanova de Federico Fellini
1978 - Prova d'orchestra/ Ensaio de Orquestra/ Ensaio de Orquestra
1980 - La città delle donne/ Cidade das Mulheres
1983 - E la nave va/ O navio
1986 - Ginger e Fred
1987 - Intervista/ Entrevista
1990 - La voce della luna /A Voz da Lua

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Franco Zeffirelli


Gianfranco Corsi Zeffirelli, mais conhecido como Franco Zeffirelli nasceu em Florença (Itália) no dia 12 de fevereiro de 1923. Também foi cenógrafo e diretor de teatro. Montou óperas líricas de sucesso nos anos cinqüenta e alcançou projeção mundial como direitor do filme Romeu e Julieta (1968). Seu padrinho foi Giorgio La Pira. É também um político, tendo sido eleito senador (1994 á 1996 e 1996 á 2001) por Catânia, filiado ao partido Força Itália.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Franco Zeffirelli (Filmografia)




Filmografia:
Camping (1957)
Per Firenze (1966)
The Taming of the Shrew (1966)
Romeo e Giulietta (1968)
Brother Sun, Sister Moon (1972)
Gesù di Nazareth (1977)
The Champ (1979) (1979)
Endless Love (1981)
La Traviata (1982)
Pagliacci (1982)
Cavalleria rusticana (1982)
Otello (1986)
Il Giovane Toscanini (1988)
12 registi per 12 città (1989) - episódio Firenze
Amleto (1990)
Don Carlo (1992) - film TV
Storia di una capinera (1993)
Jane Eyre (1996)
Tea with Mussolini (1999)
Callas Forever (2002)

sábado, 17 de maio de 2014

Cinefoot 2014


Ontem, 16 de Maio recebi um e-mail de Renan Bernardes, que trabalha na Assessoria para o programa de rádio "O Negócio é Esporte" que vai ao ar às segundas-feiras na Rádio Bradesco Esportes FM. Eu não conhecia nada sobre o Cinefoot, que já vai em sua 5a Edição. A nota foi divulgada por ele e segue aqui em nosso blog:

Futebol e cinema tendem a jogar mais juntos, seja em iniciativas como a transmissão de partidas importantes na tela grande (a final madrilenha da Liga dos Campeões, entre Real e Atlético, no próximo sábado, é o exemplo mais recente), seja na exibição de filmes com temática esportiva nos estádios mais modernos. Assim projeta Antonio Leal, idealizador e diretor do Cinefoot, maior festival sobre futebol da América Latina, cuja quinta edição começa na próxima quinta-feira (22), no Rio. 

Leal explica, em O Negócio é Esporte desta segunda, às 22h, como a união bem planejada entre a bola e a sétima arte pode gerar mais audiência, inclusão e lucro. Na conversa com os jornalistas Alexandre Carauta e Sérgio Carvalho, o idealizador do Cinefoot esclarece os táticas para melhor aproveitar os programas de isenção fiscal na área e revela os filmes preferidos sobre futebol.     



Idealizador do Cinefoot acende os holofotes para a tabela entre futebol e cinema

Em O Negócio é Esporte desta semana, Antônio Leal explica como o cinema e o futebol podem jogar em parceria

Futebol e cinema tendem a atuar cada vez mais juntos. Seja em iniciativas como a transmissão de partidas importantes na tela grande – a final madrilenha da Liga dos Campeões, entre Real e Atlético, no próximo sábado, é o exemplo mais recente – seja na exibição de filmes com temática esportiva. O Negócio é Esporte fala sobre o Cinefoot, o único festival de cinema sobre futebol da América Latina. O idealizador e diretor do projeto, Antônio Leal, revela a maneira na qual o futebol pode aproveitar a boa fase do cinema brasileiro, que segundo a Agência Nacional de Cinema – Ancine – teve um aumento de 30% na receita, chegando a R$ 1 bilhão de reais, e como o mundo da bola pode gerar mais audiência, inclusão e lucro para as telas.

Na conversa com os jornalistas Alexandre Carauta e Sérgio Carvalho, o idealizador do projeto detalha as táticas para melhor aproveitar os programas de isenção fiscal da área. Antônio comenta ainda a tendência de as grandes partidas ganharem as salas de cinema e adianta os destaques do Cinefoot que começa na próxima quinta. O programa começa às 22h, na Bradesco Esportes (91,1 FM).



Sobre O Negócio é Esporte:
Apresentado por Alexandre Carauta e Sérgio Carvalho, O Negócio é Esporte é o primeiro talk-show só sobre marketing esportivo no país. A cada semana, eles tabelam com craques da área sobre investimentos, patrocínios, oportunidades, tendências no campo dos negócios esportivos. 
O programa vai ao ar às  segundas, das 22h às 23h, na Bradesco Esportes, emissora do Grupo Bandeirantes, com reprise aos sábados e domingos, às 21h. Pode ser ouvido também na internet: www.onegocioeesporte.com.br

Sobre a Bradesco Esportes FM
A Bradesco Esportes FM é a única rádio do país exclusivamente voltada para o esporte numa rede 100% FM, com programação 24 horas por dia, sete dias por semana. Com um time de jornalistas e colunistas ligados às diversas modalidades, a rádio propõe-se a detalhar e discutir as novidades do esporte, desde instrumento de saúde e bem-estar até alavanca para paixões e negócios.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

"No Tengas Miedo", Espanha, 2011.






Cineforum debate abuso sexual na infância através do filme “Não Tenha Medo” de Montxo Armendáriz.
Após a exibição haverá um momento para debate sobre o tema.

As consequências do abuso sexual na infância, retratadas no filme espanhol Não Tenha Medo (No tengas miedo – 2011), serão discutidas no Cineforum deste sábado (17), no Instituto Cervantes do Recife. Às 16h, começa a projeção do filme seguida de um debate sobre o tema, conduzido pela professora do Instituto, Karla Simone Melo. Entrada gratuita.

O drama de Montxo Armendáriz foi escolhido com o objetivo de mobilizar as pessoas para que denunciem essa violência, lembrando o dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado no domingo seguinte à exibição.

Por mais de um ano o diretor e roteirista do filme entrevistou pessoas que sofreram abuso. “A partir daí, foi surgindo Não tenha medo: a história de uma jovem que teve a infância destruída, o direito de ser dona de seu próprio corpo negado. Uma história de dependência e, por isso, de abuso de poder, de dominação... como muitas outras. Mas também a história de uma jovem que enfrenta esse passado com determinação e decide construir seu próprio destino, dia a dia, como se fosse o primeiro de sua vida. Assim como fazem e continuam fazendo tantas vítimas que esperam encontrar o reconhecimento e a compreensão que lhes negamos muitas vezes” explica Armendáriz.

O Cervantes fica na Avenida Agamenon Magalhães, 4535, no bairro do Derby, Recife. Outras informações pelo telefone (81) 3334-0450.

Serviço
Cineforum: Não Tenha Medo (No Tengas Miedo – 2011)
Não recomendado para menores de 16 anos - Legendado
Quando: Sábado (17/05), às 16h.
Onde: Instituto Cervantes do Recife (Avenida Governador Agamenon Magalhães, 4535, Derby)
Entrada Gratuita
Informações: (81) 3334-0450

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Sinopse:
Silvia é uma jovem marcada pela lembrança de abuso sexual na infância. Com apenas 25 anos, decide refazer sua vida e enfrentar as pessoas, sentimentos e emoções que a mantém ligada ao passado. E na sua luta contra a adversidade, e contra si mesma, irá aprendendo a controlar seus medos e a transformar-se numa mulher adulta, dona do próprio nariz. 

Prêmios:
• I Prêmio FADA para a Cultura concedido pela Fundación Vicki Bernadet.

• Prêmio Direitos Humanos “José Couso – Julio A. Parrado” em Fuentes de Ebro (Zaragoza)

• Prêmio “San Jordi” para Michelle Jenner como Melhor Atriz (Barcelona)

• Prêmio de Melhor Diretor para Montxo Armendáriz no Pantalla Pinamar 2012 (Argentina)

• Prêmio de Melhor Roteiro para “No Tengas Miedo” no Festival de Lecce (Italia)

• Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante a Rubén Ochandiano no Festival de Lecce (Italia)

• Prêmio de Melhor Atriz para Michelle Jenner do Círculo de Escritores Cinematográficos

• Prêmio “Cinema Jove” para Michelle Jenner (Valencia)

• Nomeação ao Goya como Melhor Atriz Revelação para Michelle Jener

• Prêmio “Cine Solidario” para Lluis Homar como Melhor Ator (Cáceres)

• Prêmio “Buentrato al menor” para Montxo Armendáriz (Navarra)



  

sábado, 10 de maio de 2014

"Morte em Veneza", Itália, 1971

Ficha Técnica:
Título original: Morte a Venezia
Título em Português: Morte em Veneza
Países: Itália / França
Ano: 1971
Duração: 130 min
Direção: Luchino Visconti
Roteiro: Luchino Visconti / Nicola Badalucco - baseado no livro homônimo de Thomas Mann.
Gênero: drama
Idiomas: inglês / italiano / polonês / francês


Elenco:
Dirk Bogarde — Gustav von Aschenbach
Romolo Valli — gerente do hotel
Mark Burns — Alfred
Nora Ricci — governanta
Marisa Berenson — Frau von Aschenbach
Carole André — Esmeralda
Björn Andrésen — Tadzio
Silvana Mangano — mãe de Tadzio
Leslie French — agente de viagens
Franco Fabrizi — barbeiro



Sinopse: O compositor Gustave Aschenbach viaja à Veneza para repousar após um período de stress artístico e pessoal. Lá ele desenvolve uma atração perturbadora pela beleza efébica de Tadzio, um adolescente púbere em férias com a família pertencente à nobreza polonesa.

Principais prêmios e indicações:
Oscar 1972 (EUA)

Indicado na categoria de melhor figurino.
BAFTA 1972 (Reino Unido)

Venceu nas categorias de melhor direção de arte, melhor fotografia, melhor figurino e melhor trilha sonora.
Indicado nas categorias de melhor ator (Dirk Bogarde), melhor direção e melhor filme.
Prêmio Bodil 1972 (Dinamarca)

Venceu na categoria de melhor filme europeu.
Festival de Cannes 1971 (França)

Recebeu o prêmio do 25º aniversário do festival.
Indicado à Palma de Ouro na categoria de melhor filme.
Prêmio David di Donatello 1971 (Itália)

Venceu na categoria de melhor diretor.

No filme, Aschenbach é um compositor, e no livro o personagem é um escritor.

Meu comentário: Embora seja considerado por muitos críticos de cinema e uma grande parte do público seleto em geral, como um filme grandioso em todos os sentidos, não o recomendo nos piores dias de depressão. Aliás, nunca recomendo para aqueles dias em que você está down. A música inicial é bela, porém melancólica, o personagem central realmente nos carrega para dentro de si para aquele terrível momento de sua vida. Claro, o forte é a introspecção. O rapazinho polonês, Tadzio (Björn Andrésen) pouco fala, enfim tem os seus encantos como obra literária sob a lente da sétima arte. Mas é daqueles filmes que só se vê uma vez.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Marcello Mastroianni





Marcello Vincenzo Domenico Mastrojanni nasceu em Fontana Liri (Itália) no dia 28 de setembro de 1924 
Nasceu na pequena Fontana Liri, em Ciociaria, filho de Ottone e Ida Irolle. Era sobrinho do célebre escultor Umberto Mastroianni, irmão de Ottone. A família era originaria de Arpino. Mastroianni passou a infância na cidade natal, e depois seguiu com a família para Turim e Roma.
Em 1945 começou a trabalhar para uma empresa de cinema, como figurante em Marionette de Carmine Gallone, em La corona di ferro de Alessandro Blasetti, em Una storia d'amore de Mario Camerini, e em I bambini ci guardano de Vittorio De Sica.
Em 1943 conseguiu o diploma de empreiteiro no Istituto Técnico-industrial Carlo Grella (atualmente Galileo Galilei).
Em 1945 começou a ter as primeiras aulas de teatro e, novamente, bateu nas portas do cinema. Nesta época, partilhou as suas aspirações como ator com uma jovem então desconhecida, Silvana Mangano, e os dois vivem um breve romance.

A afirmação
A verdadeira estréia no cinema veio em 1948, com I miserabili, filme de Riccardo Freda, uma adaptação cinematográfica do livro homónimo Os Miseráveis, de Victor Hugo. Nesta mesma época começou a fazer pequenas participações no teatro, primeiro em companhias amadoras. Foi notado por Luchino Visconti, que lhe ofereceu o seu primeiro personagem como ator profissional, em As You Like It, de William Shakespeare ( em 1948, no Teatro Eliseo - Roma) e, depois, em Um Bonde Chamado Desejo, de Tennessee Williams (1949, Teatro Eliseo - Roma), onde interpreta Mitch. Nesta ocasião conheceu Flora Carabella, sua futura esposa, que interpreta um papel menor. Os dois se casaram em 1950 e tiveram uma filha, Barbara.
Depois de ter interpretado sob a direção de Luciano Emmer diversos papéis em comédias neorealistas (Domenica d'agosto, Parigi è sempre Parigi, Le ragazze di Piazza di Spagna), chegaram os primeiros papéis dramáticos em Febbre di vivere de Claudio Gora, Cronache di poveri amanti de Carlo Lizzani, Le notti bianche de Luchino Visconti e Peccato che sia una canaglia, filme de 1954, com direção do cineasta Alessandro Blasetti.
A afirmação definitiva chegou em 1958, com I soliti ignoti, Adua e le compagne (1960) e Il bell'Antonio (1961).
Com Divórcio à Italiana (1961) ganhou o Nastro d'Argento, o prêmio BAFTA e uma indicação ao Óscar como melhor ator.

O sucesso
As duas obras-primas de Federico Fellini, A Doce Vida (1960) e 8½ (1963), lhe proporcionaram o sucesso internacional e a fama de latin lover, da qual iria defender-se, mais ou menos inutilmente, quando tornou-se mais velho. Esta foi a razão pela qual, logo após o sucesso de A Doce Vida e para se afastar do mito de sex symbol, ter aceitado interpretar o papel de um impotente no filme Il bell'Antonio, adaptação cinematográfica do livro homônimo de Vitaliano Brancati.
Em 1962, a revista norte-americana TIME lhe dedicou uma matéria, designando-o o ator estrangeiro mais admirado nos Estados Unidos.
O seu fascinio como ator não vinha apenas da sua beleza e da interpretação sempre de altíssimo nível, e sim também de um certo descaso, às vezes escondido, em que parecia revelar uma melancolia e, por vezes, mesmo uma certa timidez.
Em 1963 interpretou em Os Companheiros, de Mario Monicelli, o personagem de um intelectual comunista que fomenta a revolta da fábrica.
Sob a direção de Vittorio De Sica, com Sophia Loren como protagonista femminina, atuou em Ontem, Hoje e Amanhã (1963), Matrimonio all'italiana (1964) e I girasoli (1969). O casal que formou com Sophia Loren foi uma das parcerias artísticas mais bem sucedidas do cinema italiano, que se desdobrou com episódios memoráveis ao longo da carreira de ambos.
Em 1966 estreou na comédia musical, interpretando por cerca de três meses o papel de Rodolfo Valentino em Ciao Rudy de Garinei e Giovannini, cantando e dançando todas as noites e tentando desbancar outra reputação que tinha sido criada, da preguiça eterna. A crítica não foi terna com ele, e mesmo com os ingressos constantemente esgotados, Mastroianni saiu de cena e pagou uma multa de 100 milhões de liras para filmar Il viaggio di G. Mastorna, detto Fernet de Federico Fellini, projeto que o diretor nunca conseguiu realizar porque não conseguiu levantar dinheiro suficiente.
Em 1968 filmou Um Lugar para os Amantes sob a direção de Vittorio De Sica. A protagonista feminina era Faye Dunaway, com quem teve um breve, mas muito comentado, romance. Neste mesma época fez alguns filmes em língua inglesa, mas diferente de Sophia Loren, que fala um inglês perfeito, ele tinha dificuldades com a língua.
Em 1971 trabalhou com Marco Ferreri em Liza, e no set conheceu Catherine Deneuve, com a qual teve um longo relacionamento, e do qual nasceu Chiara. No ano seguinte se transferiu para Paris e teve a oportunidade, entre 1972 e 1974, de trabalhar em muitos filmes franceses.
Retornando à Itália, voltou a interpretar papéis em comédias leves (Culastrisce, nobile veneziano, La pupa del gangster), filmes de autor (Juízo Final, Una giornata particolare), dramas fortes (Esposamante, Per le antiche scale) e filmes grotescos (Ciao maschio, Fatto di sangue fra due uomini per causa di una vedova, si sospettano moventi politici).
Em 1978 estreou em um filme de drama para a televisão: Le mani sporche, de Elio Petri, baseado em Jean Paul Sartre. Antes disso, Mastroianni nunca havia trabalhado na televisão, com exceção de algumas aparições como anfitrião em Studio Uno, ao lado de Mina Mazzini e de Sandra Milo.
Em 1980 foi chamado por Federico Fellini, que dezoito anos após 8½, o trouxe novamente como protagonista em Cidade das Mulheres. Trabalhou de novo com ele em 1985, em Ginger e Fred, ao lado de Giulietta Masina e, em 1987, em Intervista.
Em 1988 foi protagonista, junto a Massimo Troisi, em Splendor e Che ora è?, ambos dirigidos por Ettore Scola. Por este último filme os dois protagonistas recebem a Coppa Volpi na Mostra de Veneza. Nos anos 1990, Marcello Mastroianni filmou sobretudo no exterior, com grandes diretores do cinema internacional.

A doença e a morte
Em 1996, descobriu o câncer de pâncreas, mas mesmo assim continuou trabalhando no qual seria seu último filme, Viagem ao Princípio do Mundo, de Manoel de Oliveira, e nos intervalos deste filme gravou uma longa conversa sobre sua vida (Mi ricordo, sì… mi ricordo, direção de Annamaria Tatò, a sua última companheira) que é considerada por muitos o seu testamento espiritual.
O ator morreu aos 72 anos, em seu apartamento em Paris. Catherine Deneuve estava ao seu lado, junto com sua filha Chiara. Ele tinha feito mais de 140 filmes em 49 anos de carreira. Foi enterrado no cemitério Campo di Verano, em Roma. Mastroianni e Jack Lemmon são os únicos atores a ganhar duas vezes o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes. Mastroianni ganhou em 1970, por Dramma della gelosia (tutti i particolari in cronaca) e, em 1987, por Olhos Negros.

Fonte: Wikipédia